Geralmente, nem nós todos concordamos quando discutimos sobre OVNIs. Ajudaria se alguns de nós, interessados no assunto, lessem um pouco mais de material (ou qualquer material) sobre tópicos como padrões de evidência. Pode ser muto difícil manter uma perspectiva racional quando confrontados com relatos de histórias essenciais e fontes secretas. Este autor encoraja veementemente a integração do ceticismo saudável nas tentativas de formar opiniões e crenças, tais como talvez ler um artigo que trata de pensamento crítico ao invés de clicar em um link sobre uma história ufológica sensacionalista. Então, eu escrevi um! Por favor, leia.
Há algumas perguntas
de pensamento crítico amplamente reconhecidas para se fazer quando consideramos
o argumento de uma pessoa que se apresenta em um artigo ou durante uma
discussão em mídia social. Algumas delas:
Qual
é a questão e a conclusão?
Quais
razões são oferecidas?
Quais
são as hipóteses?
Há
falácias lógicas na linha de raciocínio?
As respostas para
tais perguntas deveriam nos ajudar a formar avaliações seguras de quanta
importância devemos dar a uma história. Por exemplo, se um escritor não parece declarar
uma questão e uma conclusão claras, começamos mal! Eu brinco, mas há na verdade
vários artigos preocupantes sobre tópicos ufológicos e paranormais que parecem dar
voltas e enrolar muito mais que declarar propósitos específicos.
Se parecem ser
claros e sistemáticos sobre seu ponto, é razoável questionar como chegaram até
ali. Quanto mais direta a rota, melhor. É de consenso que conclusões baseadas
no menor número de cenários hipotéticos têm os fundamentos mais sólidos. Outra
forma de olhar para isso é dizer se o argumento é baseado em hipóteses, se for,
é uma opinião, e você tem o direito de ter uma opinião contrária. O peso da
prova está sempre em quem faz a alegação.
Às vezes, fazemos suposições
sem nem percebemos. Suposições são geralmente confundidas com fatos, mas algumas
técnicas fáceis de checagem de fatos podem esclarecer tudo rapidamente. Fontes
deveriam ser fornecidas para afirmações, e elas deveriam ser verificáveis. Cadeias
de custódia de documentos e evidências similares deveriam estar prontamente
disponíveis. Se declarações de afirmações são atribuídas a outras fontes, então
estas fontes deveriam ter verificação de suas alegações e cadeias de custódia
para suas evidências. Apesar de que algumas pessoas podem acreditar totalmente
que memórias fragmentadas são indicativos de abdução alienígena, isso é, claro,
uma suposição baseada em muitas hipóteses (como mencionado acima).
Falácias lógicas
são padrões inválidos de reprodução de raciocínio devido a falhas em sua
estrutura lógica. São ruins. Você não quer descobrir que o último livro que
adquiriu está cheio delas! Uma falácia lógica comum é Ad Hominem, que
ataca o caráter pessoal de um indivíduo ao invés de contra-argumentar
diretamente pontos específicos de seu trabalho ou argumentos.
Outra é Apelar
à Autoridade, que é o outro lado da moeda de Ad Hominem. Isso é
quando um argumento é submetido baseado somente na reputação da fonte, sem a
preocupação de verificar sua autenticidade. Apenas porque o FDA disse, a
declaração não se torna isenta de uma checagem justa dos fatos. O mesmo se
aplica a o que alguns detentores de PhD dizem sobre um vórtice em um rancho no
Utah (veja acima sobre linhas de raciocínio e número de hipóteses requeridas).
Tudo isso nos leva
a relevância de padrões de evidência. Não surpreende que não possamos concordar
sobre conclusões se não podemos concordar sobre a relevância da informação
usada para formá-las!
Se concordamos ou
não com respeito a padrões de evidência universalmente reconhecidos pela
comunidade profissional de pesquisa, é importante entendê-los. Enquanto podemos
estar dispostos a entreter algumas das formas mais radicais e criativas de
explorar objetos de interesse, temos que saber o quanto estamos nos desviando
do padrão estabelecido. Isso nos permite entender mais profundamente por que
nossas ideias e pesquisas podem ser rejeitadas. É também importante perceber
que se os ufólogos querem ser acolhidos pela ciência tradicional, o que tem
sido uma batalha por 70 anos, eles têm responsabilidade de pelo menos entender,
se não se conformar a protocolos e padrões científicos. De outra forma, não
podemos reclamar se o chefe do Pentágono não está interessado em nosso projeto.
Como muitas
pessoas, eu estava interessado em OVNIs e tópicos relacionados, em parte porque
me considerava uma pessoa de mente aberta. Pensei que havia coisas que eu
estava disposto a explorar que pessoas mais rígidas e dogmáticas não estariam. Olhando
em retrospectiva, acho que muitas de minhas crenças sobre OVNIs foram formadas
no erro, largamente baseadas em informações incorretas apresentadas por aqueles
que as embalaram e fizeram circular.
Quando se explora
e discute tal material, ninguém gosta de ser minimizado e chamado de estúpido.
Estamos todos em pontos diferentes em nosso despertar ufológico, e a aqueles de
nós que são sinceros deveria ser permitido espaço para crescer. Erros acontecem.
Opiniões mal informadas acontecem. Experiências pessoais estão abertas a interpretação.
Entretanto,
devemos estar cientes de que podemos aprender com os dois lados da história. Se
queremos que as pessoas sejam tolerantes sobre nossas crenças e tenham
entendimento melhor do porquê as adotamos, então nós também devemos nos informar
melhor do porquê tais pessoas rejeitam certas fontes de evidência ou não dão tanta
importância a elas. Funciona nos dois sentidos.
É através do
processo de dissecar efetivamente o corpo coletivo de material ufológico que
chegamos a termos mais estáveis sobre nossas crenças, nossas esperanças e
nossos medos. Aprendemos sobre o mundo que habitamos e, por fim, sobre nós
mesmos. Eu espero sinceramente que você veja este blog como uma ferramenta útil.
* * *
Tradução: Pamylla
Oliveira
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