Chegando Perto dos Culpados
Uma nova investigação revela que os prováveis culpados
por trás da fraude do OVNI de Socorro, perpetrada em 1964, faziam parte de um
grupo altamente secreto de alunos brincalhões do Instituto de Tecnologia do
Novo México. Sabe-se agora que algumas dessas "pegadinhas" dos
universitários foram tão extremas durante os anos 60 que chegaram a causar
perigo físico. Uma fraude de OVNI especialmente sofisticada na época levou à
severa reprimenda de oficiais de uma base militar americana à um universitário
cuja pegadinha levou ao envio de emergência de caças a jato! Esse grupo muito
privado existiu durante décadas no instituto, tendo vários codinomes e líderes.
Um co-conspirador de muitas fraudes no instituto, na
década de 1960, agora detalha os notáveis "discos voadores" que foram
criados por estudantes durante aquela época - e como eles foram feitos. Um
antigo brincalhão do instituto oferece uma pista impressionante sobre a verdadeira
natureza dos "alienígenas" avistados pelo policial Lonnie Zamora.
Outra "perspectiva interna", fornecida por ex-alunos do Instituto de
Tecnologia do Novo México, promove o caso do OVNI de Socorro foi uma das
fraudes mais extraordinariamente planejadas da história. Esse grupo de
"brincalhões extremos" reflete uma "cultura de pegadinhas"
tecnológica que era única no mundo e que permaneceu oculta - até agora.
REVISITANDO SOCORRO
Zamora (esquerda) examina o local do pouso com a Força
Aérea
Em abril de 1964, o policial Lonnie Zamora, de Socorro,
relatou ter avistado uma nave pousada nos arredores da cidade. Enquanto
perseguia um veículo em alta velocidade, a atenção de Zamora foi desviada por
causa de uma explosão que ele ouvira, o que o levou a uma colina. Lá ele viu
uma nave ovoide de 6 metros, de cor "branco alumínio",
"lisa" e que tinha uma insígnia ou emblema vermelho na lateral.
Zamora relatou duas pequenas figuras vestidas de branco perto da nave. Zamora
diz que as figuras "saltaram de vista" e a nave subiu com um rugido e
sumiu de vista.
Na primeira parte deste artigo, relatou-se a descoberta
de uma carta escrita pelo ganhador do Prêmio Nobel Dr. Linus Pauling. A carta
foi encontrada nos Arquivos de Pauling, na Universidade do Estado do Oregon, e
era endereçada ao Dr. Stirling Colgate, reitor do Instituto de Tecnologia do
Novo México, em Socorro, na década de 1960, uma lenda de Los Alamos e associado
como os iminentes Oppenheimer e Teller. No final da carta, Colgate escreveu de
volta para seu amigo Pauling (que se interessou pelo caso) explicando que o
avistamento do OVNI de Socorro foi uma farsa e que "foi planejada por um
estudante que deixou a faculdade".
Em um e-mail enviado a mim, escrito
40 anos após sua resposta ao Dr. Pauling, o Dr. Colgate (que ainda mantém um
escritório em Los Alamos aos 84 anos) confirmou a autenticidade da carta e
afirmou um pouco mais:
Ele sabia que o evento tinha sido uma
pegadinha, e disse que foi "bem simples".
Um dos brincalhões era, na verdade,
um amigo pessoal dele;
Esse amigo e os outros alunos
"não queriam que seus disfarces fossem descobertos";
Ele veria se, agora, eles iriam a
público.
O Dr. Colgate não tinha ideia de que seu conhecimento do
incidente se tornaria público muitas décadas depois. Ele nunca teria imaginado
que seus contatos privados com Pauling seriam abertamente revelados. Ele foi
"pego" por mim e não teve escolha a não ser responder com moderação.
O Dr. Colgate não está "adivinhando" sobre isso - um amigo dele é um
dos fraudadores. Ele escreve com a certeza de um cientista. Ele é um mentiroso,
acredita que é mentiroso, ou está dizendo a verdade. Na verdade, há muito pouco
espaço de "manobra" para tirar qualquer outra conclusão. Não acredito
que Colgate mentiria para seu sócio Pauling - e continuaria a mentir sobre isso
para mim no final de sua vida - se não fosse verdade. E por que seu amigo
pessoal (já idoso) continuaria a mentir durante décadas para Colgate que ele
"e outros" eram os fraudadores? Isso nos deixa apenas com a opção de
que Colgate está dizendo a verdade.
Dois outros técnicos notáveis do instituto, o Dr. Frank
Etscorn (o inventor do adesivo de nicotina) e Dave Collis (que dirigiu o
renomado Laboratório de Energética do Instituto de Tecnologia do Novo México)
relataram que sabiam - pelo longo tempo que passaram no instituto - que o OVNI
de Socorro era, na verdade, uma farsa perpetrada pelos alunos.
O estudante de graduação de Etscorn (que buscava créditos
por estudar o incidente) localizou um suspeito da fraude que admitiu a
pegadinha, mas não permitiu o uso de seu nome. Collis foi informado, em 1965,
por seu professor de confiança no instituto, que o famoso avistamento do OVNI
que pousou em Socorro, no ano anterior, foi uma farsa criada por um aluno do
instituto. Collis explicou que não era um "palpite" de seu professor
- o professor sabia quem eram os perpetradores. Somente 45 anos depois Collis
quebrou o silêncio e decidiu contar o que soube com seu professor.
NOTA PESSOAL
Como um defensor veemente da visitação de
extraterrestres, lutei para divulgar essas informações. Eu não procurei por
esta história, ela caiu no meu colo quando descobri os estudos secretos de
OVNIs arquivados de Linus Pauling. Eu não pretendia abafar essa história
explosiva. Esperamos que, ao relatar isso, os leitores entendam que estou
simplesmente seguindo as evidências até onde elas me levam. Sou obrigado a
relatar o que encontro e não tenho uma "agenda oculta". Continuo
firme em minha convicção de que vida de outros lugares visitou a Terra. Mas
também estou firme em minha convicção de que muitos ufólogos simplesmente não
apreciam a extensão e sofisticação usadas pelos jovens universitários de nossa
nação para fazer brincadeiras com OVNIs. Isso foi especialmente verdade nos
anos 60, em lugares como o Instituto de Tecnologia do Novo México.
"OS DISCOS DOS ESTUDANTES" DOS ANOS 60
John W. Shipman entrou no instituto no verão de 1966 como
um calouro. John – um confesso brincalhão - continua tão
apaixonado por sua experiência na faculdade que relata eventos da época em um
blog na internet. John oferece observações perspicazes sobre essa instituição
única em meados dos anos 60: "O espírito do tumulto tecnológico passou
para os alunos. Com oportunidades limitadas de recreação, os alunos mais
felizes eram aqueles que faziam sua própria diversão."
John menciona seus cúmplices de fraudes - com codinomes
"Joe Hat" e "Harry Hat". Ambos, segundo ele, eram
extremamente competentes em eletrônica. Shipman diz: "Eles eram nerds
muito antes de o termo ser inventado". Shipman diz que durante aquele
verão, os Hats compraram um radar sobressalente e começaram a trabalhar nele. O
jornal do instituto os apresentava na capa com a legenda: "Eles
pousaram". Harry tinha descoberto que jatos da Base Aérea de Holloman
costumavam usar a montanha Socorro Peak como alvo de radar para simulações de
bombardeio. Aparentemente, os Hats conseguiram inventar um dispositivo de
bloqueio e, então, o deixaram em uma montanha próxima à base. Shipman diz que
as pontuações de bombardeio "foram todas para o inferno" por causa
deste dispositivo de bloqueio. Shipman explica que a Força Aérea rastreou o
problema. Como Shipman entende, dois Policiais Militares entraram nas salas de
aula de tecnologia e levaram Harry até o comandante da base. Após mais de uma
hora de repreensão, um oficial admitiu para Harry Hat que, após a formatura,
ele gostaria de contratar Harry porque ele era melhor em pesquisa de radar do que
a maioria de seu pessoal na base!
Shipman conta que "Harry também experimentou fazer
discos voadores, uma diversão popular para residentes do dormitório". Ele
diz que um "disco" feito por estudantes ainda mais impressionante foi
"projetado especificamente para perturbar o pessoal de White Sands".
Shipman explica: "O corpo era um balão meteorológico sobressalente, cheio
de gás natural. A carga útil consistia em um sinalizador de rodovia, uma fita
métrica de 30 metros feita de aço e um fusível comprido. A fita métrica tinha
um peso na ponta, e foi enrolada e presa com um pedaço de barbante encerado.
Depois que o vento soprou o balão ao longo da extremidade norte da cordilheira,
o estopim queimou até o fim e acendeu o sinalizador de rodovia, que queimou o barbante
ao longo da fita de aço. Os operadores de radar ficaram bastante chateados
quando um alvo de radar de 30 metros de comprimento apareceu de repente em suas
telas. Eles enviaram vários jatos para interceptar. Os jatos nunca encontraram
o que estavam procurando."
Embora Shipman tenha chegado no instituto alguns anos
após o evento do OVNI de Socorro, as informações que ele fornece são
inestimáveis para entender como tal coisa poderia ter acontecido. Soubemos com
Shipman que, nos anos 60, os técnicos faziam "discos voadores" que
enganavam até os militares. Esses "brincalhões brilhantes" eram de
uma ordem totalmente diferente, jamais encontrados em outras instituições,
mesmo hoje.
Os estudantes de tecnologia dos anos 60 eram tão
"corajosos" e rebeldes - e tinham tão pouca consideração pela
segurança ou legalidade - que até mesmo travavam radares sensíveis e
interrompiam exercícios militares! Dar um "susto" no policial Zamora
não era nada em comparação!
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE PEGADINHAS
Thomas Jones se formou em Física pelo Instituto de
Tecnologia do Novo México. Por certo tempo nos anos 80 e 90, Tom liderou um
grupo fechado de técnicos brincalhões chamado "Stealth Beta Force". O
"site memorial" do grupo pode ser visualizado em "www.spril.com/StealthForceBeta" ou simplesmente digitando no
Google as palavras-chave 'Stealth Force Beta'. O site possui uma leitura
extraordinária. A complexidade e sofisticação técnica das pegadinhas que ele e
sua equipe realizaram são surpreendentes. A organização tinha regras, codinomes
e um "código mágico" de sigilo. É uma ilusão, mas nunca confesse - e
nunca diga como é feito. Era assim que operavam.
O tempo de Jones no instituto foi muitos anos depois do
evento de Socorro. Mas ele é considerado até hoje pelo Escritório de
Informações Públicas do Instituto de Tecnologia do Novo México como o maior
especialista sobre a história e a amplitude das pegadinhas da instituição.
Obtemos o insight necessário sobre esse mundo incomum e especial ouvindo Jones.
Descobrimos com ele que essas fraudes sempre foram um
passatempo do instituto, e existia até sua época. Jones indica que, hoje, as
pegadinhas físicas deram lugar às "pegadinhas digitais". Embora as
pegadinhas físicas sejam mais raras no campus agora, o espírito delas permanece
na forma digital. Os "anos de glória" dessas pegadinhas físicas
duraram dos anos 60 até o início dos anos 90. Há uma certa "camaradagem ao
longo das gerações" quando se trata dessas pegadinhas dos técnicos. Os
brincalhões de hoje prestam uma homenagem silenciosa aos ilustres que deram os
mesmos passos antes deles no instituto. Como uma sociedade "Skull and
Bones" de nerds, esses técnicos formavam círculos secretos e restritos.
Tom me disse que - dado seu entendimento íntimo da escola
e seu conhecimento interno das pegadinhas feitas na instituição - "Eu acho
que é altamente provável que os alunos do instituto tenham criado o incidente
do OVNI de Socorro." Tom acrescenta enigmaticamente, "e havia uma
memória institucional dos fraudadores do OVNI de Socorro no instituto".
Todos nós podemos aprender com as ideias instrutivas de
Tom sobre como esse evento aconteceu: "Se você não viveu no ambiente de
uma escola de ciências de primeira linha, pode ser muito difícil entender a
cultura. Você se acostuma com coisas estranhas acontecendo o tempo todo. Os
alunos construíam canhões de água de longo alcance, explodiam bombas feitas de
butano e modelos de motores de foguete, construíam enormes brinquedos
perfurantes de blindagem e manejavam rochas radioativas - só porque era
interessante. E isso era apenas a ponta do iceberg". Ele diz: "Muitas
pegadinhas eram deliberadamente estruturadas para parecer que foram feitas por
outros - escolas rivais ou alienígenas". A retaliação costumava ser um
motivo, explicou ele. Na época, Zamora não gostava muito dos alunos do
instituto.
Ele acrescenta que o Novo México era um lugar estranho e
maravilhoso "para um garoto do Maryland". Até a paisagem levava a
pensar na superfície de outros corpos celestes. As pegadinhas espaciais eram
naturais em lugares como o Instituto de Tecnologia, diz ele. Tom diz que a
faculdade é muito pequena, muito protetora e que os "forasteiros"
simplesmente não conseguem entender a intensa cultura techno-geek que levaria a
uma pegadinha como o OVNI de Socorro. Eles não podem apreciar a psicologia
desses círculos fechados de "crianças brilhantes e entediadas" que
adoravam enganar os tolos.
Falando mais especificamente de Socorro, Tom diz que uma
das coisas que o frustra é que as pessoas têm a ideia de que a área é plana e
sem traços característicos, não deixando nenhuma possibilidade de fuga dos
fraudadores. Mas Tom diz que a área é, na verdade, repleta de arroios, morros
ondulados e rochosos, áreas de mato e arbustos. Ele contou sobre um passatempo
no instituto - brincar de "esconde-esconde" no labirinto de tais
arroios fora da cidade. Ficar fora da vista dos outros era fácil, diz ele.
Tom também explicou certos elementos do mistério do OVNI
de Socorro que podem ser explicados por atividades no campus.
PISTAS DA ATMOSFERA
Foi esclarecedor saber com Tom que,
nos anos 60, o Instituto de Tecnologia do Novo México estava procurando
oportunidades de pesquisa financiadas "a baixo custo". Eles queriam
expandir seus programas de ciências de mineração e geologia para incluir as
ciências atmosféricas. Decidiu-se criar, no Departamento de Física, um grupo
muito mais formal para estudar Física Atmosférica. Agora, seriam oferecidos
cursos de graduação na disciplina e buscariam ativamente bolsas para essas
pesquisas. A faculdade obteria financiamento militar e expandiria seu trabalho
no campo. O instituto recebeu uma gama incrivelmente vasta de balões e
dispositivos flutuantes que eram usados em meteorologia, radar e pesquisas
relacionadas.
Em 1964, a faculdade tinha todos os tipos de
"infláveis" disponíveis no mundo na época. Esse novo influxo de
balões, gases e materiais infláveis ficou conhecido por ter sido uma "nova
fonte de diversão" para esses cientistas estudantes dos anos 60. Tom disse
que, sem dúvida, esses infláveis avançados chamam a atenção dos que gostam de
brincadeiras.
OS "ALIENÍGENAS" DE LONNIE
Tom dá uma dica sobre os "alienígenas" que
foram vistos por Lonnie. Zamora descreveu os dois "seres" caminhando
fora da nave como:
Baixa estatura (do tamanho de crianças
ou adultos pequenos);
Vestidos com "macacão"
branco;
De "aparência normal" (como
um humano).
Tom e eu discutimos o que poderia explicar uma visão tão
estranha. A explicação - embora desconhecida para Zamora - era muito "pé
no chão". Os primeiros casacos de laboratório se parecem muito com os
trajes de laboratório de hoje. Da cabeça aos pés, eles cobrem os trabalhadores
do laboratório de branco, parecendo trajes da era espacial. Eles são usados
para ajudar a prevenir a contaminação do indivíduo - e das amostras - ao
conduzir experimentos de laboratório. Trajes radiológicos (como os encontrados
no instituto nos anos 60) eram vestimentas ainda mais elaboradas.
Examine a foto à esquerda. Aperte os
olhos enquanto olha e afaste-se um pouco da tela - Lonnie estava a certa
distância da nave. Remova os óculos, se os tiver. Lonnie perdeu os dele.
Observe a figura mais baixa no meio. É um "alienígena" - ou é um
cientista estudante de "baixa estatura" e "aparência normal"
que está vestido com um "macacão branco", conforme descrito por
Lonnie Zamora? Em seguida, tente cobrir as outras figuras na imagem com as
mãos, de modo que apenas a figura do meio permaneça à vista. Aperte os olhos e
afaste-se da tela. O "alienígena" - precisamente como descrito por
Zamora - aparecerá ainda com mais clareza.
Em um artigo futuro, espero identificar de forma
conclusiva os estudantes vestidos de branco que caminharam pelos arroios nos
arredores de Socorro em 1964 - enganando uma cidade, uma nação e o mundo por
décadas.
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Tradução: Tunguska
Fonte: https://www.ufoexplorations.com/socorro-ufo-hoax-2-getting-closer
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