As Fotos de McMinnville
(Antoine Cousyn,
François Louange e Geoff Quick)
Esse documento é constituído
de duas partes:
·
O estudo inicial “De volta às Fotos de
McMinnville”, publicado no site ipaco.fr em abril de 2013.
·
Um estudo complementar “Evidência de uma Linha
Suspensa”, acrescentado em junho de 2013.
A primeira parte mostra como, usando
ferramentas interativas adaptáveis, pode se provar que a explicação de um
modelo pendurado em uma linha é, de longe, a mais provável, na falta de prova
irrefutável. Esse estudo, entretanto, não revela a presença de uma linha nas
fotos.
A segunda parte, escrita após ter sido integrada uma ferramenta de
detecção específica e original no software IPACO, revelou a presença de uma linha
suspensa em ambas as fotos, o que deveria pôr um fim no estudo desse caso.
O documento inteiro foi atualizado em maio de
2014, com poucas modificações dos resultados de medição, mas sem qualquer
impacto significativo nas conclusões, para levar em consideração vários fatos
novos:
·
A descoberta de imprecisão, em certos casos,
quando o IPACO calculou ângulos e taxas de tamanho/distância, e a correção da
falha identificada.
·
A consideração das diferenças de altura para
refinar a avaliação da distância entre a câmera e os cabos (seguindo uma
crítica construtiva de um fórum da Internet).
·
A implementação de uma versão melhorada da
ferramenta de detecção de linha vertical (opção para filtragem elevada da curva
de adição).
Primeira
Parte (Março de 2013)
De
Volta às Fotos de McMinnville
Em 11 de maio de 1950, em McMinnville (Oregon), entre as 19h30 e 19h45,
o fazendeiro Paul Trent tirou duas fotos (identificadas mais tarde como MM1 e
MM2) mostrando um "OVNI" no céu, nos arredores de sua garagem. Um resumo
breve do evento pode ser lido aqui.
O objeto parece ter uma base circular. Essas duas fotografias estão
entre as mais conhecidas na história dos estudos sobre OVNIs. Elas já foram
extensivamente analisadas por investigadores qualificados, em particular:
William K. Hartmann, Philip J. Klass, Robert Sheaffer, Bruce S. Maccabee, Joel
Carpenter (NICAP), Ground Saucer Watch (GSW) e Claude Poher (Veja as
referências na última página).
MM1
MM2
O objetivo deste documento certamente não é
produzir um "furo jornalístico", nem criticar as conclusões de
estudos prévios. É especificamente focado no uso de uma ferramenta interativa
moderna para uma análise rápida e pragmática desse tipo de dossiê. No que se
refere à matemática e a física subjacentes, nada difere do que foi descoberto
no passado, exceto que a nova ferramenta responde imediatamente, de uma forma
mais flexível, dando tempo para o analista pensar e tentar, sem atrasos, várias
estratégias de investigação diferentes, de um modo totalmente interativo.
De acordo com investigadores anteriores, as
fotos de Trent são genuínas (ou seja, um objeto real foi efetivamente
fotografado) mas, por que parâmetros fotométricos são difíceis de interpretar,
permanece em aberto se elas podem mostrar um objeto voador remoto
(desconhecido) ou um pequeno modelo pendurado em um fio elétrico. Claude Poher
é afirmativo sobre a teoria de fraude. Essa possível explicação vai, é claro,
ser mantida em mente.
Uma análise fotométrica profunda foi realizada
por Bruce Maccabee. Baseado em dados físicos obtidos no local, ele produziu um
mapa da cena (visto abaixo) com uma reconstrução do ponto de cruzamento da
linha do avistamento do OVNI (SLC) entre as duas fotografias. Com os pontos de
ancoragem dos fios de energia na casa e na garagem sendo conhecidos, assim como
as respectivas posições do senhor Trent quando tirou as duas fotos, ele
concluiu que o ponto de cruzamento poderia ser na direita, abaixo dos fios de energia,
ou poucos metros adiante, dependendo da reconstrução da área do avistamento a
partir de dados fotográficos e do tamanho "conhecido" dos objetos nas
fotos.
Não iremos refazer esse trabalho excelente
aqui, mas nos concentrar no que pode ser obtido rapidamente das próprias
fotografias.
Câmera e Configurações
Modelo da câmera: ROAMER 1,
equipada com um filme de 120 (ou 620)
Dimensões do negativo: 6 cm x 9 cm
Alcance focal: 100 mm
Tempo de exposição: 1/50 s
Preparação dos Dados
Existem várias digitalizações das fotos MM1 e MM2, aparecendo um pouco
diferentes do ponto de vista radiométrico, como veremos depois. A parte
geométrica desse trabalho é baseado nas digitalizações de alta resolução das
fotos MM1 e MM2 (mostradas acima), criadas por Ray Stanford, da primeira
geração de cópias entregues a ele por Bruce Maccabee, que possuía os negativos
originais.
Inicialmente, colocamos as fotos MM1 e MM2 em nossa
ferramenta do software IPACO, usando a função de dados
Câmera/Técnica para introduzir os valores de configurações que são
requeridos para medições angulares.
O alcance focal é conhecido. Por outro lado,
as dimensões dos sensores não correspondem exatamente às dimensões originais
dos negativos, já que eles foram cortados. As dimensões levadas em conta no
escaneamento poderiam ser recuperadas, devido a medições diretas precisas
feitas por Bruce Maccabee nos negativos.
Nos primeiros passos da análise, nos concentramos nos seguintes
elementos da cena:
·
O OVNI, localizado no espaço pelo centro de
sua base, que se presume ser praticamente
circular (visto como próximo de uma elipse através da câmera).
·
Os dois fios de eletricidade acima do OVNI,
que se presume estarem parados.
É possível checar, a partir do mapa detalhado já mencionado de
Maccabee, e de uma foto publicada na imagem 25 do Relatório Condon (Hartmann
1967), que esses dois fios de energia estavam um acima do outro (ou seja, no
mesmo plano vertical). Portanto, se o OVNI é efetivamente um modelo, ele
deveria, logicamente, estar pendurado no fio mais baixo. Conhecendo as
dimensões da casa, era possível avaliar a altura do fio mais baixo: cerca de 3,5
metros.
(Na figura) Isso se baseia nas fotos de pesquisa aérea combinadas com o
dimensionamento das fotos originais de Trent para localizar as posições da
câmera e as linhas de avistamento. Hipóteses: baseado nas fotos de pesquisa
aérea: 5 metros entre a garagem e a parte de trás da casa, alinhada com a
frente da garagem.
Fios elétricos
Para cada foto, supondo que a câmera está perto da horizontal, o que
parece razoável (uma inclinação de poucos graus não modificaria nada significativamente),
nós consideramos o plano vertical Pv, que contém a linha de avistamento do
OVNI, com as seguintes notações:
Plano PV
Nós desenhamos os gráficos seguintes sobre as duas fotos, usando as
funções Criação/Polilinha e Elipse.
Rápida Abordagem Geométrica
Antes de fazer qualquer medição detalhada, nós checamos as posições
relativas do OVNI em comparação com os fios de energia na vertical, nas fotos MM1
e MM2.
Usando então a função Medição/Percentil,
nós analisamos imediatamente a posição relativa do ponto A no segmento OB
(proporção OA/OB):
A variação relativa dessa proporção entre as duas fotos, de 83.1% para
82.8%, é <0,4%.
A posição relativa pode ser obviamente
considerada como aproximadamente constante, o que apenas pode ser
explicado, de um ponto de vista geométrico, se o objeto estava efetivamente pendurado
no fio OR e se seu movimento entre as duas fotos estava seguindo precisamente
sua linha de avistamento.
Como Claude Poher salienta, apenas esse ponto fortalece muito a
hipótese de fraude.
Análise Geométrica
Medições de Ângulo
Para ir mais adiante, era necessário medir o
tamanho angular dos elementos chave da cena, como definido acima:
•
Ângulo a subentendido por AB, visto da
lente da câmera;
•
Ângulo b subentendido por OB, visto da
lente da câmera;
•
Ângulo c subentendido pelo diâmetro da
base circular do OVNI, visto da lente da câmera.
Usando a função Medição
Geométrica/Ângulo, nós obtemos automaticamente os valores desses
ângulos:
Alguém pode, de forma sensata, supor que os
pontos A e B não se movem significativamente entre as fotos. O alcance de AB (sendo
assim o ângulo a) vai portanto constituir a referência.
A tabela a seguir resumiu os valores dos ângulos medidos em cada uma
das fotos:
Foto MM1
|
Foto MM2
|
|
Ângulo a
|
1.765 °
|
1.627 °
|
Ângulo b
|
8.933 °
|
8.164 °
|
Ângulo c
|
1.630 °
|
1.470 °
|
Medições do Comprimento
A partir do mapa estabelecido por Maccabee, sabemos que a distância entre
a câmera e os fios de energia era de aproximadamente 4 metros na MM1 e 4,2
metros na MM2. Supondo que a câmera estava a aproximadamente 1,5 metro de
elevação, ou seja 1,9 metro mais baixa que o fio mais baixo, nós descobrimos
que a distância real entre a câmera e os fios de energia era de aproximadamente
4,5 metros na MM1 e 4,7 metros na MM2. Nós usamos 4,6 metros para propósitos de
cálculo.
Usando a função de Medição Geométrica/Comprimento-Distância,
nós obtemos imediatamente valores de comprimento como funções de distância (ou
o contrário):
Em relação ao estudo da parte inferior do OVNI,
obtemos os seguintes números:
Distância
(metros)
|
Diâmetro
MM1 (metros)
|
Diâmetro
MM2 (metros)
|
4,6
|
0,13
|
0,11
|
5,12
|
-
|
0,13
|
15,24
|
0,43
|
0,38
|
30,48
|
0,86
|
0,77
|
152,4
|
4,32
|
3,87
|
304,8
|
8,65
|
7,77
|
1.524
|
43,28
|
38,7
|
Supondo que o diâmetro do OVNI é constante, nós podemos inferir a
partir dessa tabela que a distância OVNI-câmera aumentou, entre as duas fotos:
•
Se estava abaixo do fio: por 0,5 metro (veja
as 2 primeiras linhas), isto é, em proporção por 0,5/4,6 m, aproximadamente 11%
•
Em todos os casos: pelo mesmo valor relativo
de +11%
Se focamos agora na
distância média de 4,6 metros, que corresponde a hipótese do modelo pendurado,
nós temos:
(metros)
|
Foto MM1
|
Foto MM2
|
AB
|
0,14
|
0,13
|
OB
|
0,72
|
0,66
|
UFO
|
0,13
|
0,11
|
Isso dá as seguintes estimativas:
•
Diâmetro do OVNI: 0,10 a 0,15 metro
•
Suposto comprimento da linha suspensa: 0,64 a 0,73
metro
Hipótese do Modelo Pendurado: Movimento de
Oscilação entre as Duas Fotos
As variações relativas
de comprimento entre MM1 e MM2 foram computadas:
Proporção
|
Foto MM1
|
Foto MM2
|
Variação relativa
|
OB/OA
|
0,25
|
0,25
|
-0.2 %
|
OB/AB
|
1,55
|
1,53
|
-1.1 %
|
UFO/AB
|
0,28
|
0,27
|
-2.4 %
|
O valor constante aproximado da proporção
OB/OA confirma a inviabilidade já notada acima, no "rápida abordagem
geométrica".
Se nós supormos que o objeto é um modelo pendurado por uma linha no fio
elétrico, nós podemos checar que as variações relativas das proporções OB/AB
(-1,1%) a OVNI/AB (-2,4%) poderiam possivelmente ser relacionadas ao movimento
de oscilação, considerando que os investigadores anteriores reportaram a
existência de um leve vento no local na época. Isso é particularmente
interessante, porque a mudança da forma aparente do objeto entre MM1 e MM2
sugere um movimento de oscilação, com um componente significativo no plano
vertical Pv, na direção mais distante da lente da câmera.
Para maior clareza, esse desenho admite várias simplificações, o que
não impacta significativamente os resultados acima:
• Negligencia a pequena
variação já mencionada da distância OVNI-câmera (0,5 m), assim como a pequena
rotação horizontal (13 graus) da linha de avistamento entre MM1 e MM2. Em
outras palavras, considera que as duas fotos foram tiradas no mesmo local;
• Supõe que a linha de visão
é horizontal, apesar de sabermos que há uma elevação de cerca de 11,5 graus;
• Para a MM1, supõe que o
fio suspenso BO1 é aproximadamente perpendicular à linha e visão CO1.
Sob essas condições, pode ser argumentado que:
1.
Se o componente no plano do desenho do
movimento de oscilação descreve um ângulo s entre as duas fotos, a redução
relativa do alcance aparente do fio BO, equivale à variação relativa da
proporção BO/AB (-1.1%), e é dado por:
HO1/BO1 ≈ 1 – cos s = 0,011
Isso fornece a primeira
estimativa para s:
s1 = 8°
Na verdade, isso apenas dá o
valor para s correspondendo ao caso particular descrito no desenho acima. Em
outros casos (BO1 não perpendicular a CO1), o valor s poderia ser diferente,
dependendo da posição angular inicial do fio. Em particular, seria maior se o
ângulo [CO1, BO1] fosse maior que 90 graus.
2.
Por outro lado, a redução relativa do tamanho
aparente do objeto, correspondendo à variação relativa da proporção OVNI/AB (- 2,4%),
é igual (em valor absoluto) ao aumento relativo da distância entre o objeto e a
lente da câmera:
HO2/CH ≈ HO2/CO1 = (BO1/CO1) sin s = 0,024
Onde BO1 é o comprimento da linha e CO1 a
distância entre o objeto e a lente da câmera. A proporção BO1/CO1 é igual a tg
b1:
BO1/CO1 = tg 8.933° = 0.1572
Isso dá uma segunda estimativa para s:
s2 = 9°
Essa segunda estimativa é mais confiável que a
primeira, já que depende menos das condições angulares iniciais. Vamos, portanto,
manter esse valor:
s ≈ 9°
Esse valor de 9 graus corresponde, para um
suposto fio suspenso de 70 cm, a um aumento da distância câmera-OVNI devido a
um deslocamento efetivo do OVNI de:
2,3 sin 9° ≈
0,10 m
Essa diferença, devido ao movimento de
oscilação, é parte do aumento global da distância câmera-OVNI (veja acima) de 0,5
m.
É interessante notar que essa contribuição de 10
cm, devido a hipótese de que o modelo pendurado se move entre as duas fotos,
tende a explicar parte da discrepância de 0,9 a 1,2 m, notada por Maccabee,
entre a distância da câmera e os fios de energia e a distância entre a câmera e
a SLC. O resto poderia ser devido à falta de precisão de alguns dos dados
disponíveis na configuração física do local.
Foi, portanto, estabelecido que todos as
medições acima são fortemente consistentes com a explicação do modelo pequeno (cerca
de 12 cm) pendurado no fio elétrico (cerca de 70 cm abaixo), com um movimento de
oscilação entre as duas fotos descrevendo um ângulo de cerca de 9 graus,
distante da lente da câmera, no plano vertical da linha de avistamento do OVNI.
Todas as Hipóteses: A Rotação do OVNI entre as Duas Fotos
Supondo que a base do OVNI é circular, nós então tentamos estabelecer o
valor do ângulo c entre seu eixo de simetria e a vertical. O valor desse
ângulo pode ser analisado através de duas projeções: no plano da foto e no
plano POVNI, perpendicular a foto, que contém o eixo do OVNI.
•
Projeção no plano da imagem:
Medições diretas nas figuras deram os seguintes resultados:
C1 = 19°
C2 = 17°
Esse ângulo c é aproximadamente
constante, especialmente se levarmos em conta o fato de que, entre as duas
fotos, a inclinação da câmera contra a vertical muda um pouco (provavelmente
por poucos graus). Isso mostra que o objeto tinha praticamente nenhum movimento
de rotação sobre o próprio eixo: só girou significativamente sobre o eixo maior
da elipse. Isso também pode ser checado ao se observar a dissimetria da parte
superior do OVNI, que permanece aparentemente constante.
• Projeção do plano
perpendicular POVNI:
Para simplificar, vamos apenas considerar o
plano POVNI correspondendo a MM1 (na verdade, devido ao movimento do
operador entre as duas fotos, POVNI1 e POVNI2 diferem por um
ângulo de aproximadamente 13 graus). O impacto nos resultados não é
significante.
O ângulo d é diretamente
dado pela excentricidade e = r´/r da elipse em cada foto:
A fórmula simples é:
d = arcsin e
Medições diretas nas fotos dão os resultados
seguintes:
e1 = 0,362
e2 = 0,063
Portanto:
d1 = 21,2°
d2 = 3,62°
O movimento angular total do OVNI no plano POVNI,
entre as fotos MM1 e MM2, corresponde ao resumo desses dois valores, já que a
base circular é visível em MM1 e não mais em MM2 (já que está "no outro
lado"):
D = d1 + d2 ≈ 25°
Conclusões Tiradas da Análise
Geométrica
Nós obtemos os seguintes resultados gerais:
•
A proporção conhecida entre o diâmetro
da base do OVNI e sua distância da câmera: cerca de 0,03 (veja a tabela
acima).
•
Movimentos do OVNI entre as duas fotos:
•
Afastamento relativo da câmera por 11%
na direção de sua linha de avistamento;
•
Nenhuma rotação ao redor de seu eixo de
simetria;
•
Inclinação de 25 graus para trás.
Além disso, se pegamos a hipótese de um modelo
pendurado sob o fio elétrico mais baixo, temos os seguintes resultados
adicionais:
•
O diâmetro conhecido da base circular do OVNI:
cerca de 12 cm;
•
Movimento de oscilação por 9 graus no plano
vertical do eixo de avistamento do OVNI.
É razoável pensar que, nesse caso, o ângulo de 9 graus do movimento de
oscilação constitui uma grande parte do ângulo de 25 graus do movimento inclinado
total do OVNI no mesmo plano vertical, assim como o aumento de 10 cm
correspondente da distância câmera-OVNI constitui uma parte do aumento global
de cerca de 0,5 m da distância câmera-OVNI.
Escolha de Digitalizações para Medições Radiométricas
Para analisar propriedades radiométricas, devemos primeiro escolher o
conjunto de dados mais apropriados. Como já mencionado, há várias outras digitalizações
das fotos MM1 e MM2, parecendo um pouco diferentes, e em
particular essas usados por Bruce Maccabee, identificadas depois como TRNT1 e
TRNT2:
TRNT1
TRNT2
Para visualizar as diferenças radiométricas significativas
existentes entre os conjuntos MM1/MM2 e TRNT1/TRNT2, nós usamos a
função Foto/Histogramas para exibir os respectivos histogramas das quatro
imagens:
Parece claramente que os histogramas de TRNT1 e TRNT2 estão
mais perto um do outro (posição do pico principal) que aqueles de MM1 e MM2.
Nós vamos, portanto, escolher TRNT1 e TRNT2 para a parte
radiométrica desse estudo, assim como para comparar com as fotos de Trent em
condições mais confiáveis.
Abordagem Radiométrica Rápida
As condições do tempo e a iluminação da cena
são tais que os efeitos da difusão atmosférica podem ser medidos para análises
da distância entre o objeto escuro e a câmera.
Para cada imagem, nós traçamos uma curva
radiométrica vertical que cruza o centro do OVNI, usando a função Medição
Radiométrica/Seção Transversal Radiométrica. Levamos em consideração
três elementos específicos da cena que podem ser escuros: os fios de cima, o
OVNI e o fio mais baixo.
Se supormos que esses elementos são escuros o
suficiente para serem considerados como tipos de "corpos negros" (isto
é, que absorvem toda a luz que recebem), podemos comparar seus níveis
radiométricos respectivos e inferir uma classificação de suas distâncias
respectivas da câmera: uma radiometria menor corresponde a uma distância mais
baixa da câmera.
TRNT1
TRNT2
TRNT1
TRNT2
Dos dois gráficos, podemos inferir que a
câmera estava claramente mais perto do OVNI que do fio mais baixo, isto é,
menos que 60 m, o que significa que o tamanho do OVNI (diâmetro da sua base)
era menor que 1,8 m.
De acordo com o primeiro gráfico, a câmera
parece até um pouco mais próxima do OVNI do que dos fios de energia de cima.
Entretanto, levando em consideração o fato de que essa diferença é pequena,
assim como o fato de que não consideramos o encobrimento do brilho existente, aderimos
cuidadosamente ao resultado:
Distância Câmera-OVNI < 60 metros
A explicação oferecida para isso ser um modelo
pendurado não pode, obviamente, ser excluída neste ponto.
Análise Radiométrica
Esse parágrafo apresenta uma tentativa de
analisar um pouco mais de detalhes das propriedades radiométricas das fotos.
Entretanto, os resultados são inconclusivos, por causa das condições
desconhecidas sob as quais a informação foi transferida dos negativos
originais, através de impressões em papéis, até chegar ao formato digital.
Em cada imagem, definimos interativamente,
através de figuras fechadas (retângulos, polígonos, elipses...), várias áreas
escuras de diferença. Usando a função Medição Radiométrica/Área,
extraímos de cada área escolhida seu menor valor radiométrico cinza, isto é, o
pixel mais escuro em preto e branco.
Em relação ao OVNI, é óbvio que sua base circular (que é vista apenas na TRNT1,
já que está "no outro lado", na TRNT2) é mais escuro que sua
parte de cima. Isso é mostrado nas seguintes curvas radiométricas, obtidas
através da função Medição Radiométrica/Seção Transversal Radiométrica:
Portanto, para comparar as coisas que são
comparáveis, nós "dividimos" esse objeto em duas partes: a base e a
parte de cima.
TRNT1
Os resultados em relação ao OVNI e as 5 áreas de referência são os que
seguem:
TRNT1
|
TRNT2
|
Variação
|
|
Fio de cima
|
87
|
60
|
-31 %
|
Topo do OVNI
|
147
|
130
|
-12 %
|
Base do OVNI
|
84
|
n/a
|
n/a
|
Fio de baixo
|
150
|
132
|
-12 %
|
Teto
|
49
|
34
|
-31 %
|
Poste
|
46
|
37
|
-20 %
|
Cobertura
|
27
|
23
|
-15 %
|
Possível interpretação apenas da TRNT1
Presumindo que todos os objetos selecionados
(O OVNI sendo considerado como um todo) são escuros o suficiente para serem
considerados como absorvendo toda a luz que recebem, e fazendo simplificações
drásticas de um ponto de vista fotográfico e fotométrico (em particular no que
se refere ao velamento do brilho, o que, na realidade, tem um certo impacto na
luminosidade aparente), comparamos seus níveis radiométricos respectivos (o
pixel mais escuro de cada objeto) e deduzimos a tentativa a seguir de
classificação de suas distâncias respectivas da câmera:
distcobertura < distposte ≈ disttelhado < distbasedoOVNI ≤ distfiosdecima < distfiomaisbaixo
O OVNI estaria, então, a uma distância
aproximadamente àquela dos fios de cima (4,2 metros), consequentemente menor
para o fio de baixo, isto é, 60 metros (de acordo com as estimativas de Maccabee),
com um tamanho (diâmetro da base), portanto, na ordem de 15 cm e, em todos os casos,
menor que 1,8 metro.
Mas, se os fios e os outros elementos de
referência podem, razoavelmente, serem supostos como mais ou menos escuros,
nenhuma informação está disponível sobre o albedo do OVNI (aspecto escuro ou
claro, cor, possível translucidez). Portanto, a classificação acima está
provavelmente errada, mas a distância do OVNI e o tamanho podem apenas ser menores
que o valor máximo acima mencionado (estimado para um objeto preto).
A única conclusão útil é, portanto:
A distância câmera-OVNI
em TRNT1 < 60 metros
Isso continua compatível com o modelo pendurado.
Possível interpretação apenas da TRNT2
Da mesma forma, se supormos que todos os objetos são escuros o
suficiente, obtemos a seguinte classificação:
distcobertura < disttelhado ≈ distposte < distfiosdecima < disttopodoOVNI
≈ distfiosmaisbaixos
Para o OVNI, isso poderia significar uma
distância comparável à do fio de baixo (60 metros), portanto, um tamanho de 1,8
metro.
Mas a mesma observação acima se aplica: essas
figuras podem apenas ser consideradas como máxima, o que permanece compatível
com o modelo pendurado.
Além do mais, sabemos que o OVNI tem uma base circular escura, apesar de
que isso não aparece de forma alguma em TRNT2. Isso distorce a interpretação da
figura sozinha, o que não leva a nenhuma conclusão significativa.
Possível interpretação de TRNT1 e TRNT2 juntas
Olhando para a tabela acima de mínima radiométrica, os pontos
seguintes se destacam:
•
As condições de iluminação da cena parecem variar significativamente
entre TRNT1 e TRNT2, por causa das mudanças radiométricas importantes dos
objetos próximos (especialmente na parte superior das imagens) não podendo ser,
de forma alguma, explicadas por difusão atmosférica;
•
Essa mudança é irregular, dependendo da
posição e distância da câmera de cada elemento, com um máximo para os fios de
cima e o telhado, e um mínimo para o fio mais baixo e a parte de cima do OVNI.
Provavelmente, isso é devido a, pelo menos parcialmente, diferentes
condições técnicas sob a qual cada uma das imagens foi processada do negativo
original até a imagem digital final, e até a impressão no papel. Nesse caso
(provável), não podemos ter mais explicações úteis.
Se supormos, ao contrário, que as condições de processamento foram iguais
nas duas imagens, devemos supor também que a segunda imagem, TRNT2, foi feita
quando a luz do dia produziu localmente um ambiente de menor iluminação que em
TRNT1 (mudança na configuração local ou nuvens?).
Os cenários poderiam ser, então, os seguintes:
•
Em TRNT2, a iluminação diminuiu, particularmente no telhado e nos fios
mais altos. Esses elementos mostraram uma variação radiométrica negativa maior
(dependendo de seus fatores respectivos de reflexão na direção da câmera);
•
Em contraste, outros elementos apenas
apresentaram uma variação radiométrica negativa menor: a cobertura, o fio mais
baixo e o topo do OVNI.
Em qualquer caso, é notável que, se o OVNI era
um modelo pendurado, ele poderia não ser escuro (pelo menos na parte de cima),
por causa da contradição existente entre as duas classificações acima
mencionadas.
Conclusões feitas
a partir da análise radiométrica
Nenhuma consideração final pode ser derivada
apenas das considerações radiométricas (esse já era o caso com análises
fotométricas mais refinadas publicadas anteriormente), para além da distância
máxima de 60 metros entre a câmera e o OVNI.
Entretanto, pode ser notado que a explicação
de um modelo pendurado não é excluída de forma alguma (mas ela pressupõe o fato
de que o topo do OVNI não era escuro).
Conclusão Geral
Essa análise rápida, usando nossa ferramenta
interativa, confirma os pontos a seguir sobre o objeto sob estudo, qualquer que
seja a explicação final:
Primeira imagem MM1/TRNT1:
•
Distância câmera-OVNI < 60 metros
Mudanças da primeira imagem para a segunda:
•
Diferentes condições
de iluminação (ou diferentes condições de processamento para as duas imagens);
•
Movimento do
operador (como indicado pelo mapa de Maccabee);
•
Aumento da distância
câmera-OVNI em 11%;
•
Inclinação para trás
do OVNI por cerca de 25 graus.
Duas explicações ainda estão abertas, apesar de que com várias possibilidades
diferentes:
Explicação 1
•
O OVNI é um modelo pendurado a cerca de 70
cm abaixo do fio elétrico menor, a uma distância de cerca de 4,6 m
da câmera;
•
Seu tamanho (diâmetro de sua base circular) é
de cerca de 12 cm;
•
Não é escuro (pelo menos não na parte
superior);
•
Entre as duas fotografias, a distância da
câmera aumentou em 51 cm.
•
Entre as duas fotografias, teve um movimento de
oscilação para trás de cerca de 9 graus no plano vertical do eixo de
avistamento do OVNI, com uma rotação de inclinação para trás total de cerca de 25
graus sobre o diâmetro de sua base circular, que é perpendicular à sua
linha de avistamento.
Explicação 2
•
O OVNI é um objeto desconhecido, a uma
distância de ordem de 60 m da câmera;
•
Seu tamanho (diâmetro de sua base circular) é
em ordem de 1,82 m;
•
É escuro.
Probabilidades
A explicação 1 poderia ser a explicação final, com uma alta
probabilidade, mesmo não podendo ser provada 100%, porque:
•
A explicação 1 é consistente com todas
as medições, sem nenhuma presunção “exótica”;
•
A explicação 1 é quase consistente com
o estudo fotométrico de Maccabee da SLC (linha de cruzamento do avistamento);
• A explicação 2 requer presumir que o OVNI está se movendo
exatamente na direção da linha de avistamento, para poder explicar a proporção
constante de sua distância dos dois fios de energia nas duas fotos, ou – caso
especial – que não está se movendo de forma alguma (o que, de acordo com a
análise geométrica acima, apenas é consistente com a explicação para um modelo
próximo muito pequeno);
• A explicação 2 requer admitir que o OVNI está se movendo a 11%
(estudo geométrico) de uma distância inicial máxima de 60 metros (estudo
radiométrico), enquanto seu valor radiométrico mais escuro (a parte de cima)
diminui em 12%, o que não é consistente com os efeitos de difusão atmosférica.
Nossa Conclusão
No fim dessa análise geométrica e radiométrica
simples, concluímos que a hipótese de um objeto pequeno pendurado abaixo do fio
elétrico menor é mais convincente.
As várias análises fotométricas contraditórias,
conduzidas por investigadores anteriores (Hartmann, Maccabee, Poher), chegaram à
conclusão comum, na hipótese de um modelo pendurado, que o objeto poderia não
ser opaco, por causa da aparência “muito clara” de sua base circular, apesar de
sua distância curta em relação à câmera. De acordo com Maccabee e Poher, o
material(is) da qual o objeto foi feito poderia apenas, então, ser translúcido,
com características diferentes de sua base circular e da parte superior. O OVNI
poderia ter tido uma estrutura composta, com uma parte superior não uniforme
translúcida, deixando uma luz incidente propagar para a parte de baixo, que
poderia ser de outro material, também translúcido, mas uniforme e mais opaco.
Nós propusemos aqui uma explicação possível diferente,
que tem a vantagem de ser mais simples no que se refere a como o objeto poder
ter sido forjado: o objeto tem um buraco na parte de baixo, como uma tampa de
lata de lixo ou um abajur. Poderia ser uma lâmpada, balançando em uma brisa
leve, como um abajur de metal leve ou de fibra de vidro, ou tampa de plástico,
ou cobertura.
A radiometria observada escura (mas não preta)
na elipse poderia, então, ser explicada como se segue:
• A superfície abaixo da
parte oca era fosca, escura, áspera e não reflexiva, na sombra, agindo como um
refletor extremamente baixo na faixa de frequência ótica;
• A luz que vai para a parte
de baixo da “tampa” já estava bem difusa, pois era mais refletida a partir da
superfície da Terra, diferente da luz do sol direta;
• Essa luz estava, na
maior parte, sendo absorvida pela superfície do material em si, e o restante
passava por uma larga quantidade de reflexões ao redor e dentro da aspereza da
forma “oca”;
• Consequentemente, a
quantidade de luz refletida para fora da concavidade poderia ser
comparativamente muito baixa em relação ao ambiente;
• Sob essas condições,
podemos ter uma explicação razoável para a reflexividade muito baixa observada
na elipse (em TRNT1).
Além do mais, essa explicação poderia ser
facilmente justificada por um fio muito fino (invisível), assim como uma linha
de pesca, que pudesse suportar esse objeto leve.
Referências
Em
inglês:
- Condon report, photographic case
n°46, William K. Hartmann investigation. 1967.
- The
McMinnville photos, Dr. Bruce Maccabee, research website.
Written in 1977 and completed in 1981 and 2000.
- The Trent
farm photos, Dr. Bruce Maccabee, research website.
Written in 1976 and completed in 2000.
- The Trent
farm photos Appendix, Dr. Bruce Maccabee, research website.
Written in 1976-1977 and completed in 2000.
- The Trent UFO photos, Robert Sheaffer
- An Investigation of the McMinnville UFO Photographs, Robert Sheaffer.
Unpublished paper written in 1969 and completed in 1999 and 2002.
- UFO
FOTOCAT BLOG: 2006/04/19, Vicente Ballester-Olmos.
- What
Bruce Maccabee DOESN'T Tell You About His Investigation
of the Famous, Philip J. Klass. 1995.
- The Trent photos, Joel Carpenter - NICAP
- The Trent UFO Photos McMinnville, Oregon - May 11, 1950,
Above Top Secret forum. 2011.
- McMinnville
UFO photographs real or fake ?, Above Top Secret forum. 2009.
- Make-believe in Mcminnville: Famous 1950 UFO photos faked?,
Above Top Secret forum. 2012.
Em francês:
- Un
exemple d’analyse de clichés d’OVNI : L’étude des photographies de McMinnville
(USA), Dr. Claude Poher, CNES/CT/GEPAN n° 0043, 1977
- Analyses des photos de Paul Trent (McMinnville, 11 mai 1950),
Forum UFO Scepticisme. 2012
- La photo retrouvée de Life Magazine (archive) d'un des fils
TRENT (McMinnville pictures)..., Forum UFO Scepticisme. 2011.
- Retro : Retour sur
McMinnville,
Patrice Seray, 2005
Agradecimentos
Muitos agradecimentos a Bruce Maccabee pelas observações
e ajuda inestimáveis, assim como a Vicente Juan Ballester Olmos, por nos
fornecer digitalizações da primeira geração de impressões. Obrigado também à
equipe do fórum francês “UFO Scepticisme” por seu conhecimento e ideias
brilhantes sobre o caso, especialmente a “Nablator” e “Gilles F.”
Epílogo
As seguintes linhas não constituem uma prova científica, mas, pelo
menos, uma peculiaridade interessante.
Em junho de 1950, aproximadamente um mês após a data das fotos MM1
e MM2, um repórter da revista LIFE, Loomis Dean, voltou ao local e tirou
algumas fotos, uma das quais (identificada aqui como MMLIFE) foi tirada aproximadamente no mesmo local de
Paul Trent:
MMLIFE
Alguém poderia supor que, em relação à configuração dos fios de energia,
nada mudou nesse tempo. Entretanto, se o OVNI fosse efetivamente um modelo
pendurado, seu peso poderia curvar de leve o fio mais baixo, em 11 de maio de
1950. Se a nova foto MMLIFE pudesse ter registrado corretamente,
respectivamente como MM1 e MM2, a curvatura poderia então,
possivelmente, ter aparecido.
Nós deliberadamente usamos uma ferramenta de
registro linear simples (translação + rotação + escalonamento), baseada em
apenas 3 pontos de controle (função de Registro/Registro de 3 pontos), para
preservar as proporções de qualquer eixo e para evitar efeitos elásticos, que
invalidariam qualquer conclusão. Os 3 pontos de controle foram escolhidos nos
dois fios (no princípio no mesmo plano vertical), e as imagens resultantes são
as seguintes:
MM1 + a MMLIFE registrada (3 pontos de controle)
MM2 + a MMLIFE registrada (3 pontos de controle)
Nos dois casos, o fio
elétrico mais baixo aparece nas imagens de Trent e nas imagens da LIFE, sobre
uma área centralizada acima do OVNI, o que, inevitavelmente, leva a pensar que
isso pode ter sido o resultado do peso do modelo.
Segunda parte (Junho de 2013)
Evidência da Linha de Suspensão
Depois do estudo prévio,
a questão crucial da evidência de uma linha de suspensão continuou pendente, apesar
das abordagens diferentes, incluindo as imagens registradas apresentadas no
epílogo, terem mostrado que a presença dela era altamente provável.
Mais tarde, uma
ferramenta de detecção original foi criada, desenvolvida e integrada ao
software IPACO, especificamente dedicada para procurar por qualquer linha vertical
na imagem do suposto OVNI. Uma descrição detalhada da lógica adotada pode ser
encontrada na seção do site “Metodologia da Análise”, assim como no manual do
usuário do IPACO (menu de análise).
A ideia básica é que se
houver traços da linha nos pixels da imagem, sobre um objeto pendurado na linha,
e se esse traço está “mergulhado no ruído” do céu de plano de fundo (ruído
devido a difusão atmosférica e/ou ao processo de digitalização), poderia ser
possível aumentar a proporção de sinal-para-ruído e então revelar a linha, ao se
somar os pixels ao longo das colunas paralelas à linha. Deve ser declarado,
entretanto, que esse princípio torna a ferramenta provavelmente não efetiva se
o plano de fundo do céu não aparecer uniforme de forma alguma na área sobre o
objeto na imagem.
Os arquivos das imagens
TRNT1 e TRNT2 foram escolhidos para o exame por causa de sua melhor dinâmica
radiométrica, como previamente mencionado. Essa escolha provou ser a certa,
pois os resultados apresentados aqui são presentes, mas menos marcados como os
outros conjuntos de digitalizações das imagens originais, que são de menor
qualidade.
Os passos seguintes
foram aplicados para a primeira imagem TRNT1:
1.
Designação de um retângulo vertical cobrindo a
área onde a linha de suspensão pode ser localizada, aqui entre o OVNI e o fio
elétrico. Uma curva foi mostrada em uma janela, mostrando os principais valores
de pixels (aqui em cinza) para cada coluna do retângulo.
2.
Posicionando
o cursor na parte de baixo do retângulo, perto do suposto local do ponto de fixação
da linha e, então, monitorando a barra vertical na posição correspondente da
curva. O valor principal dos pixels da coluna correspondente à posição da barra
foi, então, permanentemente mostrado, assim como a variação entre esse valor e
a indicação da curva, normalizada pelo desvio padrão (número de sigma).
3.
Uma linha
é tipicamente não paralela ao eixo vertical da imagem. Por isso o retângulo foi
inclinado em um ângulo entre -30 graus e +30 graus da vertical. Mais
precisamente, o retângulo é remodelado em um paralelogramo, o lado mais baixo
que permanece fixo, e a altura constante. As colunas de pixel somadas são
também inclinadas pelo mesmo ângulo, com a curva mudando enquanto o ângulo é
modificado.
4.
A
pesquisa foi, então, feita interativamente por um ângulo, se ele existisse,
para o qual um pico significativo apareceria em frente ao suposto local do
ponto de fixação. Tal pico indicaria a provável existência da linha,
especialmente se a diferença entre esse pico e o valor principal fosse
notadamente significante.
Para
a imagem TRNT1, a presença de um pico negativo (linha mais escura no céu) foi
claramente observada, o que conferiu exatamente com o suposto ponto de fixação,
com uma diferença significativa de 2,38 sigma, para um ângulo inclinado igual a
-11 graus.
5.
Para se livrar das pequenas variações da
luminosidade do céu como plano de fundo, é possível aplicar filtro espacial à soma
da curva. Aqui, o plano de fundo foi filtrado por uma janela de 20-pixels, e a
diferença alcançada foi de 3,48 sigma.
6.
Nesse ponto, o software realizou uma
otimização automática, que regulou de forma precisa o ângulo inclinado e a
posição da barra para obter uma diferença máxima entre o pico e o valor
principal da curva.
7.
Uma verificação extra foi, então, feita.
Baseada na linha reta mais provável para a localização da linha e, também, da
suposta posição da fixação dessa linha, um escaneamento circular foi feito ao
redor desse ponto: pixels das colunas foram levados em consideração para a soma
dos que estavam contidos no paralelogramo. Uma segunda curva, então, apareceu
na janela, mostrando o valor principal de cada coluna de pixels durante um
escaneamento. Se outro pico aparecesse, correspondendo ao ângulo prévio
encontrado, a probabilidade da existência de uma linha poderia ser duplamente
estabelecida, especialmente se a diferença entre a novo pico e o segundo valor
principal da curva foi significativa.
Para a imagem TRNT1, uma combinação perfeita
entre os dois picos em uma inclinação de ângulo de -11,21 graus foi obtida, com
os resultados bem acima de 3 sigma.
Muitos testes aleatórios foram conduzidos na
mesma imagem, para checar que não havia alarmes falsos aleatórios, o que
poderia questionar a validade do método. Estes testes foram conclusivos.
Aplicação do mesmo método na segunda imagem
TRNT2 forneceu resultados comparáveis, com um ângulo inclinado de -10,29 graus
e resultados de mais de 2,5 sigma.
A clareza do resultado, assim como a
coincidência perfeita dos picos negativos com o ponto de fixação do objeto, não
deixa dúvidas sobre a validade da demonstração.
Conclusão Final
O resultado claro desse estudo foi que o OVNI de McMinnville era um modelo pendurado em uma linha.
Os valores mais baixos dos ângulos inclinados entre a linha de suspensão
e os verticais de ambas as fotos de McMinnvile são bem compatíveis com a
presença de um vento suave no local, e com a hipótese de um objeto suspenso.
Elas são também coerentes com as imagens registradas apresentadas acima (primeira
parte do epílogo).
Tradução: Pamylla Oliveira
Traduzinho: devia ter prestado mais atenção naquelas aulas de geometria, assim não teria sido enganado por tanto tempo em sua Vida!!! kkkkk T.T
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