Às
vezes, o que não está sendo discutido pode ser o mais revelador de todos.
Em mais um episódio intrigante do UFO
Classified, a apresentadora Erica Lukes entrevistou Mick West. Vários
pontos interessantes foram discutidos sobre questões em torno dos agora famosos
vídeos da Marinha.
Lukes levantou a possibilidade de que os
objetos representados possam, em alguns casos, representar aeronaves bem
humanas ou outros tipos de operações experimentais, como teste de radar
avançado e contramedidas. Isso também foi apresentado com competência por
outros, incluindo Tyler Rogoway, que observou várias circunstâncias
consistentes com exercícios militares em uma série de publicações no site The
War Zone. O inimigo mundial dos OVNIs, Seth Shostak, levantou um ponto
igualmente interessante - e divertido - em um episódio recente do Coast to
Coast AM, quando ele sugeriu que as aeronaves F/A-18 parecem ser um
denominador comum dos vídeos. Isso pode ser considerado comparável, ele
acrescentou, a ter apenas uma marca de binóculos que revelam consistentemente o
Pé-Grande.
Mick West explicou durante sua recente conversa
com Lukes porque ele está desapontado com os vídeos da Marinha e todo o barulho
feito pela mídia. Lukes acrescentou que, como relatos de OVNIs esféricos
mostram, o sensacionalismo apresentado pela To The Stars Academy pode
até não estar entre os mais atraentes. Ela então descreveu dois casos que aconteceram
durante seu período como Diretora Estadual da MUFON em Utah.
Vários objetos voadores esféricos foram
observados por várias testemunhas em Utah durante o dia, explicou Lukes. Os
avistamentos continuaram por um longo período, conforme os avistamentos
mostraram, e testemunhas descreveram os objetos como capazes de pairar no
lugar, além de acelerar no que eram percebidas como altas velocidades.
Curiosamente, os avistamentos colocaram os objetos sobre uma instalação da
Agência de Segurança Nacional, consistindo no que Lukes descreveu como espaço
aéreo altamente restrito. Algumas testemunhas relataram aeronaves militares nas
proximidades, aparentemente monitorando ou apoiando a situação. Lukes discutiu
o caso no contexto em que pode ter representado drones avançados, entre outras
possibilidades.
Logo após o caso de Utah, Lukes explicou, um
avistamento semelhante ocorreu no Colorado. Os relatos de Utah e do Colorado
foram muito semelhantes nas descrições das testemunhas dos objetos e das
capacidades de voo. Lukes descreveu sua decepção e surpresa quando a alta
gerência da MUFON, por qualquer motivo, desencorajou novas investigações e
afirmou que o caso do Colorado era o resultado de um balão do Google. Lukes
sugeriu que a explicação simplesmente não era consistente com as evidências
coletadas.
É curioso que não ouvimos mais sobre casos
como Lukes descreveu, aspectos dos vídeos da Marinha e testemunhas, como
salientado por West, e material semelhante que fornece um contexto muito mais
preciso do que normalmente circula. Os entusiastas por OVNIs saberiam a
diferença - ou gostariam de saber a diferença - entre a aceitação dos OVNIs e a
investigação competente?
De codinome
Bumblehive, o Utah Data Center é uma instalação para
vigilância doméstica
na qual a NSA atua como agência líder
Outro caso potencialmente relevante, omitido
curiosamente do discurso público atual, envolve uma série de avistamentos de
objetos voadores esféricos no Irã, por volta de 2004. Esse é o mesmo ano do
incidente do Nimitz de que tanto se fala agora.
Aqueles com alguma familiaridade com os
relatos da Marinha, o que poderíamos chamar de avistamentos típicos de esferas
e até mesmo relatos de OVNIs em geral, deveriam reconhecer rapidamente
possíveis correlações. Conforme relatado na Forbes, entre outras fontes,
os objetos esféricos estavam ameaçando instalações nucleares iranianas.
A Forbes informou ainda que, segundo
fontes iranianas, os pequenos objetos sem asas tinham capacidade de voo
avançada, incluindo sair da atmosfera e em velocidades que variavam de Mach 10
(aproximadamente 12.348 km/h) a zero, às vezes pairando no lugar. Os objetos
possuíam poderosas contramedidas eletrônicas, ou ECM, capacidades que poderiam
bloquear o radar iraniano e interromper o equipamento de navegação usando altos
níveis de energia magnética.
Segundo um relatório, o piloto de um caça
F-14 Tomcat tentou travar o radar no alvo, mas o feixe foi interrompido. O
piloto iraniano disse que o objeto era esférico com um pós-combustor verde,
acrescentando que o invasor aumentou a velocidade e "desapareceu como um
meteoro".
Os objetos foram ainda descritos como
luminosos. Curiosamente, oficiais iranianos indicaram suspeitar que a emissão
de luz relatada permitia a fotografia noturna. Os iranianos não suspeitaram que
suas instalações nucleares estavam sendo exploradas por alienígenas
interplanetários ou sujeitos a lendários poltergeists do tipo Skinwalker, mas,
na perseguição, eles decididamente pensaram que os objetos não passavam de
drones da CIA.
"Segundo fontes iranianas, os drones de
inteligência da CIA exibiram características surpreendentes de voo",
informou a Forbes.
Os leitores regulares do blog The UFO
Trail e aqueles que leram o livro The Greys Have Been Framed podem
se lembrar de que eu falei muito desse caso há um tempo. Repetir nunca é
demais, eu acho, especialmente quando o assunto parece relevante.
Os
escritores de defesa e aviação consultados nos dizem aqui no The UFO Trail
que, agora, realmente parece que a vigilância por drones da CIA ocorreu no Irã
durante o período em questão, independentemente de envolver ou não esferas
voadoras avançadas. A revista Foreign Policy informou, por exemplo, que
os EUA começaram a realizar missões com drones sobre o Irã, partindo do Iraque,
desde abril de 2004. Um drone RQ-170 Sentinel, controlado pela CIA, caiu e foi
capturado pelas forças iranianas em 2011, com essas missões alcançando centenas
de quilômetros dentro do país nos anos anteriores e posteriores ao incidente.
O caso das esferas hipersônicas e ameaçadoras
levanta muitas questões e preocupações reais. É essencial falar sobre isso.
Talvez as fontes iranianas não sejam
totalmente confiáveis, tendo elaborado um esquema de desinformação para o que
pode ser uma variedade de objetivos. Talvez a história seja uma mistura
intencional de verdade e desinformação. Outra possibilidade é que talvez a
maior parte seja relativamente sincera, mas os pilotos simplesmente se
enganaram com o que viram. Talvez os objetos fossem drones da CIA, fossem
esféricos, como relatado de maneira semelhante em datas posteriores pelos
pilotos americanos, mas os pilotos estavam simplesmente errados sobre algumas
das capacidades específicas de voo que acharam ter observado.
Vale a pena notar que praticamente todos os
questionamentos que podemos ter sobre o caso iraniano se aplicam igualmente
aos vídeos da Marinha e aos relatórios correspondentes. Além disso, os
questionamentos são inteiramente necessários para chegarmos perto de discernir
o que realmente aconteceu. Não é um tabu levantar e discutir os
questionamentos, mas completamente essencial ao processo de apuração dos fatos.
Em notícias relacionadas, a jornalista
científica Sarah Scoles levantou ainda mais pontos válidos que estão
visivelmente ausentes das discussões sobre OVNIs e da cobertura típica. Ela
comentou recentemente os documentos referentes aos incidentes de OVNIs da
Marinha obtidos via Lei de Liberdade de Informação pelo site The War Zone e circunstâncias
relacionadas:
@ScolesSarah
Interessante que a recente matéria do The New
York Times não informa, como salientado pelo site The War Zone, que
"nenhum desses objetos possuía desempenho extremo. Não há nenhuma prova de
naves ou discos voadores extremamente exóticos com desempenho cinemático
incrível."
@WIRED
Uma história que poucos parecem levar a sério
continua chegando às manchetes. Por quê?
@ScolesSarah
Também gostaria de observar que dois dos
famosos vídeos de OVNIs, que o The New York Times afirma que o Programa
Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais investigou, foram gravados
após o término oficial do programa.
Twitter: 18 de maio de 2020
Especificamente, e segundo o Pentágono, dois
dos três vídeos foram filmados originalmente em janeiro de 2015. Muitas fontes,
incluindo o muito discutido artigo do The New York Times, estabeleceram
o período oficial de atuação do AATIP entre 2007 e 2012. A Reuters
informou em dezembro de 2017:
O Pentágono reconheceu abertamente o destino
do programa em resposta a uma pergunta da Reuters.
"O Programa Avançado de Identificação de
Ameaças Aeroespaciais terminou no período de 2012", disse Laura Ochoa,
porta-voz do Pentágono.
"Foi determinado que havia outras
questões de maior prioridade que mereciam financiamento e era do melhor
interesse do Departamento de Defesa fazer uma alteração", disse ela.
Os rumores persistem de que o programa
continuou de uma forma ou de outra, possivelmente até em nível não oficial, mas
esses rumores são questionados pelas mesmas pessoas e "repórteres"
que disseram ao público que acreditavam que a história tinha uma importância
monumental em primeiro lugar. Além disso, é irrelevante em comparação ao fato
de que a premissa do agora infame artigo de dezembro de 2017, do The New York
Times, é de que os vídeos faziam parte do AATIP, uma afirmação que não só nunca
foi confirmada, mas parece ser impossível.
Há quem argumente que eles não se importam;
eles perceberam que o Departamento de Defesa reconheceu que os OVNIs são reais,
e isso é o importante para eles. Um problema é que não foi o que aconteceu, foi
o que nos disseram que aconteceu - pelas mesmas pessoas que não podem
substanciar várias afirmações sensacionalistas que formaram a base da matéria do
The New York Times.
Ao
considerarmos o silêncio revelador que envolve essas questões, não é sensato
perguntarmos por que os profissionais da Comunidade de Inteligência, que agora
representam a To The Stars Academy, não abordariam as discrepâncias? Por
exemplo, se sabemos sobre o caso do Irã em 2004 e das esferas testemunhadas por
muitos em Utah e no Colorado, os membros com muitos contatos na Comunidade de
Inteligência não saberiam? E não pareceria crítico abordar e examinar esses
casos se realizassem uma busca sincera e completa por fatos relacionados aos
vídeos da Marinha? Parece-me pelo menos comparável a desmascarar uma antiga
fraude italiana na televisão a cabo.
O gênero OVNI continua sendo atormentado por
uma incapacidade e falta de vontade de diferenciar entre aceitação e
investigação. Em sua defesa, é amplamente liderado. Há muitas razões e
objetivos para se culpar, mas deve ficar claro o suficiente até para um
observador casual que a busca por fatos sofre.
Parece que, para muitos, ter suas crenças
encorajadas já é bom o bastante. No entanto, outros querem mesmo a verdade.
Para encontrá-la, eles devem seguir o caminho da análise crítica. Simplesmente
não há outro caminho.
Tradução:
Tunguska Legendas
Artigo
original:
Virou um cético ferrenho? Rs. Ceticismo é ótimo, mas como uma ferramente.
ResponderExcluircansei da mesma ladainha de sempre da ufologia rs. é preciso pensar fora da bolha rs.
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