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segunda-feira, 1 de março de 2021

A fraude do ovni de Socorro (Caso Zamora) foi exposta! Parte 4

 

O SEGREDO É FINALMENTE REVELADO

 



 

Por mais de quatro décadas e meia, muitos ao redor do mundo se perguntaram sobre a verdadeira natureza do avistamento de um objeto voador não identificado pousado em 1964, um objeto que pousou e, depois, decolou, segundo relatado pelo oficial Lonnie Zamora, da cidade de Socorro, no Novo México. No outono de 2009, minha investigação revelou que o policial havia sido vítima de uma fraude perpetrada por estudantes do Instituto de Tecnologia do Novo México.

 

Agora, três anos depois, um relato mais completo da fraude finalmente veio à tona, incluindo:

 

·        A maneira surpreendente como a fraude foi realizada.

·        O número de pessoas envolvidas na fraude.

·        Por que elas não se apresentaram.

·        Filme notável que documenta visualmente como os estudantes universitários construíram e pilotaram a nave, de acordo com o reitor da faculdade.

·        A preocupação coletiva com o policial Zamora por parte dos perpetradores e do reitor da faculdade depois que a loucura juvenil virou uma bola de neve descontrolada.

 

 

DE VOLTA À SOCORRO

 

A história do avistamento do OVNI feito por Lonnie Zamora em Socorro, as consequências e a solução fraudulenta para o avistamento, derivada da investigação e das entrevistas, geraram as seguintes conclusões:

 

·        Depois de passados 45 anos, uma confissão do renomado físico de Los Alamos, Dr. Stirling Colgate, ex-reitor do Instituto de Tecnologia do Novo México (NMIT), de que o evento foi uma fraude feita por estudantes que ele conhecia. Ele também confirmou que havia explicado isso décadas atrás a seu amigo, o pesquisador secreto de OVNIs, Dr. Linus Pauling.

·        Reconhecimento do professor e filantropo do NMIT Dr. Frank Etscorn (inventor do adesivo de nicotina) de que era uma fraude.

·        Confirmação de um líder do Laboratório de Energética da faculdade (que foi aluno de lá em meados dos anos 60) de que foi uma fraude.

·        Vários ex-alunos e um administrador de dados públicos da faculdade ofereceram informações surpreendentes sobre uma longa tradição de pegadinhas técnicas - e até mesmo uma “sociedade” dedicada a esse intento. (Claro que se deve perguntar por que tantos administradores do NMIT e ilustres homens da ciência implicariam a própria faculdade depois de serem abordados, se o fato não ocorreu?).

·        Relatórios oficiais pouco conhecidos na época foram divulgados, mostrando a presença de papelão chamuscado, pegadas e evidências de ignição pirotécnica no local do pouso do OVNI.

 

 

COLGATE ESCLARECE UM POUCO MAIS AS COISAS



 

O Dr. Stirling Colgate talvez seja o maior físico vivo do mundo. Associado de Edward Teller, aos 86 anos, Colgate ainda comparece diariamente ao trabalho ajudando a liderar a física avançada para uma das instituições científicas mais conceituadas do planeta, o Laboratório Nacional de Los Alamos. Colgate já foi reitor do NMIT e era conhecido como um administrador muito afável e agradável, muito próximo de seus alunos. Tanto que é relatado que ele costumava compartilhar bebidas e fofocas no Bar Capitol, de Socorro. Foi nesse ambiente de convivência acadêmica que Colgate soube do envolvimento de seu aluno na fraude feita com Zamora.

 

Quando um documento foi descoberto nos arquivos de Pauling, no qual Colgate escreveu a seu amigo, o Dr. Linus Pauling, ganhador do Prêmio Nobel, dizendo que o avistamento de Zamora era uma farsa, eu entrei em contato com Colgate. Colgate confirmou o conteúdo da carta a Pauling e que, entre outras coisas:

 

·        Ele ainda sabia que o incidente tinha sido uma fraude.

·        Ele continua amigo de um dos fraudadores.

·        Essa pessoa "não quer que seu disfarce seja descoberto".

·        A realização da fraude foi "bem simples".

 

Agora, muito recentemente, Colgate esclareceu um pouco mais as coisas.

 

Em respostas por e-mail do Dr. Colgate, datadas de 1º de agosto de 2012, e em 8 de agosto de 2012 para outras perguntas que fiz a ele, muito se soube sobre os "motivos" e a "maneira" como a fraude foi criada.

 

O Dr. Colgate, creio, com sinceridade e sobre seu legado, agora gentilmente me transmitiu mais informações sobre o cenário da fraude. Em suas palavras:

 

"Foi uma brincadeira e fiquei muito preocupado com o policial Zamora."

 

"Ninguém se manifestaria sobre isso, todos estavam envergonhados."

 

"Muitas coisas sobre isso estavam me pressionando e ainda estão."

 

"Achei que não poderia acrescentar nada pressionando os alunos e reconheci que foi uma brincadeira."

 

"Os alunos ficaram constrangidos com o possível dano que poderia ter acontecido a Zamora (com a pegadinha)."

 

"Não falei mais com Pauling (sobre isso)."

 

"Ele também pode ter ficado envergonhado."

 

Colgate me diz mais em outro e-mail, cujas respostas adicionais dele são fornecidas abaixo. Mas descobrimos com os comentários enigmáticos acima que Colgate e seus companheiros reconhecem o óbvio, pois também são humanos:

 

Eles se sentiram pressionados sobre o que fazer, ficaram envergonhados com o que haviam feito e ficaram preocupados com Lonnie. Lonnie poderia ter sido demitido da força policial, ficado psicologicamente prejudicado pelo resto da vida ou outras coisas adversas.

 

Os fraudadores devem ter ficado desconfortavelmente abalados com tudo isso. Nunca se pensou que a história iria ficar tão grande. Eles não imaginaram que viraria uma bola de neve.

 

Eles ficaram confusos sobre o que fazer e envergonhados por toda a vida sobre o que haviam feito. E realmente, quem deseja prejudicar os amigos, familiares e colegas de trabalho por causa das loucuras juvenis que todos nós desejamos que nunca tivessem acontecido? Os perpetradores (agora aposentados) deveriam ter seu mundo virado de cabeça para baixo e ir a público simplesmente para nossa satisfação?

 

Verificamos também que Pauling perdeu o interesse e nunca mais tocou no assunto de Socorro com Colgate, porque ele também desejava não sofrer nenhum possível constrangimento profissional por estar, de alguma forma, associado ao evento de Socorro.

 

Confirmando o que foi dito por Colgate, uma revisão posterior dos arquivos de Pauling mostra que, de fato, nunca houve mais interesse no assunto por parte de Pauling.

 

 

COLGATE REVELA COMO OS ALUNOS ENGANARAM LONNIE ZAMORA

 

A beleza é, muitas vezes, encontrada na simplicidade. E assim é com Socorro. Apesar de todas as especulações sobre a fraude envolvendo coisas como amarras, controle remoto e lança-chamas - não precisava ser nada disso, e não foi.

 

No e-mail de Stirling Colgate de 8 de agosto, ele se abriu um pouco mais sobre como os alunos haviam enganado Lonnie. É claro que sempre quis saber dele exatamente como o feito foi realizado. Como os alunos fizeram isso?

 

Afirmei à Colgate que ele deve saber como foi feito - e perguntei diretamente a ele:

 


"Como eles fizeram isso? De que era feito  nave?"

 

Sua resposta foi curta, mas reveladora:

 

"Uma vela em um balão. Nada sofisticado."

 

Eu também perguntei a Stirling:

 

"Quantos participaram da brincadeira?"

 

Novamente, uma resposta curta:

 

"Eu diria cerca de três a seis."

 

Aqueles que ainda aderem firmemente a outras explicações além de "fraude" ao avistamento de Zamora, sem dúvida não irão gostar do que foi dito por Stirling.

 

Mas um vídeo incrível de dois estudantes universitários do Reino Unido (postado poucos meses depois da minha série sobre a fraude de Socorro) pode nos dar uma documentação visual de exatamente a que o Dr. Colgate está se referindo e como a fraude foi realizada.

 

Os céticos do meu trabalho sobre isso simplesmente não desejam aceitar a verdade de que Lonnie Zamora comunicou pela primeira vez a seu parceiro policial que o objeto branco "parecia um balão".

 

No vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=HjMn1diPIvo), dois jovens britânicos muito espertos nos mostram o que Colgate quer dizer quando diz que uma simples "vela em um balão" também pode ser uma fraude e um efeito aéreo extraordinariamente eficaz.

 

Colgate não apenas diz que foi uma "vela em um balão", mas também diz que poucos estudantes universitários estiveram envolvidos, talvez três a seis.

 

E, mais uma vez, ele está certo. Teria havido, no mínimo:

 

DOIS LANÇADORES:



 

Dois alunos baixos em macacões brancos (na verdade, jalecos brancos de laboratório) agiram como "alienígenas" e lançariam do solo o "OVNI" de Lonnie Zamora. Lonnie nunca afirmou que viu as pessoas baixas entrarem no "veículo". Naquele momento, ele estava muito ocupado fugindo ou planejando sua fuga para realmente notar para onde eles foram.

 

O VELOCISTA:



 

Um aluno adicional que era necessário para dirigir em alta velocidade e conduzir Lonnie para fora da cidade e perto de onde os dois “alienígenas” aguardavam Lonnie. Essa deveria ter sido a pista mais óbvia de todas de que foi uma farsa: Lonnie tinha que ser levado ao local da fraude de alguma forma - e ele foi, por um calouro em um carro como ao lado.

 

O PIROTÉCNICO:

 


Outro aluno foi usado para criar a explosão que desviou Lonnie em um caminho direto para a "área de encenação". Esse estudante também pode ter criado o rugido e sons agudos que Lonnie relatou que o OVNI emitiu. Os sons que Lonnie relatou foram, na verdade, resultantes de "assobios pirotécnicos", segundo o presidente da maior associação de fogos de artifício do mundo. Todo esse material estava disponível no Laboratório de Energética da faculdade, que patrocina a queima anual de fogos de artifício todo 4 de julho.

 

Portanto, Colgate está correto ao afirmar que cerca de 3 a 6 alunos estiveram envolvidos na execução da pegadinha.

 

O que Lonnie Zamora viu foi um grande balão branco com uma vela dentro (com um símbolo vermelho desenhado na lateral) lançado por alunos com trajes de laboratório. Os sons vieram tanto da engenhoca com a chama atrelada ao balão quanto de apitos pirotécnicos. Conforme mostrado no vídeo dos jovens britânicos, tais dispositivos, mesmo quando bastante grandes, podem subir muito alto e viajar para longe – e bem rápido.

 

 

PERCEPÇÃO É TUDO

 


Muitos ainda vão insistir que ninguém poderia ser enganado por um balão iluminado. Mas é preciso considerar várias coisas sobre a única testemunha do evento. Lonnie estava confuso, agitado e assustado. Na pequena cidade de Socorro, o policial Zamora era quase sempre encarregado de "lidar" com os alunos da faculdade. Um estudante em alta velocidade, tentando "se exibir" com seu carrão, passa por Lonnie, que, então, começa uma perseguição. Certamente não era assim que Zamora desejava passar uma noite de primavera esperando a saída dos alunos da faculdade, sendo perturbado e tendo que perseguir um espertalhão em alta velocidade. Lonnie, então, se assusta ao ouvir uma explosão "como de uma cabana de dinamite". Ele ficou confuso com o objeto desconhecido voando e teve que se agachar de medo por causa das chamas, rugidos e assobios.

 

Lonnie tinha problemas de visão e precisava de lentes corretivas, que ele as perdeu.

 

Não sabemos se Lonnie usava lentes monofocais ou bifocais, mas as imagens que temos dele nos mostram lentes muito grossas. Essas lentes significam que sua vista está seriamente comprometida em relação à capacidade de estimar corretamente a distância. E no momento crítico de ver o "OVNI", sabemos que Lonnie ficou assustado e derrubou os óculos, ele se abaixou para procurá-los, os encontrou, os colocou de volta e, então, reajustou a posição para localizar o OVNI e vê-lo novamente.

 

Lonnie relatava as coisas como as via, fazia o possível para responder às perguntas feitas a ele e era uma boa pessoa. Mas, como todos nós, ele tinha suas falhas... incluindo falhas de percepção naquele dia escuro. Ele não era o  "Santo Zamora de Socorro". Ele não era um homem muito instruído, articulado ou especialmente inteligente, como graciosamente observou o Dr. J. Allen Hynek da Força Aérea em seu relatório da entrevista que fez com Zamora. Lonnie, provavelmente, nunca tinha visto uma coisa tão incomum e por causa de sua percepção falha naquele dia, ele permaneceu honesto e completamente confuso. E lembre-se também do contexto da época, 1964, uma época em que os satélites eram coisas da ficção científica e o homem mal havia estado no espaço, e ainda não tinha pousado na Lua.

 

Combinando todas essas coisas, é fácil ver como essa única testemunha no deserto poderia imaginar que estava vendo algo verdadeiramente notável. Mas não era nada disso.

 

 

A VERDADE LEVA TEMPO

 

Apelos contínuos à verdade e à história às vezes valem a pena. Essa persistência em perseguir obstinadamente essas pessoas mais velhas para descobrir a verdade de uma história, às vezes, me coloca em apuros por conta desses casos antigos. Sou chamado de excessivamente agressivo e "direcionador" por alguns. Diga o que quiserem, mas muitas vezes isso traz respostas e soluções para os mistérios. Eu nunca paro de questionar as testemunhas de Roswell, bem como tudo em minha investigação ufológica. Quando Peter Falk, da série policial "Columbo", solucionava crimes, era sempre no final, depois de algum tempo, e sempre voltando a falar com alguém com quem já havia discutido o crime. A espera de alguns anos talvez tenha feito o Dr. Colgate pensar que era hora de contar o máximo possível da verdade.

 

E foi assim com Socorro. O tempo finalmente contou tudo.

 

 

*   *   *

 

 

Tradução: Tunguska

 

Fonte:  https://www.ufoexplorations.com/ultimate-secret-of-socorro-ufo


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