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sábado, 4 de julho de 2020

Estudo Francês Indica Modelo Pendurado Em Fotos De Paul Trent (Fotos de McMinnville)

As Fotos de McMinnville
   (Antoine Cousyn, François Louange e Geoff Quick)

Esse documento é constituído de duas partes:

·        O estudo inicial “De volta às Fotos de McMinnville”, publicado no site ipaco.fr em abril de 2013.

·        Um estudo complementar “Evidência de uma Linha Suspensa”, acrescentado em junho de 2013.

A primeira parte mostra como, usando ferramentas interativas adaptáveis, pode se provar que a explicação de um modelo pendurado em uma linha é, de longe, a mais provável, na falta de prova irrefutável. Esse estudo, entretanto, não revela a presença de uma linha nas fotos.

A segunda parte, escrita após ter sido integrada uma ferramenta de detecção específica e original no software IPACO, revelou a presença de uma linha suspensa em ambas as fotos, o que deveria pôr um fim no estudo desse caso.

O documento inteiro foi atualizado em maio de 2014, com poucas modificações dos resultados de medição, mas sem qualquer impacto significativo nas conclusões, para levar em consideração vários fatos novos:

·           A descoberta de imprecisão, em certos casos, quando o IPACO calculou ângulos e taxas de tamanho/distância, e a correção da falha identificada.

·           A consideração das diferenças de altura para refinar a avaliação da distância entre a câmera e os cabos (seguindo uma crítica construtiva de um fórum da Internet).

·           A implementação de uma versão melhorada da ferramenta de detecção de linha vertical (opção para filtragem elevada da curva de adição).


Primeira Parte (Março de 2013)
De Volta às Fotos de McMinnville


Em 11 de maio de 1950, em McMinnville (Oregon), entre as 19h30 e 19h45, o fazendeiro Paul Trent tirou duas fotos (identificadas mais tarde como MM1 e MM2) mostrando um "OVNI" no céu, nos arredores de sua garagem. Um resumo breve do evento pode ser lido aqui.

O objeto parece ter uma base circular. Essas duas fotografias estão entre as mais conhecidas na história dos estudos sobre OVNIs. Elas já foram extensivamente analisadas por investigadores qualificados, em particular: William K. Hartmann, Philip J. Klass, Robert Sheaffer, Bruce S. Maccabee, Joel Carpenter (NICAP), Ground Saucer Watch (GSW) e Claude Poher (Veja as referências na última página).


MM1



MM2

O objetivo deste documento certamente não é produzir um "furo jornalístico", nem criticar as conclusões de estudos prévios. É especificamente focado no uso de uma ferramenta interativa moderna para uma análise rápida e pragmática desse tipo de dossiê. No que se refere à matemática e a física subjacentes, nada difere do que foi descoberto no passado, exceto que a nova ferramenta responde imediatamente, de uma forma mais flexível, dando tempo para o analista pensar e tentar, sem atrasos, várias estratégias de investigação diferentes, de um modo totalmente interativo.

De acordo com investigadores anteriores, as fotos de Trent são genuínas (ou seja, um objeto real foi efetivamente fotografado) mas, por que parâmetros fotométricos são difíceis de interpretar, permanece em aberto se elas podem mostrar um objeto voador remoto (desconhecido) ou um pequeno modelo pendurado em um fio elétrico. Claude Poher é afirmativo sobre a teoria de fraude. Essa possível explicação vai, é claro, ser mantida em mente.

Uma análise fotométrica profunda foi realizada por Bruce Maccabee. Baseado em dados físicos obtidos no local, ele produziu um mapa da cena (visto abaixo) com uma reconstrução do ponto de cruzamento da linha do avistamento do OVNI (SLC) entre as duas fotografias. Com os pontos de ancoragem dos fios de energia na casa e na garagem sendo conhecidos, assim como as respectivas posições do senhor Trent quando tirou as duas fotos, ele concluiu que o ponto de cruzamento poderia ser na direita, abaixo dos fios de energia, ou poucos metros adiante, dependendo da reconstrução da área do avistamento a partir de dados fotográficos e do tamanho "conhecido" dos objetos nas fotos.

Não iremos refazer esse trabalho excelente aqui, mas nos concentrar no que pode ser obtido rapidamente das próprias fotografias.
Câmera e Configurações






Modelo da câmera: ROAMER 1,
equipada com um filme de 120 (ou 620)

Dimensões do negativo: 6 cm x 9 cm

Alcance focal: 100 mm

Tempo de exposição: 1/50 s



Uma descrição detalhada pode ser encontrada aqui.



Preparação dos Dados


Existem várias digitalizações das fotos MM1 e MM2, aparecendo um pouco diferentes do ponto de vista radiométrico, como veremos depois. A parte geométrica desse trabalho é baseado nas digitalizações de alta resolução das fotos MM1 e MM2 (mostradas acima), criadas por Ray Stanford, da primeira geração de cópias entregues a ele por Bruce Maccabee, que possuía os negativos originais.

Inicialmente, colocamos as fotos MM1 e MM2 em nossa ferramenta do software IPACO, usando a função de dados Câmera/Técnica para introduzir os valores de configurações que são requeridos para medições angulares.

O alcance focal é conhecido. Por outro lado, as dimensões dos sensores não correspondem exatamente às dimensões originais dos negativos, já que eles foram cortados. As dimensões levadas em conta no escaneamento poderiam ser recuperadas, devido a medições diretas precisas feitas por Bruce Maccabee nos negativos.





Nos primeiros passos da análise, nos concentramos nos seguintes elementos da cena:

·        O OVNI, localizado no espaço pelo centro de sua base, que se presume     ser praticamente circular (visto como próximo de uma elipse através da câmera).

·        Os dois fios de eletricidade acima do OVNI, que se presume estarem parados.


É possível checar, a partir do mapa detalhado já mencionado de Maccabee, e de uma foto publicada na imagem 25 do Relatório Condon (Hartmann 1967), que esses dois fios de energia estavam um acima do outro (ou seja, no mesmo plano vertical). Portanto, se o OVNI é efetivamente um modelo, ele deveria, logicamente, estar pendurado no fio mais baixo. Conhecendo as dimensões da casa, era possível avaliar a altura do fio mais baixo: cerca de 3,5 metros.


(Na figura) Isso se baseia nas fotos de pesquisa aérea combinadas com o dimensionamento das fotos originais de Trent para localizar as posições da câmera e as linhas de avistamento. Hipóteses: baseado nas fotos de pesquisa aérea: 5 metros entre a garagem e a parte de trás da casa, alinhada com a frente da garagem.


Fios elétricos


Para cada foto, supondo que a câmera está perto da horizontal, o que parece razoável (uma inclinação de poucos graus não modificaria nada significativamente), nós consideramos o plano vertical Pv, que contém a linha de avistamento do OVNI, com as seguintes notações:



Plano PV


Nós desenhamos os gráficos seguintes sobre as duas fotos, usando as funções Criação/Polilinha e Elipse.






Rápida Abordagem Geométrica


Antes de fazer qualquer medição detalhada, nós checamos as posições relativas do OVNI em comparação com os fios de energia na vertical, nas fotos MM1 e MM2.

Usando então a função Medição/Percentil, nós analisamos imediatamente a posição relativa do ponto A no segmento OB (proporção OA/OB):






A variação relativa dessa proporção entre as duas fotos, de 83.1% para 82.8%, é <0,4%.

A posição relativa pode ser obviamente considerada como aproximadamente constante, o que apenas pode ser explicado, de um ponto de vista geométrico, se o objeto estava efetivamente pendurado no fio OR e se seu movimento entre as duas fotos estava seguindo precisamente sua linha de avistamento.

Como Claude Poher salienta, apenas esse ponto fortalece muito a hipótese de fraude.



Análise Geométrica


Medições de Ângulo

Para ir mais adiante, era necessário medir o tamanho angular dos elementos chave da cena, como definido acima:

    Ângulo a subentendido por AB, visto da lente da câmera;
    Ângulo b subentendido por OB, visto da lente da câmera;
    Ângulo c subentendido pelo diâmetro da base circular do OVNI, visto da lente da câmera.

Usando a função Medição Geométrica/Ângulo, nós obtemos automaticamente os valores desses ângulos:

 





Alguém pode, de forma sensata, supor que os pontos A e B não se movem significativamente entre as fotos. O alcance de AB (sendo assim o ângulo a) vai portanto constituir a referência.



A tabela a seguir resumiu os valores dos ângulos medidos em cada uma das fotos:


Foto MM1
Foto MM2
Ângulo a
1.765 °
1.627 °
Ângulo b
8.933 °
8.164 °
Ângulo c
1.630 °
1.470 °


Medições do Comprimento

A partir do mapa estabelecido por Maccabee, sabemos que a distância entre a câmera e os fios de energia era de aproximadamente 4 metros na MM1 e 4,2 metros na MM2. Supondo que a câmera estava a aproximadamente 1,5 metro de elevação, ou seja 1,9 metro mais baixa que o fio mais baixo, nós descobrimos que a distância real entre a câmera e os fios de energia era de aproximadamente 4,5 metros na MM1 e 4,7 metros na MM2. Nós usamos 4,6 metros para propósitos de cálculo.

Usando a função de Medição Geométrica/Comprimento-Distância, nós obtemos imediatamente valores de comprimento como funções de distância (ou o contrário):


Em relação ao estudo da parte inferior do OVNI, obtemos os seguintes números:

Distância
(metros)
Diâmetro
MM1 (metros)
Diâmetro
MM2 (metros)
4,6
0,13
0,11
5,12
-
0,13
15,24
0,43
0,38
30,48
0,86
0,77
152,4
4,32
3,87
304,8
8,65
7,77
1.524
43,28
38,7

Supondo que o diâmetro do OVNI é constante, nós podemos inferir a partir dessa tabela que a distância OVNI-câmera aumentou, entre as duas fotos:

      Se estava abaixo do fio: por 0,5 metro (veja as 2 primeiras linhas), isto é, em proporção por 0,5/4,6 m, aproximadamente 11%
      Em todos os casos: pelo mesmo valor relativo de +11%

Se focamos agora na distância média de 4,6 metros, que corresponde a hipótese do modelo pendurado, nós temos:


(metros)
Foto MM1
Foto MM2
AB
0,14
0,13
OB
0,72
0,66
UFO
0,13
0,11


Isso dá as seguintes estimativas:

      Diâmetro do OVNI: 0,10 a 0,15 metro
      Suposto comprimento da linha suspensa: 0,64 a 0,73 metro

Hipótese do Modelo Pendurado: Movimento de Oscilação entre as Duas Fotos

As variações relativas de comprimento entre MM1 e MM2 foram computadas:

Proporção
 Foto MM1
Foto MM2
Variação relativa
OB/OA
0,25
0,25
-0.2 %
OB/AB
1,55
1,53
-1.1 %
UFO/AB
0,28
0,27
-2.4 %

O valor constante aproximado da proporção OB/OA confirma a inviabilidade já notada acima, no "rápida abordagem geométrica".

Se nós supormos que o objeto é um modelo pendurado por uma linha no fio elétrico, nós podemos checar que as variações relativas das proporções OB/AB (-1,1%) a OVNI/AB (-2,4%) poderiam possivelmente ser relacionadas ao movimento de oscilação, considerando que os investigadores anteriores reportaram a existência de um leve vento no local na época. Isso é particularmente interessante, porque a mudança da forma aparente do objeto entre MM1 e MM2 sugere um movimento de oscilação, com um componente significativo no plano vertical Pv, na direção mais distante da lente da câmera.





Para maior clareza, esse desenho admite várias simplificações, o que não impacta significativamente os resultados acima:

      Negligencia a pequena variação já mencionada da distância OVNI-câmera (0,5 m), assim como a pequena rotação horizontal (13 graus) da linha de avistamento entre MM1 e MM2. Em outras palavras, considera que as duas fotos foram tiradas no mesmo local;

      Supõe que a linha de visão é horizontal, apesar de sabermos que há uma elevação de cerca de 11,5 graus;

      Para a MM1, supõe que o fio suspenso BO1 é aproximadamente perpendicular à linha e visão CO1.


Sob essas condições, pode ser argumentado que:

1.    Se o componente no plano do desenho do movimento de oscilação descreve um ângulo s entre as duas fotos, a redução relativa do alcance aparente do fio BO, equivale à variação relativa da proporção BO/AB (-1.1%), e é dado por:

HO1/BO1 ≈ 1 – cos s = 0,011

Isso fornece a primeira estimativa para s:

s1 = 8°

Na verdade, isso apenas dá o valor para s correspondendo ao caso particular descrito no desenho acima. Em outros casos (BO1 não perpendicular a CO1), o valor s poderia ser diferente, dependendo da posição angular inicial do fio. Em particular, seria maior se o ângulo [CO1, BO1] fosse maior que 90 graus.

2.     Por outro lado, a redução relativa do tamanho aparente do objeto, correspondendo à variação relativa da proporção OVNI/AB (- 2,4%), é igual (em valor absoluto) ao aumento relativo da distância entre o objeto e a lente da câmera:

HO2/CH  HO2/CO1 = (BO1/CO1) sin s = 0,024

Onde BO1 é o comprimento da linha e CO1 a distância entre o objeto e a lente da câmera. A proporção BO1/CO1 é igual a tg b1:

BO1/CO1 = tg 8.933° = 0.1572
Isso dá uma segunda estimativa para s:

s2 = 9°

Essa segunda estimativa é mais confiável que a primeira, já que depende menos das condições angulares iniciais. Vamos, portanto, manter esse valor:

s

Esse valor de 9 graus corresponde, para um suposto fio suspenso de 70 cm, a um aumento da distância câmera-OVNI devido a um deslocamento efetivo do OVNI de:

2,3 sin 9°   0,10 m

Essa diferença, devido ao movimento de oscilação, é parte do aumento global da distância câmera-OVNI (veja acima) de 0,5 m.

É interessante notar que essa contribuição de 10 cm, devido a hipótese de que o modelo pendurado se move entre as duas fotos, tende a explicar parte da discrepância de 0,9 a 1,2 m, notada por Maccabee, entre a distância da câmera e os fios de energia e a distância entre a câmera e a SLC. O resto poderia ser devido à falta de precisão de alguns dos dados disponíveis na configuração física do local.

Foi, portanto, estabelecido que todos as medições acima são fortemente consistentes com a explicação do modelo pequeno (cerca de 12 cm) pendurado no fio elétrico (cerca de 70 cm abaixo), com um movimento de oscilação entre as duas fotos descrevendo um ângulo de cerca de 9 graus, distante da lente da câmera, no plano vertical da linha de avistamento do OVNI.


Todas as Hipóteses: A Rotação do OVNI entre as Duas Fotos

Supondo que a base do OVNI é circular, nós então tentamos estabelecer o valor do ângulo c entre seu eixo de simetria e a vertical. O valor desse ângulo pode ser analisado através de duas projeções: no plano da foto e no plano POVNI, perpendicular a foto, que contém o eixo do OVNI.

    Projeção no plano da imagem:

 



Medições diretas nas figuras deram os seguintes resultados:

C1  = 19°
C2  = 17°

Esse ângulo c é aproximadamente constante, especialmente se levarmos em conta o fato de que, entre as duas fotos, a inclinação da câmera contra a vertical muda um pouco (provavelmente por poucos graus). Isso mostra que o objeto tinha praticamente nenhum movimento de rotação sobre o próprio eixo: só girou significativamente sobre o eixo maior da elipse. Isso também pode ser checado ao se observar a dissimetria da parte superior do OVNI, que permanece aparentemente constante.

      Projeção do plano perpendicular POVNI:

Para simplificar, vamos apenas considerar o plano POVNI correspondendo a MM1 (na verdade, devido ao movimento do operador entre as duas fotos, POVNI1 e POVNI2 diferem por um ângulo de aproximadamente 13 graus). O impacto nos resultados não é significante.
O ângulo d é diretamente dado pela excentricidade e = r´/r da elipse em cada foto:




A fórmula simples é:

d = arcsin e

Medições diretas nas fotos dão os resultados seguintes:

e1  = 0,362
e2  = 0,063

Portanto:

d1  = 21,2°
d2  = 3,62°
O movimento angular total do OVNI no plano POVNI, entre as fotos MM1 e MM2, corresponde ao resumo desses dois valores, já que a base circular é visível em MM1 e não mais em MM2 (já que está "no outro lado"):

D = d1  + d2  25°


Conclusões Tiradas da Análise Geométrica

Nós obtemos os seguintes resultados gerais:

      A proporção conhecida entre o diâmetro da base do OVNI e sua distância da câmera: cerca de 0,03 (veja a tabela acima).

      Movimentos do OVNI entre as duas fotos:

      Afastamento relativo da câmera por 11% na direção de sua linha de avistamento;
      Nenhuma rotação ao redor de seu eixo de simetria;
      Inclinação de 25 graus para trás.

Além disso, se pegamos a hipótese de um modelo pendurado sob o fio elétrico mais baixo, temos os seguintes resultados adicionais:

      O diâmetro conhecido da base circular do OVNI: cerca de 12 cm;
      Movimento de oscilação por 9 graus no plano vertical do eixo de avistamento do OVNI.

É razoável pensar que, nesse caso, o ângulo de 9 graus do movimento de oscilação constitui uma grande parte do ângulo de 25 graus do movimento inclinado total do OVNI no mesmo plano vertical, assim como o aumento de 10 cm correspondente da distância câmera-OVNI constitui uma parte do aumento global de cerca de 0,5 m da distância câmera-OVNI.


Escolha de Digitalizações para Medições Radiométricas


Para analisar propriedades radiométricas, devemos primeiro escolher o conjunto de dados mais apropriados. Como já mencionado, há várias outras digitalizações das fotos MM1 e MM2, parecendo um pouco diferentes, e em particular essas usados por Bruce Maccabee, identificadas depois como TRNT1 e TRNT2:


TRNT1


TRNT2


Para visualizar as diferenças radiométricas significativas existentes entre os conjuntos MM1/MM2 e TRNT1/TRNT2, nós usamos a função Foto/Histogramas para exibir os respectivos histogramas das quatro imagens:

MM1      
MM2
                                    TRNT1                                           
TRNT2


Parece claramente que os histogramas de TRNT1 e TRNT2 estão mais perto um do outro (posição do pico principal) que aqueles de MM1 e MM2. Nós vamos, portanto, escolher TRNT1 e TRNT2 para a parte radiométrica desse estudo, assim como para comparar com as fotos de Trent em condições mais confiáveis.


Abordagem Radiométrica Rápida

As condições do tempo e a iluminação da cena são tais que os efeitos da difusão atmosférica podem ser medidos para análises da distância entre o objeto escuro e a câmera.

Para cada imagem, nós traçamos uma curva radiométrica vertical que cruza o centro do OVNI, usando a função Medição Radiométrica/Seção Transversal Radiométrica. Levamos em consideração três elementos específicos da cena que podem ser escuros: os fios de cima, o OVNI e o fio mais baixo.

Se supormos que esses elementos são escuros o suficiente para serem considerados como tipos de "corpos negros" (isto é, que absorvem toda a luz que recebem), podemos comparar seus níveis radiométricos respectivos e inferir uma classificação de suas distâncias respectivas da câmera: uma radiometria menor corresponde a uma distância mais baixa da câmera.


                                                            
                                                            TRNT1                                                     


                                                                TRNT2


Dos dois gráficos, podemos inferir que a câmera estava claramente mais perto do OVNI que do fio mais baixo, isto é, menos que 60 m, o que significa que o tamanho do OVNI (diâmetro da sua base) era menor que 1,8 m.

De acordo com o primeiro gráfico, a câmera parece até um pouco mais próxima do OVNI do que dos fios de energia de cima. Entretanto, levando em consideração o fato de que essa diferença é pequena, assim como o fato de que não consideramos o encobrimento do brilho existente, aderimos cuidadosamente ao resultado:

Distância Câmera-OVNI < 60 metros

A explicação oferecida para isso ser um modelo pendurado não pode, obviamente, ser excluída neste ponto.


Análise Radiométrica


Esse parágrafo apresenta uma tentativa de analisar um pouco mais de detalhes das propriedades radiométricas das fotos. Entretanto, os resultados são inconclusivos, por causa das condições desconhecidas sob as quais a informação foi transferida dos negativos originais, através de impressões em papéis, até chegar ao formato digital.

Em cada imagem, definimos interativamente, através de figuras fechadas (retângulos, polígonos, elipses...), várias áreas escuras de diferença. Usando a função Medição Radiométrica/Área, extraímos de cada área escolhida seu menor valor radiométrico cinza, isto é, o pixel mais escuro em preto e branco.

Em relação ao OVNI, é óbvio que sua base circular (que é vista apenas na TRNT1, já que está "no outro lado", na TRNT2) é mais escuro que sua parte de cima. Isso é mostrado nas seguintes curvas radiométricas, obtidas através da função Medição Radiométrica/Seção Transversal Radiométrica:





Portanto, para comparar as coisas que são comparáveis, nós "dividimos" esse objeto em duas partes: a base e a parte de cima.



                                             TRNT1


TRNT2

Os resultados em relação ao OVNI e as 5 áreas de referência são os que seguem:


TRNT1
TRNT2
Variação
Fio de cima
87
60
-31 %
Topo do OVNI
147
130
-12 %
Base do OVNI
84
n/a
n/a
Fio de baixo
150
132
-12 %
Teto
49
34
-31 %
Poste
46
37
-20 %
Cobertura
27
23
-15 %


Possível interpretação apenas da TRNT1

Presumindo que todos os objetos selecionados (O OVNI sendo considerado como um todo) são escuros o suficiente para serem considerados como absorvendo toda a luz que recebem, e fazendo simplificações drásticas de um ponto de vista fotográfico e fotométrico (em particular no que se refere ao velamento do brilho, o que, na realidade, tem um certo impacto na luminosidade aparente), comparamos seus níveis radiométricos respectivos (o pixel mais escuro de cada objeto) e deduzimos a tentativa a seguir de classificação de suas distâncias respectivas da câmera:


distcobertura < distposte  disttelhado < distbasedoOVNI  distfiosdecima < distfiomaisbaixo


O OVNI estaria, então, a uma distância aproximadamente àquela dos fios de cima (4,2 metros), consequentemente menor para o fio de baixo, isto é, 60 metros (de acordo com as estimativas de Maccabee), com um tamanho (diâmetro da base), portanto, na ordem de 15 cm e, em todos os casos, menor que 1,8 metro.

Mas, se os fios e os outros elementos de referência podem, razoavelmente, serem supostos como mais ou menos escuros, nenhuma informação está disponível sobre o albedo do OVNI (aspecto escuro ou claro, cor, possível translucidez). Portanto, a classificação acima está provavelmente errada, mas a distância do OVNI e o tamanho podem apenas ser menores que o valor máximo acima mencionado (estimado para um objeto preto).

A única conclusão útil é, portanto:

A distância câmera-OVNI em TRNT1 < 60 metros

Isso continua compatível com o modelo pendurado.


Possível interpretação apenas da TRNT2

Da mesma forma, se supormos que todos os objetos são escuros o suficiente, obtemos a seguinte classificação:

distcobertura < disttelhado  distposte < distfiosdecima < disttopodoOVNI  distfiosmaisbaixos

Para o OVNI, isso poderia significar uma distância comparável à do fio de baixo (60 metros), portanto, um tamanho de 1,8 metro.

Mas a mesma observação acima se aplica: essas figuras podem apenas ser consideradas como máxima, o que permanece compatível com o modelo pendurado.

Além do mais, sabemos que o OVNI tem uma base circular escura, apesar de que isso não aparece de forma alguma em TRNT2. Isso distorce a interpretação da figura sozinha, o que não leva a nenhuma conclusão significativa.


Possível interpretação de TRNT1 e TRNT2 juntas

Olhando para a tabela acima de mínima radiométrica, os pontos seguintes se destacam:

      As condições de iluminação da cena parecem variar significativamente entre TRNT1 e TRNT2, por causa das mudanças radiométricas importantes dos objetos próximos (especialmente na parte superior das imagens) não podendo ser, de forma alguma, explicadas por difusão atmosférica;
      Essa mudança é irregular, dependendo da posição e distância da câmera de cada elemento, com um máximo para os fios de cima e o telhado, e um mínimo para o fio mais baixo e a parte de cima do OVNI.

Provavelmente, isso é devido a, pelo menos parcialmente, diferentes condições técnicas sob a qual cada uma das imagens foi processada do negativo original até a imagem digital final, e até a impressão no papel. Nesse caso (provável), não podemos ter mais explicações úteis.

Se supormos, ao contrário, que as condições de processamento foram iguais nas duas imagens, devemos supor também que a segunda imagem, TRNT2, foi feita quando a luz do dia produziu localmente um ambiente de menor iluminação que em TRNT1 (mudança na configuração local ou nuvens?).

Os cenários poderiam ser, então, os seguintes:

      Em TRNT2, a iluminação diminuiu, particularmente no telhado e nos fios mais altos. Esses elementos mostraram uma variação radiométrica negativa maior (dependendo de seus fatores respectivos de reflexão na direção da câmera);
      Em contraste, outros elementos apenas apresentaram uma variação radiométrica negativa menor: a cobertura, o fio mais baixo e o topo do OVNI.

Em qualquer caso, é notável que, se o OVNI era um modelo pendurado, ele poderia não ser escuro (pelo menos na parte de cima), por causa da contradição existente entre as duas classificações acima mencionadas.


Conclusões feitas a partir da análise radiométrica

Nenhuma consideração final pode ser derivada apenas das considerações radiométricas (esse já era o caso com análises fotométricas mais refinadas publicadas anteriormente), para além da distância máxima de 60 metros entre a câmera e o OVNI.

Entretanto, pode ser notado que a explicação de um modelo pendurado não é excluída de forma alguma (mas ela pressupõe o fato de que o topo do OVNI não era escuro).

Conclusão Geral

Essa análise rápida, usando nossa ferramenta interativa, confirma os pontos a seguir sobre o objeto sob estudo, qualquer que seja a explicação final:

Primeira imagem MM1/TRNT1:

      Distância câmera-OVNI < 60 metros

Mudanças da primeira imagem para a segunda:

      Diferentes condições de iluminação (ou diferentes condições de processamento para as duas imagens);
      Movimento do operador (como indicado pelo mapa de Maccabee);
      Aumento da distância câmera-OVNI em 11%;
      Inclinação para trás do OVNI por cerca de 25 graus.


Duas explicações ainda estão abertas, apesar de que com várias possibilidades diferentes:

Explicação 1

      O OVNI é um modelo pendurado a cerca de 70 cm abaixo do fio elétrico menor, a uma distância de cerca de 4,6 m da câmera;
      Seu tamanho (diâmetro de sua base circular) é de cerca de 12 cm;
      Não é escuro (pelo menos não na parte superior);
      Entre as duas fotografias, a distância da câmera aumentou em 51 cm.
      Entre as duas fotografias, teve um movimento de oscilação para trás de cerca de 9 graus no plano vertical do eixo de avistamento do OVNI, com uma rotação de inclinação para trás total de cerca de 25 graus sobre o diâmetro de sua base circular, que é perpendicular à sua linha de avistamento.


Explicação 2

      O OVNI é um objeto desconhecido, a uma distância de ordem de 60 m da câmera;
      Seu tamanho (diâmetro de sua base circular) é em ordem de 1,82 m;
      É escuro.


Probabilidades

A explicação 1 poderia ser a explicação final, com uma alta probabilidade, mesmo não podendo ser provada 100%, porque:

      A explicação 1 é consistente com todas as medições, sem nenhuma presunção “exótica”;
      A explicação 1 é quase consistente com o estudo fotométrico de Maccabee da SLC (linha de cruzamento do avistamento);
      A explicação 2 requer presumir que o OVNI está se movendo exatamente na direção da linha de avistamento, para poder explicar a proporção constante de sua distância dos dois fios de energia nas duas fotos, ou – caso especial – que não está se movendo de forma alguma (o que, de acordo com a análise geométrica acima, apenas é consistente com a explicação para um modelo próximo muito pequeno);
      A explicação 2 requer admitir que o OVNI está se movendo a 11% (estudo geométrico) de uma distância inicial máxima de 60 metros (estudo radiométrico), enquanto seu valor radiométrico mais escuro (a parte de cima) diminui em 12%, o que não é consistente com os efeitos de difusão atmosférica.



Nossa Conclusão

No fim dessa análise geométrica e radiométrica simples, concluímos que a hipótese de um objeto pequeno pendurado abaixo do fio elétrico menor é mais convincente.

As várias análises fotométricas contraditórias, conduzidas por investigadores anteriores (Hartmann, Maccabee, Poher), chegaram à conclusão comum, na hipótese de um modelo pendurado, que o objeto poderia não ser opaco, por causa da aparência “muito clara” de sua base circular, apesar de sua distância curta em relação à câmera. De acordo com Maccabee e Poher, o material(is) da qual o objeto foi feito poderia apenas, então, ser translúcido, com características diferentes de sua base circular e da parte superior. O OVNI poderia ter tido uma estrutura composta, com uma parte superior não uniforme translúcida, deixando uma luz incidente propagar para a parte de baixo, que poderia ser de outro material, também translúcido, mas uniforme e mais opaco.

Nós propusemos aqui uma explicação possível diferente, que tem a vantagem de ser mais simples no que se refere a como o objeto poder ter sido forjado: o objeto tem um buraco na parte de baixo, como uma tampa de lata de lixo ou um abajur. Poderia ser uma lâmpada, balançando em uma brisa leve, como um abajur de metal leve ou de fibra de vidro, ou tampa de plástico, ou cobertura.

A radiometria observada escura (mas não preta) na elipse poderia, então, ser explicada como se segue:

      A superfície abaixo da parte oca era fosca, escura, áspera e não reflexiva, na sombra, agindo como um refletor extremamente baixo na faixa de frequência ótica;
      A luz que vai para a parte de baixo da “tampa” já estava bem difusa, pois era mais refletida a partir da superfície da Terra, diferente da luz do sol direta;
      Essa luz estava, na maior parte, sendo absorvida pela superfície do material em si, e o restante passava por uma larga quantidade de reflexões ao redor e dentro da aspereza da forma “oca”;
      Consequentemente, a quantidade de luz refletida para fora da concavidade poderia ser comparativamente muito baixa em relação ao ambiente;
      Sob essas condições, podemos ter uma explicação razoável para a reflexividade muito baixa observada na elipse (em TRNT1).

Além do mais, essa explicação poderia ser facilmente justificada por um fio muito fino (invisível), assim como uma linha de pesca, que pudesse suportar esse objeto leve.




Referências

Em inglês:
-      Condon report, photographic case n°46, William K. Hartmann investigation. 1967.
-      The McMinnville photos, Dr. Bruce Maccabee, research website. Written in 1977 and completed in 1981 and 2000.
-      The Trent farm photos, Dr. Bruce Maccabee, research website. Written in 1976 and completed in 2000.
-      The Trent farm photos Appendix, Dr. Bruce Maccabee, research website. Written in 1976-1977 and completed in 2000.
-      The Trent UFO photos, Robert Sheaffer
-      An  Investigation of   the  McMinnville         UFO              Photographs,    Robert           Sheaffer. Unpublished paper written in 1969 and completed in 1999 and 2002.
-      UFO FOTOCAT BLOG: 2006/04/19, Vicente Ballester-Olmos.
-      The Trent photos, Joel Carpenter - NICAP
-      The Trent UFO Photos McMinnville, Oregon - May 11, 1950, Above Top Secret forum. 2011.
-      McMinnville UFO photographs real or fake ?, Above Top Secret forum. 2009.
-      Make-believe in Mcminnville: Famous 1950 UFO photos faked?, Above Top Secret forum. 2012.

Em francês:
-      Un exemple d’analyse de clichés d’OVNI : L’étude des photographies de McMinnville (USA), Dr. Claude Poher, CNES/CT/GEPAN n° 0043, 1977
-      Analyses des photos de Paul Trent (McMinnville, 11 mai 1950), Forum UFO Scepticisme. 2012
-      Retro : Retour sur McMinnville, Patrice Seray, 2005


Agradecimentos

Muitos agradecimentos a Bruce Maccabee pelas observações e ajuda inestimáveis, assim como a Vicente Juan Ballester Olmos, por nos fornecer digitalizações da primeira geração de impressões. Obrigado também à equipe do fórum francês “UFO Scepticisme” por seu conhecimento e ideias brilhantes sobre o caso, especialmente a “Nablator” e “Gilles F.”
Epílogo

As seguintes linhas não constituem uma prova científica, mas, pelo menos, uma peculiaridade interessante.

Em junho de 1950, aproximadamente um mês após a data das fotos MM1 e MM2, um repórter da revista LIFE, Loomis Dean, voltou ao local e tirou algumas fotos, uma das quais (identificada aqui como MMLIFE) foi tirada aproximadamente no mesmo local de Paul Trent:



MMLIFE


Alguém poderia supor que, em relação à configuração dos fios de energia, nada mudou nesse tempo. Entretanto, se o OVNI fosse efetivamente um modelo pendurado, seu peso poderia curvar de leve o fio mais baixo, em 11 de maio de 1950. Se a nova foto MMLIFE pudesse ter registrado corretamente, respectivamente como MM1 e MM2, a curvatura poderia então, possivelmente, ter aparecido.

Nós deliberadamente usamos uma ferramenta de registro linear simples (translação + rotação + escalonamento), baseada em apenas 3 pontos de controle (função de Registro/Registro de 3 pontos), para preservar as proporções de qualquer eixo e para evitar efeitos elásticos, que invalidariam qualquer conclusão. Os 3 pontos de controle foram escolhidos nos dois fios (no princípio no mesmo plano vertical), e as imagens resultantes são as seguintes:



MM1 + a MMLIFE  registrada (3 pontos de controle)


MM2 + a MMLIFE  registrada (3 pontos de controle)


Nos dois casos, o fio elétrico mais baixo aparece nas imagens de Trent e nas imagens da LIFE, sobre uma área centralizada acima do OVNI, o que, inevitavelmente, leva a pensar que isso pode ter sido o resultado do peso do modelo.
Segunda parte (Junho de 2013)
Evidência da Linha de Suspensão


Depois do estudo prévio, a questão crucial da evidência de uma linha de suspensão continuou pendente, apesar das abordagens diferentes, incluindo as imagens registradas apresentadas no epílogo, terem mostrado que a presença dela era altamente provável.

Mais tarde, uma ferramenta de detecção original foi criada, desenvolvida e integrada ao software IPACO, especificamente dedicada para procurar por qualquer linha vertical na imagem do suposto OVNI. Uma descrição detalhada da lógica adotada pode ser encontrada na seção do site “Metodologia da Análise”, assim como no manual do usuário do IPACO (menu de análise).

A ideia básica é que se houver traços da linha nos pixels da imagem, sobre um objeto pendurado na linha, e se esse traço está “mergulhado no ruído” do céu de plano de fundo (ruído devido a difusão atmosférica e/ou ao processo de digitalização), poderia ser possível aumentar a proporção de sinal-para-ruído e então revelar a linha, ao se somar os pixels ao longo das colunas paralelas à linha. Deve ser declarado, entretanto, que esse princípio torna a ferramenta provavelmente não efetiva se o plano de fundo do céu não aparecer uniforme de forma alguma na área sobre o objeto na imagem.

Os arquivos das imagens TRNT1 e TRNT2 foram escolhidos para o exame por causa de sua melhor dinâmica radiométrica, como previamente mencionado. Essa escolha provou ser a certa, pois os resultados apresentados aqui são presentes, mas menos marcados como os outros conjuntos de digitalizações das imagens originais, que são de menor qualidade.

Os passos seguintes foram aplicados para a primeira imagem TRNT1:

1.     Designação de um retângulo vertical cobrindo a área onde a linha de suspensão pode ser localizada, aqui entre o OVNI e o fio elétrico. Uma curva foi mostrada em uma janela, mostrando os principais valores de pixels (aqui em cinza) para cada coluna do retângulo.

2.    Posicionando o cursor na parte de baixo do retângulo, perto do suposto local do ponto de fixação da linha e, então, monitorando a barra vertical na posição correspondente da curva. O valor principal dos pixels da coluna correspondente à posição da barra foi, então, permanentemente mostrado, assim como a variação entre esse valor e a indicação da curva, normalizada pelo desvio padrão (número de sigma).




3.    Uma linha é tipicamente não paralela ao eixo vertical da imagem. Por isso o retângulo foi inclinado em um ângulo entre -30 graus e +30 graus da vertical. Mais precisamente, o retângulo é remodelado em um paralelogramo, o lado mais baixo que permanece fixo, e a altura constante. As colunas de pixel somadas são também inclinadas pelo mesmo ângulo, com a curva mudando enquanto o ângulo é modificado.

4.    A pesquisa foi, então, feita interativamente por um ângulo, se ele existisse, para o qual um pico significativo apareceria em frente ao suposto local do ponto de fixação. Tal pico indicaria a provável existência da linha, especialmente se a diferença entre esse pico e o valor principal fosse notadamente significante.




Para a imagem TRNT1, a presença de um pico negativo (linha mais escura no céu) foi claramente observada, o que conferiu exatamente com o suposto ponto de fixação, com uma diferença significativa de 2,38 sigma, para um ângulo inclinado igual a -11 graus.

5.     Para se livrar das pequenas variações da luminosidade do céu como plano de fundo, é possível aplicar filtro espacial à soma da curva. Aqui, o plano de fundo foi filtrado por uma janela de 20-pixels, e a diferença alcançada foi de 3,48 sigma.





6.    Nesse ponto, o software realizou uma otimização automática, que regulou de forma precisa o ângulo inclinado e a posição da barra para obter uma diferença máxima entre o pico e o valor principal da curva.

7.    Uma verificação extra foi, então, feita. Baseada na linha reta mais provável para a localização da linha e, também, da suposta posição da fixação dessa linha, um escaneamento circular foi feito ao redor desse ponto: pixels das colunas foram levados em consideração para a soma dos que estavam contidos no paralelogramo. Uma segunda curva, então, apareceu na janela, mostrando o valor principal de cada coluna de pixels durante um escaneamento. Se outro pico aparecesse, correspondendo ao ângulo prévio encontrado, a probabilidade da existência de uma linha poderia ser duplamente estabelecida, especialmente se a diferença entre a novo pico e o segundo valor principal da curva foi significativa.



Para a imagem TRNT1, uma combinação perfeita entre os dois picos em uma inclinação de ângulo de -11,21 graus foi obtida, com os resultados bem acima de 3 sigma.

Muitos testes aleatórios foram conduzidos na mesma imagem, para checar que não havia alarmes falsos aleatórios, o que poderia questionar a validade do método. Estes testes foram conclusivos.

Aplicação do mesmo método na segunda imagem TRNT2 forneceu resultados comparáveis, com um ângulo inclinado de -10,29 graus e resultados de mais de 2,5 sigma.





A clareza do resultado, assim como a coincidência perfeita dos picos negativos com o ponto de fixação do objeto, não deixa dúvidas sobre a validade da demonstração.



Conclusão Final

O resultado claro desse estudo foi que o OVNI de McMinnville era um modelo pendurado em uma linha.

Os valores mais baixos dos ângulos inclinados entre a linha de suspensão e os verticais de ambas as fotos de McMinnvile são bem compatíveis com a presença de um vento suave no local, e com a hipótese de um objeto suspenso. Elas são também coerentes com as imagens registradas apresentadas acima (primeira parte do epílogo).




Tradução: Pamylla Oliveira
Revisão e Formatação: Tunguska

Um comentário:

  1. Traduzinho: devia ter prestado mais atenção naquelas aulas de geometria, assim não teria sido enganado por tanto tempo em sua Vida!!! kkkkk T.T

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