Richard Doty, o Falcon do especial UFO Live, à esquerda, e George Knapp à direita
O
ex-investigador especial da Força Aérea Richard Doty ganhou fama como agente de
desinformação na campanha do governo para suprimir informações sobre OVNIs.
Odiado por muitos, Doty agora oferece sua visão dos bastidores durante uma
longa entrevista com o repórter investigativo George Knapp, gravada em 2019 na
UFO Mega Conference, em Laughlin, Nevada.
Richard
Doty é uma das figuras mais controversas da história da ufologia. Doty teve uma
carreira de 20 anos na Força Aérea, incluindo anos como agente especial do
Escritório de Investigações Especiais da Força Aérea (AFOSI). Durante esse
período, ele foi designado para conduzir a vigilância de um cientista, Paul
Bennewitz, que inadvertidamente havia adquirido informações sobre um programa
secreto da Força Aérea. Doty admite que passou desinformação para Bennewitz e
outros pesquisadores de OVNIs, forjou documentos e confundiu o cenário.
Desde
que deixou o serviço militar, Doty trabalhou como policial e foi alvo de
inúmeros artigos e documentários. Ele tem sido considerado um garoto propaganda
da desinformação dos OVNIs, isto é, informações falsas sobre os OVNIs
disseminadas pelo Pentágono. Suas impressões digitais são vistas -
justificadamente ou não - em quase todas as novas fontes de informações
ufológicas que surgem.
Em
2019, Doty foi convidado para falar na UFO Mega Con, uma grande conferência de
ufologia em Nevada. Em sua apresentação, ele reconheceu participar da
vigilância de grupos de ufologia e disseminar informações falsas. Mas Doty
sustenta que seu interesse pela ufologia é legítimo e que agora ele está livre
para falar sobre certos programas que viu enquanto estava nas Forças Armadas,
inclusive durante um período na base militar da Área 51 de Nevada. Depois de
fazer suas declarações públicas, Doty deu uma entrevista exclusiva a George
Knapp, do Mystery Wire.
George
Knapp: Então, Rick, eu brinquei com você, depois que você saiu
do palco, que pelo menos você não estava enfrentando tochas e forcados. A
resposta foi muito boa. Foi calorosa.
Richard
Doty: Fiquei surpreso. Sim, a resposta foi bastante calorosa.
Comparado com o que imaginei que seria.
Knapp:
Você é o bicho-papão de OVNI há pelo menos 25 anos, talvez mais.
Doty:
Pelo menos 25 anos.
Knapp:
Uma parte sua adora isso, não? Só um pouquinho?
Doty:
Não deixo isso me incomodar. No início, me incomodava. Eu deixei de me importar
muito e passei a adorar, como você acabou de dizer.
Knapp:
Você já esteve em uma conferência de ufologia enquanto trabalhava?
Doty:
Sim.
Knapp:
Como uma tarefa?
Doty:
Sim.
Knapp:
Você pode me dizer…
Doty:
Acredito que foi em 1983, talvez 1984. Não me lembro do ano, mas viemos aqui.
Quatro de nós vieram aqui. E tudo o que fizemos foi nos misturar. Tiramos
algumas fotografias. Ouvimos algumas entrevistas. Fizemos contato com algumas
pessoas, mas nada sério.
Knapp: Em
uma situação como essa, há uma tarefa? Algo específico? Ou apenas fique de olho
nisso, veja o que descobre?
Doty:
Existe apenas uma tarefa geral de coleta, colete todas as informações que
puder.
Knapp:
Isso ainda acontece?
Doty:
Tenho certeza que sim. Eu vi... Eu conheci dois aqui. Havia dois aqui. Um do
OSI, da Força Aérea, de Nellis e o outro homem... mulher de Nellis... e o homem
não me disse de onde era. Mas ele era da inteligência da Força Aérea.
Knapp:
Você pode identificá-los.
Doty:
Ele prontamente admitiu isso para nós.
Knapp:
Para onde vão essas informações? O que eles estariam fazendo com isso agora?
Doty:
Eles completam o que chamam de relatório de inteligência doméstica. Um
relatório de coleções sobre participar de uma conferência de ufologia. Eles
podem encontrar algo interessante para escrever no relatório. Eles podem ouvir
algo que pode ser de interesse para a inteligência da Força Aérea. É isso que
eles fazem.
Knapp:
Então você veria ufólogos que ouviriam essa informação: "Aha, a Força
Aérea está nos espionando". Existem aspectos legítimos de segurança
nacional? Algo como a exploração de ufólogos por uma potência estrangeira, algo
assim?
Doty:
Isso é muito interessante. Sim, aconteceu. E houve investigações sobre isso.
Houve um ufólogo em particular que foi contatado pela União Soviética. E foi o ufólogo Bill Moore. E esse pesquisador
queria tudo o que Bill Moore tinha ou poderia obter de conferências de ufologia.
E então Bill Moore foi a todas elas. E Bill Moore coletou informações. Mas,
felizmente, estávamos cientes disso. E ele era uma das nossas fontes. Então ele
estava reportando para nós.
Knapp:
Então ele trabalhava com você, compartilhando essas informações. Os russos
entraram em contato e pediram que ele fizesse a mesma coisa?
Doty:
Exatamente.
Knapp:
Nossa! Você já viu evidências dos russos plantando desinformação que afetariam
a política de segurança nacional de alguma forma e através da questão dos
OVNIs?
Doty:
Mas não foi uma experiência pessoal. Apenas li a respeito.
Knapp:
Você trava batalhas com o meio ufológico há anos. E eles acusam você disso e
daquilo, e mencionam em livros. Isso causou danos reais em sua vida. Duas
investigações, certo?
Doty:
Sim, em 1987, fui investigado pelo FBI pelos documentos do MJ-12. Os ufólogos
alegaram que eu os divulguei, que eu os criei. Eu passei por uma investigação
do FBI, fui liberado. Fiz um teste de polígrafo, fui liberado. E novamente em
1989, um aspecto diferente tornou-se público. O FBI ligou para mim e o mesmo
agente que me investigou pela primeira vez disse: "Eu odeio fazer isso de
novo, mas preciso conversar com você novamente sobre isso". E, obviamente,
fui liberado nesse. E então, pela terceira vez, quando Bob Collins escreveu o
livro "Exempt From Disclosure". Ele colocou algo naquele livro, e
eles acharam que essa informação vinha de mim. Então o FBI apareceu na minha
porta com um mandado de busca e pegou o disco rígido do meu computador. E eles
o analisaram. Eles voltaram mais tarde e me disseram que estava limpo, não
continha nada. E eles me pagaram 600 dólares por outro disco rígido. Eles não
devolveram o meu disco rígido. E eles descobriram quem divulgou para Robert
Collins. Foi alguém de Los Alamos, e eles foram atrás do sujeito. Mas não fui
eu.
Knapp:
Então, existem sérias ramificações. Isso não é um jogo para você.
Doty:
Exatamente. Com certeza. Gastei dinheiro com advogados, para processos ou
durante as investigações do FBI. Tive que contratar advogados.
Knapp:
Não quero entrar em muitos detalhes sobre o MJ-12, mas você tem tido relação
com essa história e Bill Moore há muito tempo. Você fez um comentário hoje mais
cedo de que acha que há informações legítimas nele.
Doty:
Sim. Tenho 90% de certeza de que há informações legítimas. Esses documentos
foram criados com base em documentos reais. Os documentos que foram liberados
não eram. E a Força Aérea e o governo se isentaram ao dizer: "Não são
documentos legítimos". Não que as informações contidas nele não fossem.
Knapp:
Pode dizer se houve uma organização como essa?
Doty:
Sim, houve.
Knapp:
Você acha que ainda existe?
Doty:
Tenho certeza. Estou certo de que existe. Eu sei que quando o Projeto Blue Book
- e fui informado sobre o programa em 1979 - e uma das coisas que eles
mencionaram no relatório, no briefing, foi que a Força Aérea interrompeu sua
investigação de OVNIs em 1969, com base no Relatório Condon , mas eles
continuaram um programa investigativo sigiloso, no qual os oficiais de
inteligência estavam envolvidos. E quando precisavam de um depósito para as
informações do Projeto Blue Book, procuraram uma agência que as quisesse, e a
DIA, que tinha apenas 10 anos de idade, levantou a mão e disse: "Vamos
ficar com elas". E naquela época, e durante o tempo que passei lá, sei que
a DIA tinha um repositório para essas informações. Se ainda tem hoje, não sei.
Knapp:
Você acabou de ouvir uma apresentação do nosso material sobre a DIA ter um
estudo em andamento e que houve um esforço de coleta. Faz sentido que eles
coletem essas informações quando houver um encontro com implicações para a
segurança nacional, nossas armas, bombas nucleares ou algo assim.
Doty:
Com certeza. Sim, qualquer ameaça à segurança nacional, o governo investigará,
e eles coletarão informações, farão investigações completas, vão entrevistar as
pessoas, coletar todos os dados possíveis que há. E isso tem que ir a algum
lugar. Para a DIA.
Knapp:
Você, mais que todas as pessoas, entende os argumentos dos ufólogos e a paixão
que eles provocam: "Ei, queremos saber o que está acontecendo". Mas
você também entende o outro lado do motivo pelo qual essas informações não
seriam divulgadas. Você pode explicar por que é preciso haver segredos sobre
esse assunto, se o cofre de segredos que existe deve ser mantido fechado?
Doty:
Bem, uma das principais razões é pesquisa e desenvolvimento. Atualmente, temos
um ótimo programa de pesquisa e desenvolvimento no setor militar. E, em algum
momento, teremos que voar com essas naves que estão criando, como foi com o
F-117, o F-22 e o SR-71. E as pessoas vão ver essas coisas voando. E eles são
confidenciais. Portanto, esse tipo de tecnologia deve ser mantido fora do
alcance de nossos adversários, os russos ainda são nossos adversários hoje.
Além disso, os chineses. É por isso que existe um programa para talvez
desacreditar ou desinformar as pessoas, ao dizerem: "Ei, o que estão vendo
são OVNIs, não são aeronaves americanas".
Knapp:
Então, você precisa ter cuidado ao obter essas informações?
Doty:
Com certeza. Muito cuidado.
Knapp:
Existe um mecanismo legítimo pelo qual podemos aprender com os OVNIs, de onde
eles são, e tentar ir atrás dessa tecnologia? Quero dizer, você leu esses
documentos, ouviu essas histórias.
Doty:
Sim, existe. Eu acho que começa com o centro de relatos de OVNIs. Entra em
contato e relata OVNIs. O que eles precisam fazer a partir desse ponto é serem
adequadamente financiados, com pesquisadores ou investigadores civis
qualificados, experientes e treinados para investigarem ativamente esses
avistamentos no local. No momento, isso não está sendo feito. A MUFON chega
dias ou semanas depois, e eles não têm o... Em primeiro lugar, eu lidei com a MUFON
nos últimos dois anos. E esses investigadores não são treinados como deveriam
ser treinados. E eles não fazem o trabalho correto que é preciso para
investigar esse tipo de avistamento. E alguns desses avistamentos podem ser
facilmente explicados. Eles levam muito tempo com esses tipos de avistamentos,
que provavelmente eram uma aeronave, um satélite ou algo relacionado a um
extraterrestre.
Knapp:
Desinformação existe. Existem histórias de fachada pelos motivos que você está
descrevendo. Existe também um fenômeno legítimo ou mistério legítimo que deve
ser estudado?
Doty:
Sim. Com certeza. Em toda a minha experiência com investigações ufológicas ao
longo dos anos, em meus 10 anos, existe um fenômeno que eu acho que pode ser
perigoso para os Estados Unidos. Quando há uma interferência em um projeto
muito sigiloso, ou quando se voa ao redor de um caça a jato que talvez esteja
em missão, ou quando se voa sob um bombardeiro B-52 que possui armas nucleares.
Essa é uma preocupação legítima de segurança nacional. Essa é uma preocupação
legítima que precisamos fazer algo a respeito.
Knapp: Os
sobrevoos de bases com mísseis nucleares.
Doty:
Sim. Isso é verdade.
Knapp:
Você vem de uma família de espiões, de agentes que investigaram essas coisas,
que fizeram parte do aparato de segurança nacional, certo?
Doty:
Sim.
Knapp: Está
no sangue.
Doty:
Sim. Meu pai, meu tio e dois primos.
Knapp:
Tem a ver com patriotismo? Quando eles
sabem que podem confiar na família, isso cria uma vantagem?
Doty:
Isso faz parte. Sim. Eles procuram pessoas. E odeio dizer isso, mas é quem você
conhece. Se seu pai era coronel da Força Aérea e se ele serviu com honras
durante 33 anos. E se sua tia ou seu tio era um investigador do Blue Book, se
serviu com honras durante 24 anos, eles vão buscar os irmãos. Eles vão procurar
e dizer que seguiram as diretrizes do serviço,
fizeram um serviço honrado. E eles procuram os irmãos. E por acaso eu
estava lá. Fui procurado e fui recrutado para o OSI. Fui recrutado ativamente.
Knapp:
Ouvindo essas histórias hoje, você tinha um trabalho legal. Quero dizer, era
muito divertido. E foi um trabalho gratificante.
Doty:
Foi. Eu nunca mudaria nada... Bem, provavelmente mudaria algumas coisas que
fiz. Mas minha carreira no OSI foi fantástica. Eu me diverti muito. Mas houve
muita agonia.
Knapp:
Bem, o caso Bennewitz. Você falou sobre isso em detalhes, então eu não vou
falar muito a respeito. Mas você deve ter pensado nele durante todos esses
anos, ser culpado por deixá-lo louco. Essa é a história, certo? Rick Doty
deixou esse cara louco.
Doty:
Sim. Essa era a história. Que fiz uma lavagem cerebral nele, que lhe dei
produtos químicos. Eu já ouvi de tudo. Atiramos raios na cabeça dele. Quero
dizer, já ouvi de tudo. E nada disso é verdade. Cada aspecto disso é falso.
Paul estava tão apaixonado pelo assunto dos OVNIs que fez isso consigo mesmo.
Knapp:
Ele era uma pessoa brilhante, mas com problemas.
Doty:
Muito brilhante, muito perturbado.
Knapp:
Ele se deparou com algo, programas de segurança nacional para os quais não
deveria ter acesso, mas que, de alguma forma, conseguiu obter informações. Mas
ele também se deparou com outra coisa. Ele disse que 60% das informações que
estava coletando eram outras coisas.
Doty:
Exatamente.
Knapp: O
que é isso?
Doty:
Não sabemos, gostaríamos que soubéssemos. Repassei essas informações. Fizeram
relatórios, realizaram outras investigações, análises científicas. Eles não
sabem. Não sabiam o que eram os OVNIs ou os objetos que ele fotografou. Ou como
ele captava sinais, especialmente o que mais preocupava era a faixa de
frequência. Ele captava frequências que estavam na banda alta de giga-hertz que
não tínhamos naquela época, na década de 1980. Portanto, tinha que vir de uma
fonte extraterrestre, não uma fonte terrestre.
Knapp:
Você esteve na Área 51, não uma, mas duas vezes, certo?
Doty:
Duas vezes.
Knapp:
Como oficial de segurança.
Doty:
Sim, como oficial de contra-inteligência da Força Aérea.
Knapp:
Então você estava protegendo programas legítimos de segurança nacional lá?
Doty:
Sim.
Knapp: Há
um aspecto relacionado a OVNIs nesses programas, certo?
Doty:
Com certeza.
Knapp: E
você pode... quanto você pode dizer?
Doty:
Bem, existem alguns programas confidenciais que lidam com satélites, que
fotografam objetos espaciais. Mas podem ser outros satélites, como os
soviéticos ou os chineses. Mas um dos aspectos era fotografar qualquer tipo de
objeto ou nave no espaço.
Knapp:
Desconhecida.
Doty:
Naves desconhecidas no espaço, como OVNIs, ou naves extraterrestres.
Knapp:
Essas informações, assim como as fotografias de Paul Bennewitz que você viu, de
um disco voador. Para onde esse material vai?
Doty: Eu
gostaria de saber. Isso ia para a nossa sede. E a partir de lá, eu acho que a
DIA tem um repositório em algum lugar, e ia para lá. Era muito difícil
recuperar tudo o que enviamos, mesmo que precisássemos legitimamente de algo
para talvez um caso criminal ou algo assim, ou mesmo o caso de espionagem com o
qual o FBI estava envolvido, e eles não tiveram acesso a essas informações.
Perguntamos à sede se podiam nos enviar o material de volta para que informar e
esclarecer os agentes do FBI a respeito, mas não enviaram.
Knapp:
Entre seus colegas agentes de inteligência e contra-inteligência, existe um
entendimento dos fenômenos ou uma apreciação por ele? Ou isso também é
compartimentado?
Doty:
Não, sou membro da associação de oficiais de inteligência aposentados
(Association of Former Intelligence Officers). E quase exclusivamente, embora
haja alguns opositores em um grupo, sempre há opositores em todos os grupos,
porque eles não tiveram acesso a determinados programas. Mas para a maioria das
pessoas com quem me encontro, mais de 30 ex-oficiais da inteligência ou
oficiais de inteligência aposentados, todos acreditam que os OVNIs são um
fenômeno absolutamente real, e que existe algum tipo de ameaça. E isso variava
na opinião dos diferentes oficiais, mas em ameaças variadas à segurança
nacional por parte desses objetos, dessas naves.
Knapp: De
volta à Área 51. Você viu as histórias que apresentei ao longo dos anos sobre
Bob Lazar e coisas desse tipo. Em uma escala de 1 a 10 sendo 1 totalmente
falso, e 10 sendo real, onde fica?
Doty: Eu
diria que um sólido nove. Oito em algumas áreas e nove em outras. Ele
apresentou algumas coisas erradas, mas a maioria estavam certas. Embora, como
eu disse hoje em minha apresentação, minha classificação do que eu sabia sobre
essa área fosse S-2. Todo o complexo era S-2. Bob Lazar estava se referindo à
S-4, que ficava quatro níveis abaixo da S-2. Então, quando eu disse que nunca
estive na S-4, algumas pessoas me perguntaram: "Bem, eu pensei que você
disse que era S-2". Bem, eu não estive na S-4 de Bob Lazar. Essa era
subterrânea. Eu estive na S-2, que era o escritório administrativo que operava
e controlava coisas sobre a S-4.
Knapp:
Você dirigiu até lá um dia em uma tarefa. E não parece que há uma instalação e,
de repente, há, certo?
Doty:
Com certeza. Eu dirigia um jipe 4×4, um jipe C-7. Eu seguia a estrada.
Deram-me um mapa. Eu dirigi até lá e não consegui encontrar nada. E pensei que
estivesse no lugar errado. De repente, apareceram dois policiais da Segurança
da Força Aérea, que saíram com rifles M-16 e disseram: "O que você está
fazendo aqui?" Eles viram meu adesivo no veículo da OSI. Eu disse:
"Estou aqui para entrevistar algumas pessoas". Ele checou todos os
meus crachás e assim por diante. Ele disse: “Certo, eu quero que você dirija
por aquela porta bem ali. E depois estacione no primeiro espaço à direita".
E olhei para a montanha e disse: "Que porta?" Ele disse: "Ela se
abrirá em um minuto". E abriu, estava tudo camuflado. Ela se abriu.
Entrei, parei à direita, estacionei e saí. Caminhei até o ponto de controle de
entrada. Foi feita a verificação do crachá. E lá estava a instalação.
Knapp:
Isso é bem impressionante. Poucas pessoas podem dizer que estiveram naquele
local. Supostamente, nunca houve nada lá. Jamais. Não há instalações, estradas,
nada.
Doty:
Está lá. Posso garantir que está lá. Está muito bem camuflada. Mas está lá.
Knapp:
Você pode falar sobre o projeto em que está trabalhando, o projeto do livro? O
projeto do livro, os problemas que está tendo para ser autorizado e sobre o que
será?
Doty:
Escrevi um livro em 2015 sobre minha vida na inteligência, tudo o que fiz
durante esse período de 10 anos e algumas coisas que fiz durante minha passagem
pela Força Aérea, no meu tempo de serviço ativo, que também estava em uma forma
de inteligência. Juntei tudo, e tive a ajuda de uma pessoa para escrevê-lo. Eu
tinha uma editora. Mas tive que enviá-lo ao escritório de liberação da Força
Aérea para que fosse autorizado, porque eu já tive acesso de segurança
ultrassecreta. Então eu o enviei para lá. Era um manuscrito de 569 páginas.
Enviei para eles. Levaram cerca de quatro meses para me devolver. E quando
voltou, 343 páginas foram totalmente censuradas.
Knapp:
Nossa!
Doty:
Então não havia nenhuma maneira que eu pudesse... Quero dizer, não faria
sentido se eu tivesse... Apelei muitas vezes. Durante o governo Obama, havia
pessoas me dizendo que eu não poderia. Então desisti. E continuei perguntando,
continuei ligando. E, é claro, entrou um novo governo. O governo Trump entrou,
e estou tendo os mesmos problemas. Mas, felizmente, me devolveram. Tive que contratar
um advogado que trabalha em Washington. E ele está encaminhando as coisas para
mim. E espero ter apenas que censurar cerca de 169 frases. E espero que seja
publicado até o final do ano.
Knapp:
Como oficial de inteligência, você tinha um trabalho a fazer, uma tarefa, e
seguia ordens que tratavam desse assunto. Como ser humano com uma mente
curiosa, você tem interesse nessas coisas. Você é encorajado pela natureza
geral do que está acontecendo? O que parece estar acontecendo agora? Está
cautelosamente otimista?
Doty:
Fiquei muito impressionado. Fiquei muito impressionado com quase todos os
palestrantes aqui esta semana. Passei a semana inteira aqui. Eu cheguei aqui no
sábado e passei a semana inteira aqui. Ouviu quase todos os palestrantes. E
fiquei muito impressionado com as apresentações. E também fiquei impressionado
com o entusiasmo das pessoas que vêm aqui e frequentam este evento. E os
pesquisadores dedicados que conheci. Eu conheci algumas pessoas maravilhosas.
Eu conheci pessoas ótimas que estão pesquisando isso a fundo como uma pessoa
comum. Fiquei muito impressionado com isso.
Knapp: Os
eventos, AATIP, AAWSAP, as notícias sendo divulgadas, o New York Times. Quero
dizer, é uma história incrível. Isso não teria acontecido anos atrás. Isso muda
as regras básicas? Quero dizer, isso muda o ambiente para alguém como você?
Doty:
Acredito que sim. Acho que a revelação vai acontecer aos poucos. E acho que
isso faz parte dela. O "Tic-Tac", esses vídeos, as informações que
estão sendo divulgadas. Mas minhas fontes me dizem que esse foi apenas um
pedaço do quadro geral. A divulgação que estava ocorrendo por causa do senador
Harry Reid, que é uma pessoa maravilhosa. Se alguém disser que eu te disse,
acho que é só um pouquinho. Acho que é apenas um pedacinho em comparação com o
que o governo tem. E deixe-me dizer uma coisa antes de partirmos. Uma das
razões pelas quais esse projeto, a investigação e a análise técnica dos OVNIs
estão em andamento há tantos anos... O Dr. Hal Puthoff deixou bem claro a certa
altura, alguns anos atrás, ele disse: "Essa tecnologia é tão avançada que
simplesmente não conseguimos entendê-la". Eric Davis diz que teríamos que
escrever novas equações matemáticas para entender isso. E, portanto, precisamos
fazer apenas o que pudermos agora e
seguir em frente até obtermos tecnologia suficiente para entender o programa
completo.
Knapp:
Foi assim que me foi descrito uma vez, a cada 10 anos, mais ou menos, eles
pegam e dão uma outra olhada, para ver se já conseguimos entender. Então,
guardam de novo.
Doty: É exatamente
isso.
Fonte: mystery wire
Fonte: mystery wire
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