O SEGREDO É FINALMENTE REVELADO
Por mais de quatro décadas e meia,
muitos ao redor do mundo se perguntaram sobre a verdadeira natureza do
avistamento de um objeto voador não identificado pousado em 1964, um objeto que
pousou e, depois, decolou, segundo relatado pelo oficial Lonnie Zamora, da
cidade de Socorro, no Novo México. No outono de 2009, minha investigação
revelou que o policial havia sido vítima de uma fraude perpetrada por
estudantes do Instituto de Tecnologia do Novo México.
Agora, três anos depois, um relato
mais completo da fraude finalmente veio à tona, incluindo:
·
A
maneira surpreendente como a fraude foi realizada.
·
O número
de pessoas envolvidas na fraude.
·
Por que
elas não se apresentaram.
·
Filme
notável que documenta visualmente como os estudantes universitários construíram
e pilotaram a nave, de acordo com o reitor da faculdade.
·
A
preocupação coletiva com o policial Zamora por parte dos perpetradores e do
reitor da faculdade depois que a loucura juvenil virou uma bola de neve
descontrolada.
DE VOLTA À SOCORRO
A história do avistamento do OVNI
feito por Lonnie Zamora em Socorro, as consequências e a solução fraudulenta
para o avistamento, derivada da investigação e das entrevistas, geraram as
seguintes conclusões:
·
Depois
de passados 45 anos, uma confissão do renomado físico de Los Alamos, Dr.
Stirling Colgate, ex-reitor do Instituto de Tecnologia do Novo México (NMIT),
de que o evento foi uma fraude feita por estudantes que ele conhecia. Ele
também confirmou que havia explicado isso décadas atrás a seu amigo, o
pesquisador secreto de OVNIs, Dr. Linus Pauling.
·
Reconhecimento
do professor e filantropo do NMIT Dr. Frank Etscorn (inventor do adesivo de
nicotina) de que era uma fraude.
·
Confirmação
de um líder do Laboratório de Energética da faculdade (que foi aluno de lá em
meados dos anos 60) de que foi uma fraude.
·
Vários
ex-alunos e um administrador de dados públicos da faculdade ofereceram
informações surpreendentes sobre uma longa tradição de pegadinhas técnicas - e
até mesmo uma “sociedade” dedicada a esse intento. (Claro que se deve perguntar
por que tantos administradores do NMIT e ilustres homens da ciência implicariam
a própria faculdade depois de serem abordados, se o fato não ocorreu?).
·
Relatórios
oficiais pouco conhecidos na época foram divulgados, mostrando a presença de
papelão chamuscado, pegadas e evidências de ignição pirotécnica no local do
pouso do OVNI.
COLGATE ESCLARECE UM POUCO MAIS AS
COISAS
O Dr. Stirling Colgate talvez seja o
maior físico vivo do mundo. Associado de Edward Teller, aos 86 anos, Colgate
ainda comparece diariamente ao trabalho ajudando a liderar a física avançada
para uma das instituições científicas mais conceituadas do planeta, o
Laboratório Nacional de Los Alamos. Colgate já foi reitor do NMIT e era
conhecido como um administrador muito afável e agradável, muito próximo de seus
alunos. Tanto que é relatado que ele costumava compartilhar bebidas e fofocas
no Bar Capitol, de Socorro. Foi nesse ambiente de convivência acadêmica que
Colgate soube do envolvimento de seu aluno na fraude feita com Zamora.
Quando um documento foi descoberto
nos arquivos de Pauling, no qual Colgate escreveu a seu amigo, o Dr. Linus
Pauling, ganhador do Prêmio Nobel, dizendo que o avistamento de Zamora era uma
farsa, eu entrei em contato com Colgate. Colgate confirmou o conteúdo da carta
a Pauling e que, entre outras coisas:
·
Ele
ainda sabia que o incidente tinha sido uma fraude.
·
Ele
continua amigo de um dos fraudadores.
·
Essa
pessoa "não quer que seu disfarce seja descoberto".
·
A
realização da fraude foi "bem simples".
Agora, muito recentemente, Colgate
esclareceu um pouco mais as coisas.
Em respostas por e-mail do Dr.
Colgate, datadas de 1º de agosto de 2012, e em 8 de agosto de 2012 para outras
perguntas que fiz a ele, muito se soube sobre os "motivos" e a
"maneira" como a fraude foi criada.
O Dr. Colgate, creio, com sinceridade
e sobre seu legado, agora gentilmente me transmitiu mais informações sobre o
cenário da fraude. Em suas palavras:
"Foi uma brincadeira e fiquei
muito preocupado com o policial Zamora."
"Ninguém se manifestaria sobre
isso, todos estavam envergonhados."
"Muitas coisas sobre isso
estavam me pressionando e ainda estão."
"Achei que não poderia
acrescentar nada pressionando os alunos e reconheci que foi uma
brincadeira."
"Os alunos ficaram constrangidos
com o possível dano que poderia ter acontecido a Zamora (com a
pegadinha)."
"Não falei mais com Pauling
(sobre isso)."
"Ele também pode ter ficado
envergonhado."
Colgate me diz mais em outro e-mail,
cujas respostas adicionais dele são fornecidas abaixo. Mas descobrimos com os
comentários enigmáticos acima que Colgate e seus companheiros reconhecem o
óbvio, pois também são humanos:
Eles se sentiram pressionados sobre o
que fazer, ficaram envergonhados com o que haviam feito e ficaram preocupados
com Lonnie. Lonnie poderia ter sido demitido da força policial, ficado
psicologicamente prejudicado pelo resto da vida ou outras coisas adversas.
Os fraudadores devem ter ficado
desconfortavelmente abalados com tudo isso. Nunca se pensou que a história iria
ficar tão grande. Eles não imaginaram que viraria uma bola de neve.
Eles ficaram confusos sobre o que
fazer e envergonhados por toda a vida sobre o que haviam feito. E realmente,
quem deseja prejudicar os amigos, familiares e colegas de trabalho por causa
das loucuras juvenis que todos nós desejamos que nunca tivessem acontecido? Os
perpetradores (agora aposentados) deveriam ter seu mundo virado de cabeça para
baixo e ir a público simplesmente para nossa satisfação?
Verificamos também que Pauling perdeu
o interesse e nunca mais tocou no assunto de Socorro com Colgate, porque ele
também desejava não sofrer nenhum possível constrangimento profissional por
estar, de alguma forma, associado ao evento de Socorro.
Confirmando o que foi dito por
Colgate, uma revisão posterior dos arquivos de Pauling mostra que, de fato,
nunca houve mais interesse no assunto por parte de Pauling.
COLGATE REVELA COMO OS ALUNOS
ENGANARAM LONNIE ZAMORA
A beleza é, muitas vezes, encontrada
na simplicidade. E assim é com Socorro. Apesar de todas as especulações sobre a
fraude envolvendo coisas como amarras, controle remoto e lança-chamas - não
precisava ser nada disso, e não foi.
No e-mail de Stirling Colgate de 8 de
agosto, ele se abriu um pouco mais sobre como os alunos haviam enganado Lonnie.
É claro que sempre quis saber dele exatamente como o feito foi realizado. Como
os alunos fizeram isso?
Afirmei à Colgate que ele deve saber
como foi feito - e perguntei diretamente a ele:
"Como eles fizeram isso? De que
era feito nave?"
Sua resposta foi curta, mas
reveladora:
"Uma vela em um balão. Nada
sofisticado."
Eu também perguntei a Stirling:
"Quantos participaram da
brincadeira?"
Novamente, uma resposta curta:
"Eu diria cerca de três a
seis."
Aqueles que ainda aderem firmemente a
outras explicações além de "fraude" ao avistamento de Zamora, sem
dúvida não irão gostar do que foi dito por Stirling.
Mas um vídeo incrível de dois
estudantes universitários do Reino Unido (postado poucos meses depois da minha
série sobre a fraude de Socorro) pode nos dar uma documentação visual de
exatamente a que o Dr. Colgate está se referindo e como a fraude foi realizada.
Os céticos do meu trabalho sobre isso
simplesmente não desejam aceitar a verdade de que Lonnie Zamora comunicou pela
primeira vez a seu parceiro policial que o objeto branco "parecia um
balão".
No vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=HjMn1diPIvo), dois jovens britânicos muito
espertos nos mostram o que Colgate quer dizer quando diz que uma simples
"vela em um balão" também pode ser uma fraude e um efeito aéreo
extraordinariamente eficaz.
Colgate não apenas diz que foi uma
"vela em um balão", mas também diz que poucos estudantes
universitários estiveram envolvidos, talvez três a seis.
E, mais uma vez, ele está certo.
Teria havido, no mínimo:
DOIS LANÇADORES:
Dois alunos baixos em macacões
brancos (na verdade, jalecos brancos de laboratório) agiram como "alienígenas"
e lançariam do solo o "OVNI" de Lonnie Zamora. Lonnie nunca afirmou
que viu as pessoas baixas entrarem no "veículo". Naquele momento, ele
estava muito ocupado fugindo ou planejando sua fuga para realmente notar para
onde eles foram.
O VELOCISTA:
Um aluno adicional que era necessário
para dirigir em alta velocidade e conduzir Lonnie para fora da cidade e perto
de onde os dois “alienígenas” aguardavam Lonnie. Essa deveria ter sido a pista
mais óbvia de todas de que foi uma farsa: Lonnie tinha que ser levado ao local
da fraude de alguma forma - e ele foi, por um calouro em um carro como ao lado.
O PIROTÉCNICO:
Outro aluno foi usado para criar a explosão que desviou Lonnie em um caminho direto para a "área de encenação". Esse estudante também pode ter criado o rugido e sons agudos que Lonnie relatou que o OVNI emitiu. Os sons que Lonnie relatou foram, na verdade, resultantes de "assobios pirotécnicos", segundo o presidente da maior associação de fogos de artifício do mundo. Todo esse material estava disponível no Laboratório de Energética da faculdade, que patrocina a queima anual de fogos de artifício todo 4 de julho.
Portanto, Colgate está correto ao
afirmar que cerca de 3 a 6 alunos estiveram envolvidos na execução da
pegadinha.
O que Lonnie Zamora viu foi um grande
balão branco com uma vela dentro (com um símbolo vermelho desenhado na lateral)
lançado por alunos com trajes de laboratório. Os sons vieram tanto da engenhoca
com a chama atrelada ao balão quanto de apitos pirotécnicos. Conforme mostrado
no vídeo dos jovens britânicos, tais dispositivos, mesmo quando bastante
grandes, podem subir muito alto e viajar para longe – e bem rápido.
PERCEPÇÃO É TUDO
Muitos ainda vão insistir que ninguém poderia ser enganado por um balão iluminado. Mas é preciso considerar várias coisas sobre a única testemunha do evento. Lonnie estava confuso, agitado e assustado. Na pequena cidade de Socorro, o policial Zamora era quase sempre encarregado de "lidar" com os alunos da faculdade. Um estudante em alta velocidade, tentando "se exibir" com seu carrão, passa por Lonnie, que, então, começa uma perseguição. Certamente não era assim que Zamora desejava passar uma noite de primavera esperando a saída dos alunos da faculdade, sendo perturbado e tendo que perseguir um espertalhão em alta velocidade. Lonnie, então, se assusta ao ouvir uma explosão "como de uma cabana de dinamite". Ele ficou confuso com o objeto desconhecido voando e teve que se agachar de medo por causa das chamas, rugidos e assobios.
Lonnie tinha problemas de visão e
precisava de lentes corretivas, que ele as perdeu.
Não sabemos se Lonnie usava lentes
monofocais ou bifocais, mas as imagens que temos dele nos mostram lentes muito
grossas. Essas lentes significam que sua vista está seriamente comprometida em
relação à capacidade de estimar corretamente a distância. E no momento crítico
de ver o "OVNI", sabemos que Lonnie ficou assustado e derrubou os óculos,
ele se abaixou para procurá-los, os encontrou, os colocou de volta e, então,
reajustou a posição para localizar o OVNI e vê-lo novamente.
Lonnie relatava as coisas como as
via, fazia o possível para responder às perguntas feitas a ele e era uma boa
pessoa. Mas, como todos nós, ele tinha suas falhas... incluindo falhas de
percepção naquele dia escuro. Ele não era o
"Santo Zamora de Socorro". Ele não era um homem muito
instruído, articulado ou especialmente inteligente, como graciosamente observou
o Dr. J. Allen Hynek da Força Aérea em seu relatório da entrevista que fez com
Zamora. Lonnie, provavelmente, nunca tinha visto uma coisa tão incomum e por
causa de sua percepção falha naquele dia, ele permaneceu honesto e
completamente confuso. E lembre-se também do contexto da época, 1964, uma época
em que os satélites eram coisas da ficção científica e o homem mal havia estado
no espaço, e ainda não tinha pousado na Lua.
Combinando todas essas coisas, é
fácil ver como essa única testemunha no deserto poderia imaginar que estava
vendo algo verdadeiramente notável. Mas não era nada disso.
A VERDADE LEVA TEMPO
Apelos contínuos à verdade e à
história às vezes valem a pena. Essa persistência em perseguir obstinadamente
essas pessoas mais velhas para descobrir a verdade de uma história, às vezes,
me coloca em apuros por conta desses casos antigos. Sou chamado de
excessivamente agressivo e "direcionador" por alguns. Diga o que
quiserem, mas muitas vezes isso traz respostas e soluções para os mistérios. Eu
nunca paro de questionar as testemunhas de Roswell, bem como tudo em minha
investigação ufológica. Quando Peter Falk, da série policial
"Columbo", solucionava crimes, era sempre no final, depois de algum
tempo, e sempre voltando a falar com alguém com quem já havia discutido o
crime. A espera de alguns anos talvez tenha feito o Dr. Colgate pensar que era
hora de contar o máximo possível da verdade.
E foi assim com Socorro. O tempo
finalmente contou tudo.
*
* *
Tradução: Tunguska
Fonte: https://www.ufoexplorations.com/ultimate-secret-of-socorro-ufo
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