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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Entrevista Exclusiva Com Coronel Que Teria Comandado Acobertamento Do Caso Varginha

                                           Arte de Flávio Novi

Após muita insistência, o grupo de pesquisadores do Caso Varginha, composto por João Marcelo, Marco Leal e Giordano Mazutti conseguem uma entrevista exclusiva com o coronel da reserva do Exército Brasileiro Olimpio Vanderlei Santos.

Olimpio teria comandado a operação que teria retirado uma criatura morta do Hospital Humanitas no fim da tarde do dia 22 de janeiro de 1996 e na madrugada seguinte a teria encaminhado para Escola Preparatória de Cadetes do Exército e em seguida para a Universidade Estadual de Campinas.

Abaixo a entrevista.

 

Ficamos muito orgulhosos e ao mesmo tempo muito curiosos quando o senhor compartilhou em seu Facebook o singelo vídeo que produzimos sobre o caso chamado Varginha Minuto a Minuto. Qual o motivo deste compartilhamento? O senhor acredita que algo extraordinário tenha ocorrido em Varginha em janeiro de 1996? 


Em 1996 o meu nome foi associado a uma suposta captura de um ET em Varginha. Sempre que surge alguma notícia sobre o assunto eu tenho a curiosidade de assistir e compartilhar. Foi dentro deste enfoque que eu compartilhei seu vídeo. Eu não sei se ocorreu algum fato extraordinário em Varginha em janeiro de 1996. O que eu posso afirmar é, se caso tenha ocorrido, eu não participei e nem tomei conhecimento da participação de nenhum de meus subordinados.

Como esse assunto foi tratado dentro da EsSA na época? 


Eu não falo em nome da EsSA, mas quanto a mim, recebi o assunto com preocupação e ceticismo.

Por qual motivo essa história surgiu na época? 


Eu não sei como e nem porque esta história surgiu.

Em uma conversa anterior, por telefone, o senhor disse que estava vendo TV e viu seu nome divulgado no programa Fantástico, da TV Globo. O senhor nos disse que na mesma hora ligou para o general Lima, comandante da EsSA. Poderia relembrar esse episódio? Qual foi a sua reação e a do general Lima?


Eu estava em casa um final de semana quando recebi uma ligação telefônica de um companheiro perguntando se eu estava assistindo televisão. Diante da resposta negativa ele falou para eu ligar a televisão porque estava passando uma reportagem onde meu nome estava sendo citado. Assisti a reportagem e após liguei para meu comandante relatando o fato. Ele mandou que eu o procurasse na segunda feira pela manhã. Conversei com ele e recebi a ordem de prosseguir nas minhas atividades normais. E foi o que eu fiz. Quanto a mim a minha reação inicial foi de preocupação.

Quais problemas a exposição do seu nome lhe trouxe à época? O senhor foi incomodado por jornalistas ou teve a sua privacidade e intimidade prejudicadas?


A exposição de meu nome não me trouxe nenhum problema, visto que eu prossegui em minha rotina normal de trabalho. Normalmente os jornalistas procuravam a EsSA, e as respostas para as perguntas eram dadas pela Seção de Relações Públicas da Escola. A minha privacidade e a minha intimidade nunca foram prejudicadas.

Naqueles dias, segundo contam alguns moradores de Varginha, houve uma movimentação acentuada de caminhões da EsSA pela cidade. Houve alguma razão especial para isso? 


Varginha era nosso suporte no tocante a manutenção de viaturas, de aquisição de alguns tipos de suprimento e de adestramento de alunos de alguns cursos. Então a presença de viaturas naquela cidade era sempre acentuada.

Um desses dias teria sido em um sábado, quando a oficina que costumava fazer alinhamento e balanceamento nos veículos da EsSA estaria fechada. O próprio estabelecimento emitiu, na época, um comunicado dizendo que naquele dia 20 de janeiro de 1996, um sábado, não executou nenhum serviço para a ESA. O senhor poderia esclarecer esse ponto?


Eu não posso precisar datas, mas como eu já falei, além de manutenção de viaturas, tínhamos outras missões em Varginha.

O que o senhor poderia dizer para quem insiste em afirmar ou apresentar suposições, principalmente pela internet, de que a EsSA participou de uma operação sigilosa de captura e transporte de criaturas estranhas em Varginha?


Eu posso afirmar que não comandei e nem participei de nenhuma operação de captura de ET em Varginha e não tenho conhecimento da participação de nenhum subordinado meu em nenhuma operação deste tipo.

Em uma entrevista para o canal Discovery, o assessor de imprensa da ESA major Calza disse que o Exército deu carona a um casal de anões, que a anã estaria grávida e que no hospital os dois foram confundidos com ETs. Por qual motivo ele deu tão extravagante declaração já que o IPM concluído pela EsSA em 1997, três anos antes de a entrevista de Calza, disse que o motivo de toda a confusão foi um cidadão conhecido pela alcunha de “Mudinho” que tinha o hábito de ficar agachado. A declaração foi dada com o consentimento do comando da Escola de Sargentos das Armas?


Eu não vou comentar declarações de um companheiro, já que este assunto não foi tratado comigo, e qualquer comentário seria mera especulação. Se eu não estou errado, o IPM concluiu que as garotas perceberam este senhor denominado " mudinho" agachado em um canto e se assustaram.

Temos depoimentos em áudio e vídeo de militares da EsSA que detalham toda a história de retirada de uma criatura estranha já morta do Hospital Humanitas no fim da tarde do dia 22 de janeiro de 1996 e seu posterior traslado na madrugada do dia 23 para a EsPECex em Campinas. O senhor acha que esses militares podem ter inventado tudo isso para prejudicar desafetos dentro da EsSA? Melhor dizendo, podem ter criado a história para jogar integrantes da EsSA no furacão midiático que ocorria naquela época e assim prejudicá-los?


Volto a afirmar que não vou comentar declarações de companheiros, já que desconheço o motivo dos comentários. Eu não acredito no motivo de "prejudicar desafetos", primeiro porque isto não é uma norma de conduta entre militares onde a ética, o profissionalismo e a sadia camaradagem são normais e em segundo lugar porque essa história não afetou a nenhum integrante da Escola.

Informantes militares nos disseram que teria havido uma reunião na EsSA logo após a retirada da criatura do Hospital Humanitas, que o senhor teria dito que seria um extraterrestre, que a questão era secreta, segredo de estado, e que ninguém poderia comentar nada a respeito. O que tem a dizer sobre isso?


Eu não participei de nenhuma" reunião secreta" sobre este assunto e por isto acho, no mínimo, estranhas estas informações.

Por qual motivo o Centro de Comunicação Social do Exército não autoriza que entrevistemos militares para ouvirmos a versão deles e esclarecer de vez a questão? Já tentamos e não obtivemos sucesso. O senhor acha que o Exército ajudou a criar e alimentar este “monstro” já que tentamos ouvi-los há quase 25 anos e não conseguimos?


O Centro de Comunicação Social do Exército, fez a sua parte, ou seja, cumpriu sua missão instaurando um Inquérito Policial Militar e informando oficialmente o que aconteceu. Acredito que existe uma atitude inversa e que vocês é que estão tentando criar e alimentar um monstro imaginário.

Em 2018, gravamos uma entrevista em vídeo com uma militar da reserva do Exército. Em resumo, ele nos falou sobre três barracas sofisticadas dentro da EsSA, na primeira quinzena de janeiro de 1996, e sobre a presença de militares americanos. Nós investigamos, mas devido a inúmeras contradições descartamos tal relato. Da mesma forma que ele mentiu, o senhor acredita que os militares da EsSA que deram depoimento aos ufólogos em 1996 também mentiram?


Volto a afirmar que é difícil comentar entrevistas de companheiros, já que não sei qual foi a motivação para as mesmas. Partindo para o lado das hipóteses eu me arriscaria a dizer que poderia ser um deslumbramento com a possibilidade de " estar na mídia".

Como militar disciplinado e exemplar que sempre foi, se tivesse ocorrido algo incomum na época que afetasse a segurança nacional, e se fossem dadas ordens para manter o segredo, você o manteria até hoje? Em outras palavras, se algo ocorreu e foi um segredo de Estado, inclusive agora neste contato com o senhor, algo seria revelado?


Eu volto a afirmar que não participei de nenhuma operação de captura a um ET, assim como este assunto já é de domínio público. Evidentemente, como "militar disciplinado e exemplar", caso tivesse recebido uma ordem neste sentido ela seria integralmente cumprida.

Supondo que algo extraordinário dessa natureza tenha ocorrido conforme se divulga há quase 25 anos, o Exército Brasileiro teria documentação de todos esses alegados fatos? Algo de valor estratégico e científico inestimável, no caso a suposta captura de criaturas inteligentes de origem desconhecida, fatalmente teria gerado robusta documentação? Quem teria acesso hoje a tal documentação, supondo que tudo tenha ocorrido?


A partir do momento que este assunto perdeu a classificação de "secreta" e foi disponibilizado nas redes sociais, acredito que para o Exército ele não tenha nenhum interesse científico e nem estratégico, e neste caso creio que alguma cópia de todo este assunto deva estar arquivado no Centro de Comunicação Social do Exército.

Agradecimentos a Olimpio Vanderlei Santos

7 comentários:

  1. É óbvio que o Coronel mentiu o tempo todo, durante a entrevista! Parecia até um prisioneiro de guerra,com respostas-padrão para responder! Isso fica mais evidente na 11ª pergunta,que fala sobre a tal reunião em que o Coronel disse aos demais militares que aquilo era um extraterrestre! O Coronel respondeu à pergunta sem nenhuma emoção; quase indiferente! Mas, tal comportamento dos militares ou ex-militares não é uma surpresa ...

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    1. Quanto a emoção é impossível dizer, pois as perguntas foram enviadas pelo zap zap. Parece que é um dos dogmas do caso varginha: a maioria dos militares que negam só podem mentir e a minoria que sustenta o caso só pode dizer a verdade.

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    2. É óbvio né João, o que é mais fácil nesse caso? Falar a verdade ou mentir? Você sabe a resposta

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  2. Se era meramente um pessoa de rua que foi confundido com ET, qual a razão do exercito no local?

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  3. Existem regras, acordos e esttratégias acima da capacidade de compreensão de meros curiosos.

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  4. Acreditar que 3 pessoas diferentes confundiram um humano com um alien é ter muita crença, muita fé. Chega a ser insano.

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  5. Muito chato esses milicos morrem um dia e ainda levar o que sabem para o caixão. Poderia deixar pelo menos um relato em video do que eles observaram. Mas nem isso alguns fazem, porque seus herdeiros poderiam sofrer retaliações.

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