A linguagem simbólica dos antigos: OVNIs nos mitos?

Por Rodrigo Pontes (coautor) | Texto original de João Marcelo
A relação entre registros antigos e objetos voadores não identificados é um prato cheio para discussões acaloradas. Basta jogar no Google imagens de arte egípcia ou suméria que lá estão: discos voadores, luzes no céu, figuras que parecem astronautas. Mas... será?
Ora, antes de colocarmos o capacete de alumínio, vamos fazer uma coisa rara hoje em dia: ler com contexto. Os autores do livro destacam que essas imagens simbólicas e estilizadas — como selos cilíndricos, baixos-relevos ou vitrais — seguem convenções estéticas e religiosas das respectivas épocas, que podem facilmente ser distorcidas com interpretações modernas sem base.
Um exemplo? A imagem acima, um selo sumério, é usada por muitos entusiastas como prova de visitas extraterrestres. Porém, especialistas explicam que o “objeto voador” ali representa o sol nascente entre montanhas, uma alegoria comum à época. Ou seja: interpretá-la como evidência de nave alienígena é como dizer que emojis do WhatsApp são mensagens criptografadas dos greys.
O texto também aponta que muitas figuras tidas como “capacetes” ou “antenas” são, na verdade, elementos iconográficos que indicam divindade, status ou força espiritual — não tecnologia. Quem já estudou iconografia religiosa sabe bem disso.
Em vez de buscar naves em cada pintura antiga, que tal buscar o que realmente está sendo comunicado? Como dizem os autores: “a linguagem dos símbolos é mais reveladora do que parece — mas só pra quem quer entender.”
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Crônicas Atemporais sobre Ufologia
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