NA ROTA DAS
LUZES
27 de janeiro de 1978, há exatos 43
anos...
Uma equipe composta por militares e civis registrou, através de uma
filmadora (Elmo 360) um dos raríssimos filmes da Operação Prato gravado pelo
piloto civil Virgílio Arantes de Mello (figura-01). Nesta reportagem você
vai conferir com exclusividade a entrevista com Ernesto Isaías, filho deste
piloto, e ainda poderá ver a fotografia do OVNI registrada pelo Virgílio e
doada pelo próprio Sgt. Flávio Freitas ao filho do piloto (figura-02). Será
disponibilizado o material produzido nas ruínas da antiga Cimatro (Companhia de
Importação de Madeiras Tropicais) onde teria ocorrido o fenômeno ufológico (figura-04). Este local possui uma
enorme caixa d’água que era utilizada como ponto de observação pelos militares.
Ao final da reportagem você vai poder acompanhar a entrevista com o piloto
Ivaldo Viegas Pantoja, Ivaldo é citado nos arquivos militares como testemunha
ocular do OVNI.
Em 1977, entre os estados do Pará e Maranhão, nascia a mais rica onda ufológica que se tem conhecimento na história, conhecida popularmente como “Chupa chupa”. Gahando este título devido alegações feitas por moradores de algumas comunidades que se queixavam por serem atingidos por uma luz estranha - onde se retiravam o sangue, através de feixes de luz, e como consequência ficavam dias acamados - além de suas evoluções no espaço aéreo muito recorrentes em todo período que durou a onda.
Devido ao desespero que tomou conta desses ribeirinhos no Pará houve o
deslocamento de uma equipe composta por suboficiais da Força Aérea Brasileira
(FAB), lotados no I Comar em Belém. Os militares foram a campo para averiguar as
denúncias e logo puderam constatar que algo extraordinário de fato acontecia
naquela região, majoritariamente próximos a grandes massas de água. Estas
missões receberam o nome de Operação Prato, posteriormente bastante conhecida
por estudiosos do fenômeno UFO.
A operação composta por militares
também contou com a colaboração de civis, fato pouco explorado e ainda um
mistério, afinal era uma missão muito sigilosa e que possuía uma quantidade
considerável de civis, como é o caso de Virgílio Ernesto Arantes de Mello que na época atuava como piloto e diretor de
operações da empresa Kovacs Táxi Aéreo.
Virgílio é citado em relatórios e a ele é atribuído a autoria de
gravações de filmes que registraram as evoluções de objetos no município de
Ananindeua - Região Metropolitana de Belém - como comprovado neste documento:
ROV (Registro de Observações de Óvnis) anexo-01-02 reg-089
Abaixo, confira os fotogramas (Prints do filme)
Em abril de 2020, a equipe do documentário NA ROTA DA LUZES entrou em
contato com Ernesto Isaías Arantes de Mello, filho
de Virgílio. E ele revelou com exclusividade ao grupo de pesquisa Ufologia na
Amazônia, que certa vez o seu pai levou pra casa um rolo de filmes com imagens
que haviam sido gravadas na Baía do Sol, Ilha de Mosqueiro. Segundo Isaías, no
filme havia uma gravação na qual era possível ver um Objeto Voador Não
Identificado. Acompanhe a entrevista na
íntegra.
1) U.N.A: Ernesto, você saberia nos contar, como seu pai se envolveu nas
pesquisas sobre os fenômenos aéreos que ocorreram no Pará em 1977?
ERNESTO:
Não, talvez pela ligação com militares da FAB, uma vez que ele era
investigador civil de acidentes aéreos, ou pelo fato de conhecer bem a região,
mas não sei exatamente como ele se envolveu no projeto.
2) U.N.A: Você lembra o nome de algum desses
militares?
ERNESTO:
Sim, quer dizer, eu acho que ele era militar na época, mas não sei se ele
foi militar, inclusive conheci ele pessoalmente, era o senhor Flávio.
3) U.N.A: Além deste nome você se recorda de outro nome?
ERNESTO: Sim, teve um piloto, chamado cmdt. Cohen,
já falecido, lembro que ele foi algumas vezes com meu pai, assim como meu tio
Aderbal Mello, já falecido.
4) U.N.A: Alguma vez seu pai comentou sobre o que ele tinha observado em
suas vigílias?
ERNESTO: Sim ele conversava muito com meu tio
Aderbal, eu presenciei várias conversas e eu vi um filme, que ele registrou um
avistamento na Baía do Sol.
5) U.N.A: Você poderia nos descrever como era a filmagem?
ERNESTO: Então, era um filme curto tá? O local na
época, segundo meu pai falou era na Baía do Sol, mostrava a lua inicialmente e
o reflexo dela no rio e depois a câmera era deslocada para o lado esquerdo, eu
acho, e focava uma luz no céu, e depois apontava para lua, e voltava para luz,
eu lembro só disso, eu não lembro se movimenta, se havia objeto, se havia outra
coisa, mas o que recordo é isso, era tipo como se quisesse estabelecer um
parâmetro entre a luz e a lua para mostrar que não eram a mesma coisa. Esse
filme eu assisti e era interessante no filme que a câmera tinha um recurso que
não era um zoom, mas era como se fosse, algum movimento que você fizesse na
lente em que se afastava e se aproximava parecido com um zoom, só que quando
você ampliava isso, a imagem distorcida e o que parecia ser apenas uma luz na
verdade eram várias luzes, que unidas formavam apenas uma luminosidade,
entendeu? E isso era bem interessante, acho que isso foi em 77/78, foi o
ano que meu pai faleceu.
6) U.N.A: O objeto deslocou-se em algum momento?
ERNESTO: Eu não lembro do objeto se movimentar,
mas era possível ver o movimento do rio, e lembro da vegetação que tinha
próximo das árvores, vou mostrar um desenho, como ficava a descrição dos
objetos (Figura-01) após “ampliado” e coloquei esse círculo, mas ele era o número
menor, era assim que ele aparecia.
7) U.N.A: Ernesto, alguém mais da sua família poderia contribuir com
mais informações?
ERNESTO: Falei com meus irmãos e
eles se lembram das mesmas coisas que eu.
8) U.N.A: Ernesto você guarda algum material?
ERNESTO: Sim, quem deu pra mim essa foto
(Figura-02) foi o senhor Flávio. Detalhe, essa foto veio dentro deste envelope
“projeto óvni Belém- Pará”, não sei o que significa, isso chegou na minha mão
no final dos anos 80.
9) UNA.: Quais as suas
considerações sobre a participação de seu pai na investigação?
ERNESTO: Não sei exatamente em que momento e qual
a sua contribuição para o projeto, devido o assunto sempre ter sido tratado com
reserva e com a sua morte, ficou muito mais difícil mensurar.
10) Ernesto, além desta foto você ou sua família guardam algum material
destas investigações?
ERNESTO: Não possuímos nenhum outro
material.
Considerações:
A entrevista com Ernesto, confirmou e revelou pontos curiosos sobre a
operação prato, que aliás é bom que se diga, quanto mais o assunto é
descortinado mais informações sigilosas são descobertas e lacunas são
estabelecidas sobre a investigação. A participação de Virgílio
durante algumas incursões militares e também a fotografia do óvni já era do conhecimento dos estudiosos do caso.
O curioso carimbo no envelope ressalta que este termo “Projeto OVNI” é novo,
pois não foi encontrado em nenhuma documentação oficial, “vazada” ou
publicação sobre a casuística, que utilize esta nomenclatura, o que nos leva a
crer que este termo foi possivelmente uma criação dos civis. Com uma grande chance
de ser de autoria do piloto civil Ubiratan P. Frias. Explicando melhor:
Haja vista, que a assinatura do Sgt. João Flávio Freitas constar no verso da fotografia e o Ernesto afirmar que recebeu a fotografia das mãos de sua mãe ao qual teria recebido das mãos do Freitas, é importante reconhecer que apesar da excelente memória de quem nos fornece o relato, durante a entrevista ele não reconheceu o rosto do Sgt. Flávio nas fotografias que enviamos ( via Whatsapp), porém foi categórico em reconhecer facialmente a de Pinon. Chegamos a consultar um outro piloto, Ivaldo Pantoja, que colaborou na investigação militar e afirmou nunca ter ouvido falar sobre o tal “Projeto OVNI” por isso, até o momento chegamos à conclusão que o idealizador, da nomenclatura “projeto OVNI” seja uma iniciativa exclusiva do Pinon.
FOTOGRAFIA
DO OVNI
A fotografia contida no envelope faz parte do registro nº107 no Registro
de Observações de OVNI (documento abaixo) e foi feita no dia 20 de junho de
1978. Apesar de Virgílio não ser citado no ROV, o Sgt.Flávio e Pinon são os
observadores descritos no documento, o que confirma as recordações de Ernesto
sobre a origem desta foto tirada na Baia do sol, na Ilha de Mosqueiro,
agência distrital de Belém.
Obs: existem pesquisas que comprovam que possivelmente algumas fotos
estão fora de ordem no ROV. Mais informações no conteúdo externo.
Sobre Virgílio Ernesto
Arantes de Mello
Nasceu em 21 de Maio de 1935. Era filho mais velho de sete irmãos , perdendo
o pai muito cedo, ajudou a criar os
irmãos mais novos. Cumpriu serviço militar e quando saiu do Exército foi
trabalhar na Varig, empresa de grande porte que na época atuava em todo espaço
aéreo brasileiro. Tornou-se piloto da Varig em meados da década de 1950 e
início de 1960, tinha nível superior incompleto em direito e técnico em aviação
aérea pela escola de aviação do Rio-grandense. No Pará, ajudou a fundar a Kovacs
táxi aéreo em Belém, onde desempenhou a função de diretor de operações. Faleceu
no exercício da função no dia 31 de Outubro de 1978 na ilha do Marajó.
Cimatro
Companhia Internacional de Madeiras
Tropicais fundada em 19 de março de 1975, localizada no final da estrada do Icui a laranjeira, a
antiga madeireira está quase tomada pel
Até o fechamento desta matéria não foi possível contato obter mais
informação sobre madeireira.
Agradecimentos:
Aos pesquisadores do Grupo Ufologia na Amazônia, à família de Virgílio
por ceder todas a informações necessária para a produção desta matéria. Em
especial a colaboração de Ernesto Isaías, que se dispôs a ceder as fotografias
e os desenhos.
Pesquisadores: Heitor Costa/ Iêda
Ferreira/ Rodrigo Aguiar/ Greg Maravalha
Muito bom o trabalho de Heitor Costa, Iêda Ferreira, Rodrigo Aguiar e Greg Maravalha. Parabéns.
ResponderExcluirolá pessoal, no início vocês citam "...Ao final da reportagem você vai poder acompanhar a entrevista com o piloto Ivaldo Viegas Pantoja..." No entanto, a entrevista é com o Ernesto, e não com o Pantoja.
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