segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Introdução ao Pensamento Crítico Ufológico

 


Autor: Jack Brewer


Geralmente, nem nós todos concordamos quando discutimos sobre OVNIs. Ajudaria se alguns de nós, interessados no assunto, lessem um pouco mais de material (ou qualquer material) sobre tópicos como padrões de evidência. Pode ser muto difícil manter uma perspectiva racional quando confrontados com relatos de histórias essenciais e fontes secretas. Este autor encoraja veementemente a integração do ceticismo saudável nas tentativas de formar opiniões e crenças, tais como talvez ler um artigo que trata de pensamento crítico ao invés de clicar em um link sobre uma história ufológica sensacionalista. Então, eu escrevi um! Por favor, leia.

Há algumas perguntas de pensamento crítico amplamente reconhecidas para se fazer quando consideramos o argumento de uma pessoa que se apresenta em um artigo ou durante uma discussão em mídia social. Algumas delas:

Qual é a questão e a conclusão?

Quais razões são oferecidas?

Quais são as hipóteses?

Há falácias lógicas na linha de raciocínio?

As respostas para tais perguntas deveriam nos ajudar a formar avaliações seguras de quanta importância devemos dar a uma história. Por exemplo, se um escritor não parece declarar uma questão e uma conclusão claras, começamos mal! Eu brinco, mas há na verdade vários artigos preocupantes sobre tópicos ufológicos e paranormais que parecem dar voltas e enrolar muito mais que declarar propósitos específicos.

Se parecem ser claros e sistemáticos sobre seu ponto, é razoável questionar como chegaram até ali. Quanto mais direta a rota, melhor. É de consenso que conclusões baseadas no menor número de cenários hipotéticos têm os fundamentos mais sólidos. Outra forma de olhar para isso é dizer se o argumento é baseado em hipóteses, se for, é uma opinião, e você tem o direito de ter uma opinião contrária. O peso da prova está sempre em quem faz a alegação.

Às vezes, fazemos suposições sem nem percebemos. Suposições são geralmente confundidas com fatos, mas algumas técnicas fáceis de checagem de fatos podem esclarecer tudo rapidamente. Fontes deveriam ser fornecidas para afirmações, e elas deveriam ser verificáveis. Cadeias de custódia de documentos e evidências similares deveriam estar prontamente disponíveis. Se declarações de afirmações são atribuídas a outras fontes, então estas fontes deveriam ter verificação de suas alegações e cadeias de custódia para suas evidências. Apesar de que algumas pessoas podem acreditar totalmente que memórias fragmentadas são indicativos de abdução alienígena, isso é, claro, uma suposição baseada em muitas hipóteses (como mencionado acima).

Falácias lógicas são padrões inválidos de reprodução de raciocínio devido a falhas em sua estrutura lógica. São ruins. Você não quer descobrir que o último livro que adquiriu está cheio delas! Uma falácia lógica comum é Ad Hominem, que ataca o caráter pessoal de um indivíduo ao invés de contra-argumentar diretamente pontos específicos de seu trabalho ou argumentos.

Outra é Apelar à Autoridade, que é o outro lado da moeda de Ad Hominem. Isso é quando um argumento é submetido baseado somente na reputação da fonte, sem a preocupação de verificar sua autenticidade. Apenas porque o FDA disse, a declaração não se torna isenta de uma checagem justa dos fatos. O mesmo se aplica a o que alguns detentores de PhD dizem sobre um vórtice em um rancho no Utah (veja acima sobre linhas de raciocínio e número de hipóteses requeridas).

Tudo isso nos leva a relevância de padrões de evidência. Não surpreende que não possamos concordar sobre conclusões se não podemos concordar sobre a relevância da informação usada para formá-las!

Se concordamos ou não com respeito a padrões de evidência universalmente reconhecidos pela comunidade profissional de pesquisa, é importante entendê-los. Enquanto podemos estar dispostos a entreter algumas das formas mais radicais e criativas de explorar objetos de interesse, temos que saber o quanto estamos nos desviando do padrão estabelecido. Isso nos permite entender mais profundamente por que nossas ideias e pesquisas podem ser rejeitadas. É também importante perceber que se os ufólogos querem ser acolhidos pela ciência tradicional, o que tem sido uma batalha por 70 anos, eles têm responsabilidade de pelo menos entender, se não se conformar a protocolos e padrões científicos. De outra forma, não podemos reclamar se o chefe do Pentágono não está interessado em nosso projeto.   

Como muitas pessoas, eu estava interessado em OVNIs e tópicos relacionados, em parte porque me considerava uma pessoa de mente aberta. Pensei que havia coisas que eu estava disposto a explorar que pessoas mais rígidas e dogmáticas não estariam. Olhando em retrospectiva, acho que muitas de minhas crenças sobre OVNIs foram formadas no erro, largamente baseadas em informações incorretas apresentadas por aqueles que as embalaram e fizeram circular.

Quando se explora e discute tal material, ninguém gosta de ser minimizado e chamado de estúpido. Estamos todos em pontos diferentes em nosso despertar ufológico, e a aqueles de nós que são sinceros deveria ser permitido espaço para crescer. Erros acontecem. Opiniões mal informadas acontecem. Experiências pessoais estão abertas a interpretação.

Entretanto, devemos estar cientes de que podemos aprender com os dois lados da história. Se queremos que as pessoas sejam tolerantes sobre nossas crenças e tenham entendimento melhor do porquê as adotamos, então nós também devemos nos informar melhor do porquê tais pessoas rejeitam certas fontes de evidência ou não dão tanta importância a elas. Funciona nos dois sentidos.

É através do processo de dissecar efetivamente o corpo coletivo de material ufológico que chegamos a termos mais estáveis sobre nossas crenças, nossas esperanças e nossos medos. Aprendemos sobre o mundo que habitamos e, por fim, sobre nós mesmos. Eu espero sinceramente que você veja este blog como uma ferramenta útil.

 

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Tradução: Pamylla Oliveira

                                                            Fonte: ufotrail

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