quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

O Complexo Militar-Ufológico

  

Como um diversificado grupo de caçadores de discos voadores caiu no gosto do público

  


Digamos que você esteja interessado em OVNIs. É um passatempo divertido, mas você quer monetizar seus esforços. O que você faz?

 

Historicamente, suas opções eram limitadas. Havia o setor do entretenimento, filmes de ficção científica como Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977) ou E.T. (1982), supostos livros de não-ficção como Eram os Deuses Astronautas? (1968) ou As Profecias do Homem-Mariposa (1975). Havia jornalismo, às vezes sério, mas principalmente sensacionalista. Havia conferências e festivais onde você podia ganhar dinheiro com taxas de participação e vendendo produtos com temática ufológica.

 

A rota final e muito menos comum era conseguir que alguém, de preferência alguém com muito dinheiro, pagasse para você estudar o assunto.

 

Em 1995, esse alguém era o empresário de Nevada, Robert Bigelow. Ele já havia financiado vários ufólogos autônomos, mas, naquele ano, ele decidiu criar sua própria organização de pesquisa, o Instituto Nacional de Ciência da Descoberta (NIDS). Ele convidou vários nomes de destaque da pesquisa ufológica para participar, incluindo Hal Puthoff, Jacques Vallée e John Mack. Não apenas uma organização de ufologia, o NIDS também questionou se existe vida após a morte. Sua linha direta (e posteriormente o site) receberia relatos de misteriosos triângulos negros voadores, mas também pedia relatos de mutilações de gado e visitas de "entidades" — basicamente fantasmas.

 

Em uma decisão bastante estranha do governo, a Administração Federal de Aviação (FAA) disse aos pilotos que queriam relatar um avistamento de OVNI que fizessem isso diretamente ao NIDS.

 

Em 1996, o NIDS começou a se concentrar em um lugar chamado Rancho Skinwalker. Uma área de criação de gado sem muitos atrativos no nordeste de Utah, a propriedade pertencia à família Sherman, que por um ano contou histórias incríveis de avistamentos de OVNIs, mutilações de gado e visitas de entidades misteriosas. Havia os três tipos, então Bigelow comprou o rancho e instalou nele uma equipe de pesquisadores do NIDS em tempo integral.

 

Por um ano, eles não observaram nada. Os relatos variam quanto ao que aconteceu depois disso, mas aparentemente foi o suficiente para interessar um senador dos Estados Unidos.

 

 

Programa de Cunho Político e Paranormal

 

O senador Harry Reid, democrata do estado de Nevada, então em seu segundo mandato, estava interessado em OVNIs há anos, quando o jornalista de Las Vegas George Knapp lhe contou sobre o NIDS. Reid já conhecia Bigelow, tendo-o representado como advogado, e os dois começaram a se comunicar sobre o projeto de Bigelow. No final do ano, Reid participou de sua primeira reunião do conselho do NIDS, que incluiu uma apresentação de Vallée e discussões de outros ufólogos. Reid foi fisgado.

 

O interesse de Reid cresceu ao longo dos anos e ele continuou a participar de eventos de ufologia, embora sua equipe tentasse afastá-lo de algo que eles suspeitavam que o público consideraria frívolo. Então, em 2007, Bigelow entrou em contato com o senador sobre James Lacatski, um cientista de foguetes da Agência de Inteligência de Defesa interessado em OVNIs. E assim uma nova via para monetizar esse interesse começou a se abrir: a torneira dos gastos do governo.

 

Lacatski tinha acabado de ler Caça ao Skinwalker, um livro de 2005 sobre os fenômenos que supostamente ocorriam no rancho. Ele leu sobre OVNIs, vacas mortas, esferas misteriosas semelhantes a espíritos, estranhos efeitos na saúde e criaturas bizarras emergindo de portais. Fascinado, deu o livro a colegas da comunidade de inteligência. Segundo ele, foi lido com avidez — especialmente na Zona Verde de Bagdá, onde havia muito tempo livre.

 

Lacatski começou a visitar o Rancho Skinwalker. Em uma viagem, ele relatou ter visto uma espécie de aparição tecnológica flutuando no ar na cozinha do rancho. Parecia, disse ele, o objeto na capa do álbum Tubular Bells, de Mike Oldfield.

 

Após essa visão sobrenatural, Lacatski se convenceu de que havia um fenômeno que valia a pena investigar. Ele sabia que era improvável que seus chefes do Pentágono autorizassem tal coisa. Também não podiam solicitar financiamento publicamente para investigar um rancho mal-assombrado. Então, ele e alguns aliados inventaram um novo programa, o Programa Avançado de Aplicação de Sistema de Armas Aeroespaciais (AAWSAP).

 

Bigelow, cuja empresa aeroespacial também lançou com sucesso dois protótipos de habitats espaciais infláveis durante esse período, apresentou Lacatski a Harry Reid. Reid convenceu os senadores Ted Stevens, republicano do Alaska, que disse ter visto um OVNI quando era piloto na Segunda Guerra Mundial, e Daniel Inouye, democrata do Havaí. Os três legisladores pressionaram o Subcomitê de Defesa de Apropriações do Senado para obter fundos, eles conseguiram 22 milhões de dólares para cinco anos e um edital público foi aberto.

 

O AAWSAP era para ser uma fachada. No papel, foi criado para estudar novos possíveis desenvolvimentos em armamento aeroespacial. O edital público não fez menção a OVNIs ou fantasmas. Ele simplesmente falava da tecnologia aeroespacial e listava uma variedade de campos que precisavam ser investigados, como "propulsão", "elevação", "geração de energia" e a única coisa realmente estranha, os "efeitos humanos" expressos de forma ambígua.

 

Apenas uma oferta foi dada ao edital do programa elaborado por Lacatski, Bigelow e Reid. A oferta veio de uma nova organização, Bigelow Aerospace Estudos Especiais Avançados (BAASS). O NIDS foi encerrado e a BAASS tomou seu lugar. A oferta da BAASS não escondeu o fato de que seus pesquisadores estudariam OVNIs e que fariam isso na sede da BAASS, em Las Vegas, e no Rancho Skinwalker.

 

Parte do 22 milhões de dólares foi, através da BAASS, para a Rede Mútua de OVNIs (MUFON), uma organização voluntária que compila relatos de OVNIs, o que pagou pela atualização do banco de dados do grupo e pelo acesso às suas investigações. A BAASS finalmente montou seu próprio banco de dados de OVNIs, trazendo o trabalho do NIDS. Seus pesquisadores fizeram prolongadas investigações no Rancho Skinwalker, tentando observar tanto a atividade sobrenatural quanto os OVNIs que eles achavam estar relacionados. Eles também investigaram outros casos de OVNIs fora do rancho, como o agora famoso incidente "Tic Tac", envolvendo o porta-aviões Nimitz em 2004, no qual um caça a jato da Marinha registrou um misterioso fenômeno aéreo na costa da Califórnia.

 

O que apresentaram foi uma mistura de artigos científicos especulativos sobre motores de dobra e histórias cada vez mais malucas de esferas voadores e atividade poltergeist. Isso deve ter dado um basta aos superiores da Agência de Inteligência de Defesa: quando o dinheiro destinado ao AAWSAP acabou, o programa não foi renovado.

 

 

Desacobertamento

 

Tudo isso era desconhecido do público em geral e provavelmente da maior parte do Pentágono. Então, em 2017, o jornal The New York Times publicou um artigo intitulado "Auras Brilhantes e 'Investimento Secreto'", contando algumas das partes mais mundanas da história do AAWSAP. (Os OVNIs foram incluídos. Os portais interdimensionais não.) O artigo apresentou o mundo a Luis Elizondo, que havia sido chefe do AAWSAP em determinado momento.

 

Elizondo havia acabado de se demitir do Pentágono, citando sua frustração com o ritmo lento das investigações de OVNIs. Ele também se uniu a um aliado improvável: Tom DeLonge, ex-vocalista da banda Blink-182.

 

DeLonge havia começado a To The Stars Academy of Arts and Sciences (TTSA), uma organização que parecia projetada para usufruir de quantas opções fossem possíveis para a monetização dos OVNIs. Nos planos ambiciosos de DeLonge, a TTSA teria uma divisão científica, que estudaria os OVNIs e descobriria como eles funcionam. Teria uma divisão aeroespacial, que pegaria essa ciência e a usaria para construir espaçonaves com propulsão de dobra. E teria uma divisão de entretenimento, que faria filmes e programas de TV sobre tudo isso. Os objetivos do grupo pareciam ridiculamente implausíveis, e as únicas coisas reais que acabaram criando foram produtos de entretenimento, principalmente uma série do History Channel sobre OVNIs. A ciência nunca se materializou e a TTSA agora se descreve apenas como uma empresa de entretenimento.

 

Ao longo do caminho, o grupo foi pioneiro em uma nova maneira de ganhar dinheiro com OVNIs: a primeira conferência da empresa foi, entre outras coisas, uma chamada para investidores públicos. Muitos na comunidade ufológica ficaram entusiasmados com esse novo empreendimento. A TTSA não é uma entidade com negociações públicas (é uma "corporação de utilidade pública") e o futuro do dinheiro dos investidores é incerto.

 

A academia de DeLonge também tentou obter fundos do governo. Não conseguiu exatamente dinheiro (até onde sabemos), mas assinou um acordo com o Exército dos EUA que permitia ao grupo o uso gratuito de laboratórios do Exército para examinar supostos fragmentos de discos que caíram em troca de algum compartilhamento de tecnologia vagamente definido. Mais uma vez, tudo isso parece ter dado em nada. A chamada por investidores mais recente da TTSA apresenta DeLonge falando liricamente sobre fazer um longa-metragem baseado em uma versão fantasmagórica do Pé-Grande que espia pelas janelas das pessoas.

 

Mas algo foi posto em movimento. O artigo do The New York Times permitiu que jornalistas de todos os lugares escrevessem sobre OVNIs, e os esforços da TTSA deram ideias a outras pessoas. Os documentaristas se prepararam para examinar o assunto. As empresas de educação e entretenimento começaram a divulgar ideias. E mais pessoas começaram a fazer lobby junto ao governo.

 

Existe um conceito na subcultura ufológica chamado "desacobertamento". A ideia sobre isso não é simplesmente um apelo por mais transparência do governo; é uma suposição sobre o que essa transparência revelará. Há tantas evidências de contato extraterrestre, continua o argumento, que o governo certamente deve saber muito mais sobre isso do que deixa transparecer.

 

A crença é baseada em duas coisas. Primeiro, há os dados e testemunhos publicamente disponíveis sobre OVNIs. Isso inclui três vídeos da Marinha dos EUA que foram divulgados por Elizondo e Christopher Mellon, ex-Subsecretário Adjunto de Defesa para Inteligência. Esses vídeos deveriam mostrar coisas incríveis, mas – como é o caso de muitos outros vídeos promovidos por lobistas de OVNIs – uma análise mais detalhada sugere uma variedade de explicações mundanas. Por exemplo, o vídeo "GoFast" parecia mostrar algo se movendo muito rápido, sem meios visíveis de propulsão, mas descobriu-se que se movia bem devagar e provavelmente era um balão. O vídeo "Gimbal", muito alardeado por mostrar o que parecia ser um disco voador giratório, também se assemelhava a um artefato de câmera que girava por causa da câmera montada no cardã (gimbal).

 

Em segundo lugar, há informações privilegiadas. Os militares americanos adotam o sigilo em uma vasta gama de circunstâncias, mas especialmente quando se trata de tecnologia no campo de batalha, como sensores. Portanto, os entusiastas de OVNIs costumam afirmar que existem evidências significativas de tecnologia não-humana avançada, se pudéssemos realmente vê-la.

 

Em 2020, Mellon convenceu o senador Marco Rubio, republicano da Flórida, a inserir solicitação em um projeto de lei que estabelece uma Força-Tarefa de UAPs, despertando ainda mais interesse da mídia e instigando mais lobby. ("UAP" significa "Fenômenos Aéreos Não Identificados", em inglês, e se tornou o termo preferido para OVNI nos círculos oficiais.) Em junho de 2021, a força-tarefa produziu um relatório. Nenhuma tecnologia alienígena foi discutida, e os relatos de OVNIs foram em sua maioria considerados como tendo explicações bastante mundanas. Mas as pessoas leram nas entrelinhas e ficaram muito animadas. Assim, o ciclo de não revelação, especulação e legislação continuou.

 

 

A Corrida do Ouro dos OVNIs

 

Quando o governo começa a fazer apropriações e aprovar legislações, o dinheiro aparece. Existe agora a chamada "startup de UAPs". Uma dessas startups, a UAPx, inicialmente se ofereceu para testar o equipamento de detecção de UAPs, depois se transformou em uma espécie de turismo de UAPs. A pandemia tornou isso impraticável, por isso limitou-se a filmar um documentário com William Shatner.

 

Mais recentemente, o Enigma Labs entrou na briga, com o objetivo de criar um banco de dados sofisticado para rastrear avistamentos de OVNIs e, em seguida, usar I.A. para separar o sinal do ruído. Possivelmente uma ação preventiva para firmar presença nessa área antes que contratos governamentais possivelmente lucrativos estejam disponíveis, a fonte de financiamento do grupo não é clara. Um boato sugere que ele recebe dinheiro do controverso capitalista de risco e financiador político Peter Thiel, cujo nome também foi cogitado como um possível financiador secreto da pesquisa de OVNIs nas universidades de Stanford e Harvard. (Thiel não respondeu a um pedido de comentário.)

 

Outras empresas parecem estar apostando que os UAPs são uma rota para futuras tecnologias que os militares desejarão. A Quantum Generative Materials, cujo CEO falava muito sobre OVNIs no Twitter, contratou um ex-piloto de caça que havia informado o Congresso sobre seus encontros com OVNIs. Ele agora é o diretor de desenvolvimento de negócios da empresa. A operação espera que seus estudos de OVNIs levem a novos desenvolvimentos em computadores quânticos e inteligência artificial.

 

A própria Força-Tarefa de UAPs deu uma volta pela porta giratória. Em 2022, a empreiteira do governo Radiance Technologies contratou o diretor da força-tarefa, John F. Stratton Jr., e seu cientista-chefe informal, Travis S. Taylor, especula-se para algo relacionado ao governo e os UAPs. Taylor já é muito conhecido na indústria de entretenimento dos OVNIs, interpretando um cientista empolgado em programas como Alienígenas do Passado e, claro, O Segredo do Rancho Skinwalker.

 

A ação recente do governo quanto aos OVNIs parece ser impulsionada principalmente por três conjuntos de incentivos. Primeiro, há questões que praticamente todos reconhecem como legítimas, como novas tecnologias aéreas (especialmente drones) que podem representar uma ameaça à segurança nacional quando usadas por um adversário (humano). Outro problema real surge quando sistemas, equipamentos ou pessoal não conseguem identificar objetos voadores. Esses são problemas genuínos que precisam ser investigados e resolvidos.

 

O segundo conjunto de preocupações é mais esotérico. Contratos governamentais foram concedidos para que investigassem um rancho supostamente sobrenatural. Cientistas do governo investigaram poltergeists. As pessoas que pensam que uma "inteligência não humana" está brincando conosco têm informado os políticos. Essas atividades peculiares não estão mais limitadas a pequenos programas de cunho político como o AAWSAP. Algo muito estranho está crescendo no Pentágono. Aqueles que avançam nessa direção podem muito bem acreditar na missão deles, mas certamente estaremos melhor quando a ação do governo for baseada em evidências científicas reais.

 

Então, há dinheiro envolvido. Todas essas coisas estranhas infundadas estão criando novas oportunidades financeiras no complexo militar-ufológico. E quando as oportunidades financeiras aparecerem, personagens de todos os tipos correrão para agarrá-las e expandi-las.

  

*   *   *

 

Tradução: Tunguska 

 

https://reason.com/2022/11/15/the-military-ufo-complex

 





quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

A BOLHA DOS OVNIS ESTOURA

 


Chame de preparação para uma decepção, já que o último dos relatórios de inteligência solicitados pelo Congresso sobre a questão dos OVNIs passa por uma verificação prolongada e, provavelmente, angustiante antes de ser entregue aos comitês relevantes.

 

Um mês se passou desde que seu conteúdo vazado foi detalhado no New York Times, e ainda o documento não apareceu e não é difícil adivinhar o porquê. Suas descobertas serão surpreendentes apenas para aqueles que absorveram desinformação oficial anterior sobre os chamados UAPs, ou fenômenos aéreos não identificados. Os avistamentos mais verossímeis e muito alardeados pelos pilotos da Marinha agora são explicados como ilusões. Embora os drones de vigilância chineses operem em áreas onde ocorrem os voos de treinamento dos EUA, eles são drones convencionais, sem capacidades incomuns. Eles não são os objetos estranhamente rápidos e de manobras sobrenaturais mencionados em relatos anteriores.

 

Que deslize. Mas pelo menos os oficiais de Biden ficaram alertas para os riscos da satisfação que o sistema de defesa tem com o engano dos OVNIs. A confissão tardia, se vier, chega no momento em que a revista Reason, com a manchete “O Complexo Militar-Ufológico”, aponta os incentivos suspeitos por trás da balbúrdia das visitas alienígenas, que começou há cinco anos com o suposto “vazamento” de vídeos de pilotos. O autor observa corretamente também uma “estranheza que se arrasta no Pentágono” sobre a questão dos fenômenos aéreos não identificados.

 

Bingo. O primeiro relatório de inteligência obrigatório do ano passado, no que agora parece uma má orientação, afirmou que vários avistamentos “parecem demonstrar tecnologia avançada”. Uma procissão de atuais e antigos oficiais apareceram na mídia insinuando um conhecimento secreto e perturbador. O público estava ouvindo, com os acadêmicos especulando que o longo histórico de tais avistamentos, agora validados, significa que os alienígenas estão entre nós há décadas, senão milênios. Os aliados e adversários dos Estados Unidos também estavam ouvindo e se perguntaram, e de modo sensato, se nossos pilotos militares estavam realmente gravando encontros com supercapacidades secretas dos EUA que poderiam pender o equilíbrio militar.

 

Há um ano, Bill Nelson, da NASA, estava curtindo a brincadeira, dizendo à imprensa: “Quem sou eu para dizer que o planeta Terra é o único local com uma forma de vida civilizada e organizada como a nossa?” Mais recentemente, ele parece ter reconhecido que as coisas estavam ficando fora de controle e lançou um projeto de pesquisa da NASA com o propósito implícito de entregar ao povo americano a verdade sem histerismo que nossas agências de inteligência, por algum motivo, estavam ocultando.

 

O ex-diretor da CIA no governo Obama, John Brennan, que agora deveria ser reconhecido como uma fonte confiável de desinformação, disse a um podcaster há dois anos que as evidências indicavam “algum tipo de fenômeno que... constitui uma forma diferente de vida”. Se o New York Times estiver certo, ele e seus colegas sempre souberam que isso era besteira. Os OVNIs eram uma cortina de fumaça. Na melhor das hipóteses, o motivo deles pode ter envolvido o desejo de ocultar o que sabem sobre as técnicas de espionagem chinesas. Mas não descarte a possibilidade de que eles vejam um benefício putinesco em manter os americanos iludidos e suscetíveis a pânicos fabricados e teorias da conspiração.

 

O próprio New York Times, depois da divulgação dos vídeos dos pilotos em 2017, se tornou um fornecedor leviano e crédulo de desinformação sobre OVNIs. Em sua última reportagem desmascarando o fenômeno, ele agora cita um “longo histórico do governo americano usando especulações sobre teorias da conspiração para evitar que segredos se tornem amplamente conhecidos”.

 

Uma grande mudança de tom, mas a confusão dos OVNIs tem muito em comum com o FBI e a campanha da comunidade de inteligência para promover a falsa história de conluio com a Rússia. Tem muito em comum com os esforços complicados do ex-diretor do FBI, James Comey, para transformar uma falsa bobagem disfarçada de “inteligência russa” em uma justificativa secreta, mas cheia de buracos, para sua má conduta no caso dos e-mails de Hillary Clinton.

 

Finalmente, o perigo real aparece, e não são alienígenas ou mesmo chineses ou russos que possuem tecnologia super avançada. São os oficiais de inteligência que acham que o trabalho deles inclui a divulgação de informações falsas e tendenciosas ao povo americano para benefício próprio. O espião que reflete a nossa era é, de fato, o britânico Christopher Steele, presumivelmente treinado pelo MI6 em técnicas de informação e desinformação. E foi desinformação que ele vendeu para seus clientes particulares, incluindo o FBI e a campanha de Clinton, na farsa do conluio.


Tradução: Tunguska

Fonte: Wall Street Journal

 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

CIA responde ao requerimento FOIA sobre Jack Acuff

     

Um requerimento por meio da Lei de Liberdade de Informação submetida à CIA sobre John L. "Jack" Acuff Jr., o homem empossado como presidente do NICAP em 1970, recebeu uma resposta em 9 de setembro na qual a rede de espionagem não confirmou nem negou a existência de registros que revelariam uma associação não reconhecida ou confidencial com Acuff. Conhecida como “resposta Glomar”, a Agência esclareceu que a admissão da existência ou inexistência desses registros é fato dispensado de requerimento FOIA.

 


John “Jack” Acuff

 

 

A agência, no entanto, forneceu cópias de dois documentos divulgados anteriormente que fazem referência a Acuff. O primeiro é um intrigante perfil não atribuído de duas páginas do NICAP, conforme citado e explorado em Wayward Sons. O segundo é um ensaio de 24 páginas de Robert J. Durant, “Will the Real Scott Jones Please Stand Up?” (Poderia o Verdadeiro Scott Jones Ficar de Pé, Por Favor?). O trabalho de Durant, da década de 1990, amplamente conhecido entre os pesquisadores familiarizados com a cena dos discos e fantasmas do final do século XX, aparentemente chegou às mãos da CIA pelo que pode ser uma variedade de possíveis motivos e foi arquivado em seu site.

 

Jack Acuff assumiu o comando do Comitê Nacional de Investigações sobre Fenômenos Aéreos após a destituição de Donald Keyhoe como diretor. O oficial Stuart Nixon recebeu a posição anterior de Keyhoe no que ficou conhecido como a era Acuff-Nixon da organização de estudo de OVNIs. Especulações e acusações de agendas ocultas da comunidade de inteligência envolvendo o NICAP ecoaram por toda a subcultura da ufologia e continuam a ser popularmente aceitas hoje entre aqueles familiarizados com as circunstâncias.

 

O documento de duas páginas traz o título “Comitê Nacional de Investigações sobre Fenômenos Aéreos (NICAP)” e parece ser um possível rascunho de um memorando ou relatório. O nome de um autor não está incluído e o objetivo específico do documento não é claro, embora seja evidente que a estrutura e os métodos operacionais do NICAP foram o foco do trabalho. Ele coloca Nixon como diretor e Acuff no Conselho de Revisão Editorial, sugerindo que a data da elaboração foi o início dos anos 1970. As duas páginas, aparentemente, foram originalmente aprovadas para divulgação pela CIA em 2010.

 

O documento detalha a educação e os antecedentes científicos de voluntários selecionados do NICAP. “Todos os investigadores carregam credenciais que os identificam como investigadores do NICAP”, informa o autor ao público-alvo desconhecido.

 

Do documento:

 



 Suposta estrutura organizacional e relacionamentos dentro do NICAP:

Comunidade Científica <--- Grupo de Aconselhamento <--- Diretor (NICAP) + Equipe ---> Conselho de Avaliação ---> Imprensa, Público, Grupos de Ufologia

 

 

O texto “Will the Real Scott Jones Please Stand Up?” (Poderia o Verdadeiro Scott Jones Ficar de Pé, Por Favor?) leva os leitores através das travessuras e desventuras do profissional de inteligência Cecil B. "Scott" Jones e um elenco envolvente de personagens duvidosos. Muitos deles foram explorados neste blog, incluindo o próprio Jones, que entrevistei por e-mail em 2012.

 

Acuff aparece no ensaio quando o autor Durant cita o trabalho de Fawcett e Greenwood (Clear Intent). Eles explicaram como antes de servir como presidente do NICAP, Acuff “era o chefe da Sociedade de Cientistas e Engenheiros Fotográficos (SPSE), um alvo frequente de tentativas de espionagem russa e um grupo que tinha muitos membros envolvidos em unidades de inteligência do Departamento de Defesa, incluindo a CIA”.

 

Acuff era, de fato, apenas um oficial do NICAP entre muitos com laços importantes e diretos com agências de inteligência. Stuart Nixon deixou o NICAP em 1974, o mesmo ano em que o senador Barry Goldwater ingressou no Conselho de Administração. Goldwater passou a presidir o Comitê de Serviços Armados do Senado e o Comitê de Inteligência do Senado.

 

Em 1978, Acuff vendeu a lista de mala direta do NICAP para um grupo nazista com sede em Toronto. Duas vezes. O comprador, Ernst Zundel, também conhecido como Christoff Freidrich, não ficou muito satisfeito porque a lista incluía 8.000 nomes de pessoas que já estavam mortas.

 

O escritório de Goldwater também não ficou muito contente com o rumo dos acontecimentos, pelo menos devido aos possíveis problemas de publicidade, mas as relações entre Acuff e o senador aparentemente não se deterioraram por completo. Embora Acuff tenha sido substituído na presidência por Harry Cooper em 1978, ele não deixou o NICAP de vez até 1982. Isso aconteceu depois que ele garantiu um acordo financeiro de quatro dígitos da organização que pelo menos um membro supostamente descreveu como um pagamento de resgate pelos arquivos.

 

Em uma carta datada de 29 de janeiro de 1982 e mostrada abaixo, Acuff notificou Goldwater de que estava deixando o Conselho. Acuff agradeceu ao senador pela ajuda que ele e sua equipe lhe deram.

 



 

Caro Barry

 

Presumo que o General Bob Richardson já tenha mencionado a você as recentes mudanças no NICAP. Aqueles que estavam envolvidos no Conselho não mais oferecem o devido tempo, energia e dinheiro necessário para a organização, então novos membros foram nomeados. Entreguei o cargo de diretor e fui substituído por John P. Timmerman, que pode entrar em contato com você para determinar de se você ainda deseja se manter envolvido. John também é o diretor do CUFOS (grupo fundado pelo Dr. Allen Hynek).

 

Gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecê-lo como membro do conselho e pela ajuda que você e sua equipe me deram enquanto eu era diretor. Desejamos que continue a ter sucesso e boa saúde.

 

 

Sinceramente, John L. Acuff

Presidente

 

 

P.S.

Poderia pedir a um membro da sua equipe que repassasse uma cópia da minha carta ao correio para ser entregue ao devido comitê do Senado? Não tenho mais o título de presidente. Agradeço desde já.

 

Cópia: John Timmerman

 

 

 

 

 

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Tradução: Tunguska

Fonte: ufotrail 

 





sábado, 26 de novembro de 2022

Pareidolia

Vendo coisas que não existem? Chama-se pareidolia

 

Helio C. Vital, do Rio de Janeiro, Brasil, escreveu: “Uma amiga minha, a professora Eliane Teixeira Mársico, que é veterinária e engenheira de alimentos, estava tirando fotos de seu quintal quando viu um beija-flor. Ela notou um exemplo notável de pareidolia. A imagem lembra muito uma pequena figura masculina alada (uma fada masculina, como diriam os místicos) flutuando sobre o jardim de sua casa.” Obrigado, Eliane e Helio! Imagem de Eliane Teixeira Mársico.

 

 

Vendo coisas em objetos do cotidiano

 

Você já viu um coelho nas nuvens em um dia quente de verão, ou o rosto de um palhaço em um respingo de lama na lateral do seu carro? Ver objetos ou padrões familiares em objetos ou padrões aleatórios, ou não relacionados, chama-se pareidolia. É uma forma de apofenia, que é um termo mais geral para a tendência humana de buscar padrões em informações aleatórias. Todo mundo experimenta isso de vez em quando.

 

Ver o famoso homem na lua ou os canais de Marte são exemplos clássicos da astronomia. A capacidade de experimentar a pareidolia é mais desenvolvida em algumas pessoas e menos em outras. Veja as fotos abaixo para saber mais e teste a sua capacidade de ver coisas que não existem.

 

Peter Lowenstein, em Mutare, Zimbábue, tirou estas fotos em 16 de abril de 2020.

Ele escreveu: “…o pôr do sol foi acompanhado pelo aparecimento de algumas nuvens cúmulos pareidólicas que pareciam invadir e devorar o sol poente!” Obrigado, Peter!

 

 

Pareidolia é entender o que você pensa que vê

 

Você consegue ver um pássaro voando nesta foto? É uma foto da aurora boreal tirada perto de Fairbanks, no Alasca, por Dave Bachrach. Usada com permissão.

 

 Erwan Mirabeau fotografou esta formação rochosa em Ebihens, França. Lembra um homem de cabelos verdes, conhecido na área como Apache. [Wikimedia Commons]

 

 O “rosto de Jesus” nesta foto é, na verdade, uma criança com um gorro, e o cabelo é a vegetação ao fundo. Fotografia sueca anônima do final do século XIX. [Wikimedia Commons]

 

 

Ver as coisas varia de acordo com a pessoa

 

Às vezes, a capacidade de ver objetos em fotos, onde tais objetos não existem, tem resultados que não são simplesmente bonitos ou intrigantes, mas absolutamente bizarros. Por exemplo, considere a foto antiga acima de um fotógrafo sueco anônimo do século XIX.

 

Na imagem acima, muitos verão imediatamente a imagem de um homem barbudo com cabelos ondulados, que pode se assemelhar a Jesus, próximo ao centro esquerdo da imagem. Na verdade, porém, o rosto é apenas um fenômeno de luz, sombra e posicionamento. O “rosto de Jesus” é, na verdade, uma criança com um gorro, e o cabelo é a vegetação ao fundo.

 

Você provavelmente já viu alegadas imagens de Jesus em um pedaço de torrada, ou a Madona na forma disforme de uma cabaça. Embora intrinsecamente sem sentido, essas imagens às vezes são impressionantes. Mais frequentemente, porém, a semelhança com pessoas, animais ou objetos conhecidos é um pouco mais sutil.

 

Pareidolia de cachorro na porta do armário.

Foto tirada por Chad Johns e usada com permissão.

 

 Ty Lawrence, de Las Vegas, Nevada, contribuiu com esta foto. Postamos no Facebook do EarthSky e perguntamos às pessoas o que elas viam. Temos muitas respostas. Cachorro. Dragão. Cão. Mapa do Mar Mediterrâneo. Mas a maioria das pessoas disse “pássaro”. Obrigado, Ty!

 

 

A pareidolia levou à criação das constelações?

 

Até certo ponto, a definição de pareidolia pode explicar por que os antigos ligavam os pontos e criavam os padrões que conhecemos como constelações. Não é preciso muita imaginação para ver um leão em Leão, um escorpião em Escorpião ou um poderoso caçador em Órion. Para ser sincero, muitas outras constelações, como Câncer, o Caranguejo, ou Capricórnio, o Bode do Mar, ampliam um pouco a ideia de reconhecimento de padrões, tornando o processo de nomenclatura mais um artifício do que uma pareidolia.

 

 

E o rosto em Marte?

 

Permanecendo um pouco na área da astronomia, muitos viram um rosto ou um coelho na lua, ou qualquer uma de uma variedade de outras figuras na face da Lua durante eras. Atualmente, a tecnologia nos deu imagens aproximadas de outros planetas que servem de comido para o monstro da pareidolia.

 

Aqui está o chamado “Rosto em Marte”, originalmente registrado em 1976 pela sonda Viking1. A NASA explica como a espaçonave subsequente revelou que o “rosto” era simplesmente um jogo de luz e sombras. [Wikimedia Commons/NASA]

 

 Túneis de vidro ou “vermes de gelo” em Marte? Na verdade, esses desfiladeiros marcianos contêm dunas de areia em forma de meia-lua, que se formam quando o vento é soprado predominantemente em uma direção. [NASA/ JPL]

 

 

Por exemplo, alguns autoproclamados especialistas afirmaram que a imagem acima – que é uma ampliação de uma pequena seção da imagem M0400291 do Mars Global Surveyor – mostra grandes túneis de vidro em Marte, ou mesmo evidências de vermes de gelo no planeta vermelho. O que a imagem acima realmente mostra é uma convergência de cânions profundos no planeta Marte. No fundo desses desfiladeiros estão as dunas de areia em forma de meia-lua, que se formam quando o vento é soprado predominantemente em uma direção. Essas dunas são comuns em áreas desérticas da Terra e são conhecidas como barcanas.

 

 

Vendo coisas na nuvem atômica de Nagasaki

 

As pessoas encontraram muitas imagens imaginárias nesta foto da nuvem atômica sobre Nagasaki – 9 de agosto de 1945 – tirada em Koyagi-jima por Hiromichi Matsuda. [Wikimedia Commons]

 

 

Embora as fotos deliberadamente manipuladas (“photoshopadas”) sejam fáceis de fazer hoje e não possam ser descartadas como muitas imagens de pareidolia, as fraudes são consideravelmente menos prováveis em fotos mais antigas. Considere a antiga foto sueca acima, na qual o “rosto” de Jesus é, na verdade, um bebê com um gorro. Ou considere a foto acima do Museu da Bomba Atômica de Nagasaki, tirada por Hiromichi Matsuda, mostrando a nuvem em forma de cogumelo sobre a cidade apenas 20 minutos após a detonação.

 

Com apenas um olhar casual, a maioria das pessoas não notará nada na nuvem de bombas além da forma esperada. Mas para alguém com olho para imagens pareidólicas, várias coisas podem aparecer. Vamos considerar apenas uma, que é a cabeça de uma mulher aparentemente adormecida com cabelo no estilo dos anos 1940, olhando para a direita a partir da esquerda da área central superior da nuvem.

 

 

Procure primeiro o rosto da mulher na nuvem

 

Vá em frente, tente ver o rosto da mulher antes de olhar mais para baixo. Há várias coisas que você pode ver na imagem, mas o que quero dizer é que tudo isso é mera coincidência. Não há absolutamente nenhuma razão para acreditar que qualquer uma das imagens tenha qualquer significado, exceto o significado que uma mente ativa e criativa pode dar a elas. E elas não são símbolos ou sinais do mundo espiritual. Elas não são avisos sobre o futuro ou indícios da desobediência de nossos caminhos. Elas são simplesmente o resultado de padrões coincidentes que a mente humana escolhe interpretar de maneiras particulares.

 

E não é preciso dizer, esperamos, que é apenas uma foto do trágico bombardeio de Nagasaki, mas não tem mais nada a ver com Nagasaki ou mesmo com a bomba atômica. Padrões semelhantes podem ser encontrados em muitas outras imagens e formações naturais.

 

 

Nossos próprios interesses e experiências desempenham um papel

 

De certa forma, as imagens pareidólicas que descobrimos tendem a indicar coisas sobre as quais estamos mais interessados, sejam pessoas, cachorros ou aviões. Encontrar essas imagens “incorporadas” pode ser divertido e interessante, quase um hobby para alguns. Mas, para alguns, elas também podem alimentar a obsessão e a paranoia. Divirta-se encontrando suas próprias imagens pareidólicas, mas tenha em mente que o que você está vendo não está realmente lá, mas em sua mente.

 

Imagem de Nagasaki explicada. (hair=cabelo; closed eyes=olhos fechados; nose=nariz; mouth=boca)

 

 

Agora, se você não conseguiu ver a mulher na imagem de Nagasaki, pode obter ajuda na imagem explicada acima. (Você também consegue ver o cachorrinho no cabelo dela?)

 

Resumindo: ver as coisas como imagens reconhecíveis em objetos ou padrões aleatórios, ou não relacionados, chama-se pareidolia.

Tradução: Tunguska

 

 

 

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https://earthsky.org/human-world/seeing-things-that-arent-there






domingo, 20 de novembro de 2022

Avistamentos de OVNIs em grande parte devido a drones espiões chineses e desordem aerotransportada

 Décadas de especulação de que a vida alienígena estava por trás dos avistamentos de objetos voadores não identificados, ou OVNIs, sofreram um golpe, com relatórios de especialistas em segurança dos EUA agora apontando o dedo para a China.

 

Analistas do Departamento de Defesa dos EUA e outros especialistas em segurança do governo têm examinado estranhos incidentes aéreos ocorridos entre 2004 e 2021, oficialmente rotulados como fenômenos aéreos não identificados – conhecidos popularmente como OVNIs.

 

Desde o final da década de 1940, relatos de avistamentos inexplicados alimentaram especulações de que a origem deles era extraterrestre e desencadearam teorias da conspiração.

 

Um objeto voador não identificado mostrado em uma foto registrada por pilotos da Marinha dos EUA

 

 

Mas agora oficiais anônimos do Pentágono acreditam que vários incidentes de OVNIs podem ser atribuídos a drones de vigilância chineses "relativamente comuns", relata o New York Times.

 

A China já havia roubado projetos de aviões de combate avançados dos EUA e está interessada em saber como os militares americanos treinam seus pilotos, acrescentaram as autoridades. Balões meteorológicos, pássaros e outros objetos no ar também são responsáveis por alguns dos avistamentos de UAPs.

 

As ilusões de ótica também explicam alguns dos misteriosos incidentes aéreos nos quais objetos aéreos viajam a uma velocidade que desafia a ciência e relatados por militares americanos.

 

As autoridades disseram que isso estava por trás do famoso vídeo “GoFast” gravado por aviões de guerra da Marinha dos EUA em 2018 e, posteriormente, divulgado ao público. A filmagem mostrava um objeto sobrevoando o mar a uma velocidade aparentemente incompreensível. Mas, na realidade, era apenas uma ilusão de ótica criada pelo ângulo da gravação em relação à água, concluíram os oficiais. E o objeto estava se movendo a uma velocidade máxima de 48 km/h.

Os especialistas do Departamento de Defesa dos EUA têm investigado fenômenos aéreos não identificados – mais popularmente conhecidos como objetos voadores não identificados, ou OVNIs.

 

 

No início deste mês, oficiais do Pentágono entregaram ao Congresso um relatório confidencial sobre os UAPs. Relatórios anteriores do governo dos EUA sobre os fenômenos não encontraram evidências de origens extraterrestres. Eles concluíram que muitos dos avistamentos eram de drones de vigilância russos ou chineses.

 

A porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Sue Gough, disse ao New York Times que o governo estava empenhado em tornar públicas todas as informações sobre os UAPs que pudesse sem comprometer a segurança nacional.

 

Ela também disse que as autoridades estavam relutantes em comentar publicamente sobre incidentes com UAPs porque não havia dados suficientes para explicá-los completamente.

 

No mês passado, oficiais da NASA selecionaram uma equipe de 16 cientistas e especialistas que irão investigar os mistérios que cercam os UAPs.

 

 

 

 

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Tradução: Tunguska 

 

https://www.9news.com.au/world/ufo-update-chinese-surveillance-drones-account-for-unidentified-aerial-phenomena/33abc6e0-02a2-4518-bbfc-55c6d3df8514