domingo, 26 de julho de 2020

Respostas Para As Perguntas Que Todos Fazem Sobre O Principal Pesquisador Do Caso Varginha

                                      Dr. Ubirajara Rodrigues, descobridor do Caso Varginha

Abaixo o manifesto do Dr. Ubirajara Rodrigues publicado em 2010 por pesquisadores do CUB (Centro de Ufologia Brasileiro). Postamos aqui para que sejam respondidas as especulações infundadas acerca dele que permanecem até hoje nos quatro cantos da internet. Dez anos depois o texto permanece atual e esclarecedor.

Meus caríssimos Colegas e companheiros de estudos ufológicos.

               Pela primeira vez, alguns Colegas de fora do circuito dos ataques emocionados, fazem-me indagações como as que seguem abaixo.

                 Antes desculpo-me por prestar uma declaração: quando dirigem a mim tais questões, quero deixar claro que esta atitude significa, em meu modesto entendimento, o meio correto, honesto e condizente com a postura científica de busca da verdade mais próxima possível. A troca de informações, a discussão e o debate, entre interlocutores conscientes, é sabidamente o que constitui o verdadeiro processo da aquisição de um conhecimento válido e útil.
              
                  Para tanto, o abandono dos rompantes emocionados e tendenciosos é o primeiro passo. Por uma razão muito simples. Se nas Ciências consagradas isto é indispensável, sabe-se que não há como se eliminar totalmente a participação de um notável percentual da subjetividade do pesquisador ou do experimentador. Que dirá, então, em temas ainda incipientes como a Ufologia! Isto poderia, à primeira vista, justificar as explosões cujos estopins são as crenças, os sincretismos e as confusões oriundas da total desinformação de ordem filosófica, dialética e de linguagem acadêmica ou aplicável, que alguns em nosso meio possuem. No entanto penso exatamente ao inverso.

               É precisamente em razão de a Ufologia ainda nem sequer sonhar ser uma ciência, que precisamos redobrar, triplicar, ampliar ao máximo nossa cautela. Estarmos atentos ao mundo de ilusões e fantasias exacerbadas, que utilizamos para suprir nossa ignorância e para suportarmos nossa auto punição, na maioria das vezes inconsciente, porque não cuidamos de organizar os rumos de nosso conhecimento, tentando substituir nossos objetos de adoração e de fetiche de características místicas.

            Caso contrário, longe de negarmos que isto seja um amplo direito do ser humano, ou buscamos um mínimo de credibilidade da Ufologia, ou assumimos de vez que ela já seja uma seita eivada de aleatórias misturas de transcendências confusas e desconexas. Declaramos definitivamente que ela seja uma terra de ninguém, em que se digladiam, em todo o mundo, estultos  cidadãos dotados de um suposto saber, pela obtenção do título de sua propriedade; e dançam, rodopiando ingenuamente, em torno de uma pálida fogueira de palha, curiosos e adoradores vítimas da sua própria ingenuidade.

            Por isto concordei, de bom grado e com o sincero sentimento de obrigação, ainda que também de honra, com tal solicitação de apresentar alguns esclarecimentos, diante das deturpações, exageros e ofensas, que têm girado em torno das minhas recentes declarações. Repito – estou consciente de que devo tais esclarecimentos, principalmente porque a iniciativa parte de tais Ufólogos por quem tenho o máximo de admiração e respeito. Nomear estes sóbrios e valiosos colegas, nesta oportunidade, talvez não seja apropriado.

            Portanto destaco que esta minha manifestação não tem, nem de longe, o condão ou a intenção de esclarecer detalhadamente, tampouco de rebater uma a uma, as investidas de que tenho sido alvo, desde que foi publicada uma entrevista que concedi, em duas edições da mais longeva revista de Ufologia do planeta. E desde que fiz publicar, para minha extrema honra, satisfação, alegria e proveito, um livro recente com meu professor, velho parceiro na Ufologia desde a Década de 70, e querido irmão, Carlos Reis.

            O momento não é oportuno. As circunstâncias não permitem rápidas tréplicas com o único fito de não ficar calado. Por enquanto, limito-me, podem acreditar, a encarar tudo isto como lição, como aprendizado e, principalmente, como um verdadeiro “laboratório”, onde a cada dia vejo confirmadas as constatações e até os vaticínios, que insinuei naquela entrevista e expressamente fiz, com meu co-autor Carlos Reis, em nosso livro “A Desconstrução de um Mito”.

            Passo portanto às repostas a indagações que me foram enviadas, solicitando a todos a enorme gentileza de observarem que serei, o quanto me for possível, totalmente à parte do que vem sendo interpretado, dito, suposto e publicado, em torno das minhas declarações e de meus escritos, quando isto vem sob a forma de injúrias e de golpes desnecessários. Não é esta a finalidade de minhas considerações. Eventualmente pode ser que eu quase quebre esta regra, pelo que peço sua compreensão.

            Agradeço a oportunidade. Aos senhores, todo o meu respeito.

1- Você foi intimado ou convidado a ir na Escola de Sargentos para participar do Inquérito Militar?

            Quando é instaurado um Inquérito Policial Militar, destinado exclusivamente à apuração do suposto cometimento de atos por militares, testemunhas civis, como eu, de alguma forma envolvidas, são convidadas. Tal como se pode ver nas sessões do Poder Legislativo ao apurar algum fato com o depoimento de convidados. No entanto, é de praxe, e de bom conselho, que não se recuse ao comparecimento. Em suma, podemos sim dizer que se trata de uma intimação, nestes termos.

            Quando a repercussão mundial do Caso Varginha se iniciou, o Exército abriu uma Sindicância em razão daquilo que alguns Oficiais entenderam como utilização de termos não condizentes, em um livro que havia sido publicado muito pouco tempo após o início de nossas investigações. Rápida e não conclusiva, acabou sendo juntada ao Inquérito Policial Militar.

            Em Maio de 1996 aconteceu em meu Instituto uma reunião para nós histórica e inesquecível, com a presença de vários ufólogos e representantes de grupos de ufologia do mundo, bem como de vários veículos de comunicação. A Imprensa, como em poucas ocasiões no mundo, aguardou avidamente pelos resultados do que nós ufólogos tínhamos obtido nas últimas semanas. Na reunião, foi colocado a público um rol de nomes de membros da Escola de Sargentos das Armas, que as investigações conduziam no sentido de que haviam participado da movimentação de viaturas na cidade de Varginha, notadamente em hospitais, nos principais dias dos eventos que compõem o enredo do Caso.

            Foram ouvidos em tal IPM, 27 militares, pelas cópias que possuo desde a época – e que também já a possuíam outros ufólogos brasileiros, inclusive alguns que tentam agora, mais uma vez, fazer tempestade em copo d´água em torno de supostos “documento secretos”. E alguns civis, dentre eles eu, sim.

            Encerrado também pela conclusão de que nenhum militar havia cometido qualquer ato ilícito, quer disciplinar quer de outro tipo, e de que segundo o relatório final do Coronel de Brigada sindicante as notícias veiculadas pela Imprensa eram inverídicas, o IPM chegou, claro, à Justiça Militar e foi arquivado por inexistirem razões para prosseguimento em eventual processo.

            Ora! Vários documentários de longa metragem foram realizados em torno do Caso Varginha, por diversas produtoras internacionais. Só o Canal Discovery possui duas edições diferentes, que de vez em quando até hoje exibe para o mundo inteiro. Outro foi o Canal Infinito, que também realizou uma produção de alto nível técnico com base no Caso. Em alguns desses programas, um Oficial porta-voz da EsSA declara alto e bom som que essa sindicância e esse IMP foram instaurados, concluídos e arquivados. No entanto agora, bom repetir, alguns exímios fabricantes de sensacionalismo, que apreciam superestimar circunstâncias para bradar ao mundo seu instinto messiânico e heróico, começam a insinuar que eu “mudei de postura”, quer por medo, quer por perseguição, vez que somente agora resolveram fazer alarde em torno de tal IPM. Que ótimo para os produtores de cinema... os MIBs estão sendo ressuscitados!

            Fui intimado e compareci, tendo prestado um depoimento de cerca de quatro horas.
           
2-Recebeu alguma forma de ameaça ou admoestação para se afastar do caso?

               Recebi um educado, simpático e justo PEDIDO de que procurasse não provocar na Imprensa um sensacionalismo em razão do IPM, porque como visto este se destinava exclusivamente a registrar e a apurar algum eventual ato de militar, contrário a uma regra elementar da organização e da disciplina militares – eventualmente falar em público ou a particulares em nome da Escola, passando por sobre aqueles que têm legitimidade e poder para tal, seja negando ou afirmando alguma coisa. Aquiescí de bom grado, até porque – mesmo que isto não tenha dado muito certo – eu já estava também preocupado com a contaminação e com os ruídos que uma grande comoção pública poderia causar aos fatos que estávamos apurando.

               Fui extremamente bem tratado, o depoimento transcorreu com seriedade mas com plena liberdade, sem qualquer coação. O Coronel de Brigada chegou a nos acompanhar até o portão de saída, após encerrado o depoimento, preocupado pela longa duração da audiência, pelo que inclusive tivemos de tranqüilizá-lo, já que obviamente sabíamos que um Inquérito daqueles deveria mesmo ser instaurado, sob pena até de se considerar pouco zelosa a atitude do Exército, se não o tivesse feito. Fazendo perguntas como curioso, sobre Ufologia em geral, chegou o Coronel até a dizer, informalmente e sem compromisso, que no futuro gostaria de me convidar para uma palestra, para falar do tema, em algum evento cultural.

               Mas vejam o que é mais importante! Comuniquei o fato a vários ufólogos, assim que saí daquela Unidade do Exército Brasileiro, sempre porém repassando a solicitação de discrição que me havia sido feita. Bom repetir, inclusive a alguns que pertencem a grupos que andam me considerando uma espécie de “vira-casacas” e achando bonito que descompromissados ufólogos esbravejadores em Listas de Internet, e leitores desrespeitosos, me taxem de louco, de covarde, ou, como a relação de meus adjetivos se ampliou nos últimos dias, de lunático.

               Eu declarei em um programa de televisão, de enorme audiência, que não há PROVAS de que em Varginha caiu uma NAVE EXTRATERRESTRE... E O LUNÁTICO SOU EU!

               Os que vibram e se fascinam com documentos supostamente ultra, hiper e super secretos, podem agora ler um documento que retrata a informação dada pelo General-de-Divisão Chefe do Gabinete do Comandante do Exército, ao Chefe de Gabinete do Ministro da Defesa, quando chegou a este último um requerimento de “liberação de documentos sobre o Caso Varginha”. O Sr. General Chefe do Gabinete do Comandante do Exército informa alto e bom som que “os únicos documentos produzidos pela Força sobre o assunto” foram a sindicância e o IPM, ao qual foi juntada.

               Já declarei há tempos, e em algumas oportunidades, que desconheço completamente a existência de quaisquer documentos secretos, ou desconhecidos, do Exército, em torno do Caso Varginha. Eis agora o ofício mencionado, à disposição da Ufologia, conseguido pela iniciativa de alguns de seus heróicos e respeitáveis membros. Mais interessante, talvez, e não me constranjo de dizer, e ao que tudo indica estou mesmo na berlinda perante os sábios olhos de alguns super-heróis da ufologia, foi que a cópia desse documento chegou-me às mãos, antes mesmo de eu tentar acessar a fonte, através de um ufólogo que reside na Grécia!

3- Por favor, comente essa afirmação do Sr. Editor da Revista UFO, publicada em Listas de Discussão da Internet:

“Oras, eu estou entre os ufólogos -  uns 10 ou 12, no máximo - que recebiam seus telefonemas exaltados quase todos os dias, nos relatando quase aos gritos o que estava se passando em Varginha naqueles dias de janeiro de 1996. Ubirajara nos garantia com a mais absoluta veemência que ETs haviam sido capturados, dando inclusive detalhes de como o Exército tentava encobrir tudo, nos relatando e então nos apresentando para testemunhas-chave, inclusive as militares - CUJOS DEPOIMEMTOS ESTÃO GRAVADOS -, nos colocando a par de tudo pormenorizadamente. Sempre excitadíssimo, sempre exultante, sempre de maneira concreta, sem margens à dúvida”.
              
               Esta afirmação pode ser comentada mais diretamente, até porque, como disse antes das respostas, não tenho por destinação, no momento e nesta reunião, tratar das críticas à minha postura. Permito-me no entanto desprezar todos os superlativos atribuídos à forma com que eu contatava ufólogos à época e partir logo para a resposta. Eu não me lembro de ter garantido, quer com veemência, quer de forma ponderada, que em Varginha haviam sido capturados “ETs”. Mas, com a mesma sinceridade – se isto se trata apenas de um lapso de memória de minha parte, CLARO! SE O FIZ, DEVO TÊ-LO FEITO COM MUITA ÊNFASE, COM BASTANTE ESPERANÇA, COM VISÍVEL EXCITAÇÃO. Só que há um porém – como já declarei, inclusive na mencionada entrevista que o mesmo Sr. Editor publicou, há uma enorme e incomensurável diferença, entre aquilo que eventualmente possa compor uma CRENÇA de minha parte, no passado ou atualmente, e entre eu ou a Ufologia podermos possuir PROVAS de algo de tamanha envergadura.

               Por outro lado, são 14 anos de atenção ao Caso. E, se em 14 anos eu possa ter percebido que minhas suposições ou crenças não se embasavam em um real, legítimo e correto conceito do que seja uma PROVA, então não vejo porque alguns se mostrarem inconformados com o que eu me recuso, já há alguns anos, a reafirmar, referendar ou confirmar. Estarei sendo prolixo, como um dos sábios salvadores da pátria da Ufologia dispara, desde a época da minha entrevista? Pois peço perdão. Assim, serei mais objetivo – NÃO HÁ PROVAS DE QUE HOUVE A CAPTURA DE SERES EXTRATERRESTRES EM VARGINHA. Isto não se confunde com minha eventual euforia de ufólogo, à época dos fatos.

               Se tais críticos não são afetos a uma linguagem atenta ao significado daquilo que se diz, paciência. Se tais críticos não possuem capacidade de autocrítica suficiente para não perceberem que estão afirmando que a Ufologia possui provas DA EXISTÊNCIA DE EXTRATERRESTRES, DA VINDA À TERRA DE EXTRATERRESTRES, DA QUEDA DE UMA NAVE EXTRATERRESTRE EM VARGINHA, E DA CAPTURA DE SERES EXTRATERRESTRES VIVOS EM VARGINHA, o problema é exclusivamente deles. Afinal, se minha atual postura é tão desprezível, sinceramente não sei qual a preocupação com minha chamada “mudança súbita de postura”. Que de súbita nada tem e vem claramente mostrada, ainda que de maneira um tanto sutil, no meu livro “O Caso Varginha”.

4- Comente esta outra:

“Não foi nem uma nem duas dúzias de vezes que eu ouvi o Ubirajara garantir em alto e bom som, para tantos quantos quisessem ouvir, que tinha absoluta convicção e as investigações davam como certa a captura de pelo menos dois seres (o Claudeir chegou a falar em 7), num processo em que até uma morte ocorreu, a do Marco Eli Chereze”.

               Parafraseando o pensador, o triste não é mudar de idéia. Triste é não ter idéias para mudar.

               Devolvo o comentário, ou a pergunta, com algumas indagações:

               Um ufólogo ter convicção de que seres extraterrestres foram capturados é prova de que foram capturados seres extraterrestres? Recuso-me a argumentar o fato de não termos prova sequer da existência de seres extraterrestres, o que até esta data é apenas uma possibilidade para a ciência, que nem ao menos conseguiu confirmar a existência de vida microscópica em outro planeta. Mas foram extraterrestres que vieram até Varginha, a nave extraterrestre caiu porque um casal da roça viu um suposto Óvni voando baixo e indo em direção da cidade, aparentemente avariado... e o depoimento de um honesto e simples casal de caseiros tem peso suficiente para dar um parecer sobre avarias de uma nave espacial de outro planeta... ou porque um cidadão, um ano depois, afirmou que vira algo estranho espatifado em um pasto no meio rural de Três Corações, em uma cena similar à história de Roswell... e, após intensas buscas e entrevistas com todos os moradores da região, por ufólogos, constatou-se que ninguém mais vira alguma coisa... uma pessoa, rapidamente, vira alguns calhaus ou pedaços torcidos de metal em uma carroceria de um caminhão estacionado em um canto escuro... e isto é PROVA? PROVA da queda, da coleta DE UMA NAVE ESPACIAL DE UMA CIVILIZAÇÃO EXTRATERRESTRE?

               Algumas pessoas, que jamais falaram oficial ou oficiosamente em nome de qualquer Instituição, afirmarem que viram ou lidaram de alguma forma com SERES PARA ELAS ESTRANHOS em hospitais ou outras instalações, é PROVA de que no Caso foram capturados, transportados, examinados SERES EXTRATERRESTRES?

               A morte do Policial Marco Eli Chereze – lamentável fato cercado de inverdades, absurdos, por vezes até patéticos, tais como os comentários de que o corpo não teria sido visto pela família, que estava sem cérebro, que a família teria pedido exumação do cadáver e que isto teria sido negado – foi um fator que levou os ufólogos (claro, dentre eles eu) a DEDUZIREM, portanto a SUPOREM, que fora ele um dos que, comentários davam conta, teriam participado de uma das capturas. E se alguém quiser atribuir-me, outra vez, palavras que não pronuncío, capturas DE EXTRATERRESTRES, o problema é de quem seja muito pouco exigente com o conceito de PROVA.
              
               Escrevi em meu “O Caso Varginha”, também alto e bom som – pesquisei, indaguei, consultei vários médicos, a respeito de um tal teor de 8% de “substância tóxica desconhecida” que fora acusado na necropsia. O que pude obter foi que em todos os casos de morte por septicemia, é absolutamente normal que um índice desses de bactérias seja acusado. Inclusive sem detecção de suas características de forma garantida. De pouco adiantou. Desavisados insistem, continuam batendo na tecla de que isto “seja PROVA de que o policial morreu por ter tido contato com um ET”. PACIÊNCIA.

               Portanto, meus caros amigos e colegas. Se errei, tento consertar. Se afirmei, errei muito em tê-lo feito. Se mudei o pensamento, foi porque percebi que o pensamento anterior não tinha fundamento aceitável. Se não posso atualmente fazer afirmações, isto não quer dizer que eu negue. Mas quer dizer que não possuo PROVA.
              
5- Para finalizar:

“Eu estive várias vezes em Varginha e ouvi dele, para saber como lidar com  fatos tão pesados na UFO, o roteiro de tudo, inclusive o acompanhei em  entrevistas e visitas a testemunhas, em especial uma que declarou que outra criatura havia sido abatida pelo Exército com tiros de fuzil”.

               Espanta-me o fato de ter visto, recentemente, até um profissional da área do Direito, ter-me censurado sob a alegação de que eu, como Advogado, não poderia jamais desprezar testemunhas, pois eu deveria saber que Testemunhas provam os fatos. Mas que genial argumento!

               Sim, sei que testemunhas provam FATOS. Mas sei também que não compete às testemunhas INTERPRETAREM ou JULGAREM tais fatos. Quando tentam faze-lo, tornam-se suspeitas, ou a se desejar um termo mais familiar, TENDENCIOSAS. E as pessoas não são tendenciosas apenas quando agem de má-fé, ou quando fraudam, ou quando desejam obter uma vantagem ilícita ou injusta. Fazem-no em razão das IMPRESSÕES que tiveram, por conseqüência das circunstâncias, por motivo de alterações físicas e fisiológicas, por confiarem em suas sensações, em seus sentidos e em suas suposições, crenças e associações com base em sua cultura, seu conhecimento e a situação psicológica e emocional do momento. Quem interpreta, analisa, examina, e CONCLUI sobre tais fatos NÃO É A TESTEMUNHA. É a quem compete julgar – juridicamente quem tem autoridade para tanto. Dialeticamente, AQUELE QUE RACIOCINA, que pesa, que compara, que considera o conjunto de evidências, ou de indícios e as próprias circunstâncias e assim tira uma conclusão.
              
               Não declarei qualquer negação expressa de fatos. Não declarei que os depoimento ou informações sobre o Caso Varginha não possuam valor.

               Encerro confirmando que de fato há uma testemunha que viu alguns militares fazendo espécie de manobra ou de exercício em um pasto em um bairro da cidade; que afirma ter ouvido tiros de fuzil; que declara ter visto, logo depois, militares subindo levando um saco, dentro do qual algo se movia. E em outro saco, havia algo inerte. Este é o depoimento, isento e objetivo, que leva alguém a concluir que “outra criatura havia sido abatida pelo Exército com tiros de fuzil”.

               Respeitáveis Colegas, o mencionado Inquérito Policial Militar tramitou e foi concluído ao início de 1996, em maio/junho. Eu escrevi um livro sobre tudo o que particularmente eu havia colhido, com a participação de colegas de quem eu, SIM, solicitei que viessem ajudar. Dados que eu e os outros colegas colhemos com informantes e pessoas em geral, sobre o Caso Varginha. Tal livro FOI PUBLICADO EM NOVEMBRO DE 2001 e há alguns que dizem que fui “calado” em razão do Inquérito que transcorrera cinco anos antes!

               E o escrevi por ter percebido que muito do que eu dizia até então era superestimado, deturpado e, em grande parte das vezes, por minha própria culpa. Culpa que se materializou principalmente pelo fato de eu, prematuramente, ter prestado declarações, concordado em participar de alguns artigos em revistas e concedido entrevistas a veículos de comunicação e a alguns colegas em particular. O que fiz sem antes esperar maior transcurso do tempo, melhores ponderações e interpretações de minha parte e de pessoas realmente credenciadas e conhecedoras de áreas do conhecimento que eram indispensáveis. Até porque todas tais publicações traziam matérias, muitas com nossa participação, nem penso em negar, confusas, misturadas, contraditórias. Mas nem era culpa delas.

               Era minha (não me sinto autorizado a falar pelos demais), como já disse, pois que precipitadas. Então quando terminei o livro “O Caso Varginha”, e foi publicado, pude ter a sensação de que, agora sim, eu poderia me responsabilizar por aquilo que realmente eu conseguira, para passar a público dados contidos em meus arquivos e em minha memória, portanto a partir dali poder dizer – o que escrevi e realmente declarei, não negarei jamais que o fiz.

               De lá para cá, senhoras e senhores, NUNCA NEGUEI O CASO VARGINHA. JAMAIS DISSE QUE O CASO VARGINHA É FRAUDE, como em flagrante ato de deturpação censurável vi colocado pela internet, de forma inconsequente e irresponsável. Minha esperança, no entanto, como ufólogo que sou há cerca de 40 anos; e pretendo continuar sendo sem disfarçar ou esconder isto de quem quer que seja, na minha cidade ou em outras paragens, é a de que seja confirmada uma convicção que tenho – a de que não haja leitores ingênuos e estúpidos que acreditam em palavras que jamais saíram de minha boca ou de minha pena. Apenas lamento caso haja leitores e interessados incautos, que sejam patéticos o suficiente para declarar algo do tipo “não li, não quero ler mas discordo totalmente”.

               Nada mudei “subitamente”. Desde os primórdios da nossa geração de Ufologia eu já não era muito admirado por ufólogos amantes de um modismo misticóide cada vez mais crescente e pregadores de um tal “holismo”, de forma a deturpar completamente o significado deste próprio termo, que só fez com que a Ufologia definhasse quase irreversivelmente. Só publiquei, com Reis, um livro que expõe o que vimos observando do comportamento da própria Ufologia. E hoje somente não considero que haja provas suficientes para tornar os fatos envolvendo Varginha incontestáveis, ainda mais sob o ponto de vista da tão decantada “Hipótese Extra Terrestre”. Aquilo que não admite contestação, mesmo que tenhamos a mais inabalável convicção, não serve para um pensamento sóbrio e sério.

               O que escrevi e declarei, caros amigos e colegas, está em dois livros volumosos e detalhados, bem como em uma extensa entrevista. Nada há neles a negar até o presente momento. O que há, sim, é A NECESSIDADE URGENTE DE SER CRITICADO, DEBATIDO, ANALISADO E PONDERADO.
              
               Porque meu modesto trabalho é o de um limitado Ufólogo. Não o de um crente revoltado que sairá disparando impropérios de inconformismo, se alguém sério, de forma bem fundamentada e inteligente, chegar até mim e me disser – você estava totalmente equivocado sobre o Caso.

               Varginha, MG, Agosto de 2010.



               Ubirajara Rodrigues.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Whitley Strieber & Seu Mundo Paralelo



Acho que diz algo sobre Graham Hancock o fato dele ser devotado a crescer a porcentagem de artigos de terceiros em seu site sobre alegações de OVNIs e antigos astronautas, apesar dele mesmo dizer não acreditar na teoria do antigo astronauta. Quanto disso é verdade é questionável, já que sua rejeição à astronáutica antiga no Magicians of the Gods contrasta fortemente com suas aparições frequentes no Ancient Aliens e no livro sobre astronautas antigos da qual ele foi co-autor, o The Mars Mistery. De qualquer forma, é bastante surpreendente ver Hancock, na sequência, publicar um artigo de outro autor sobre os encontros dos antigos astronautas Hopi com o infame abduzido Whitley Strieber citando um trecho do novo livro deste sobre “visitantes” antigos e seus “aliados humanos.”

Quanto mais velho fico, se torna mais difícil fingir levar essas ideias a sério. Como alguém pode alimentar a noção de uma conspiração todo-poderosa, por exemplo, quando vemos todos os dias a incompetência das pessoas a cargo de conspirar? 

Nosso governo federal tem feito do “compre até cair” nossa resposta oficial à pandemia, e nós temos que imaginar que eles são aliados com alienígenas do espaço em um projeto de engenharia social de centenas de anos? Qualquer governo razoavelmente efetivo poderia entender as intenções dos alienígenas em meses com um esforço concentrado.

Quem precisa de uma conspiração tão inútil? Em outro exemplo, temos que imaginar que todos esses segredos antigos foram escondidos desde sempre e ninguém sabe sobre eles a não ser os apresentadores da TV à cabo?

De qualquer forma, Strieber opera nos limites da cultura dos antigos astronautas e dos OVNIs, jogando com a especulação alienígena enquanto mantinha a posição de não conhecer as origens verdadeiras dos “visitantes”. Em seu novo livro, ele decide que isso já não rende da mesma forma que costumava, então agora ele tem revelações sobre as origens verdadeiras dos visitantes. Ele se afastou do estilo de alienígenas do século 20 e foi na direção da espiritualidade e “consciência” divina.

Para explorar isso, ele vai a procura de outros que já imaginaram que conexões profundas com o mundo natural podem ajudar caras brancos como ele a escapar da corrupção da cultura urbana sofisticada. Naturalmente, ele foi até uma reserva nativo americana, Pine Ridge especificamente, e naturalmente, ele enquadrou tudo de forma a sugerir que vê sua audiência como racistas ignorantes:

"Durante o inverno de 2015-2016, uma garota de 12 anos se matou porque a família dela não tinha dinheiro para o aquecimento e ela não conseguia mais aguentar o frio. O alcoolismo afeta 85% da população. Abuso de drogas e crimes estão generalizados e as condições de vida estão péssimas além de qualquer coisa que já vi na vida. Nada disso é acidental ou devido a preguiça ou qualquer outra questão. É por causa do local. Durante o século 19 nas guerras de índios americanos, os Lakota Sioux foram confinados intencionalmente nesse lugar porque ali há uma falta muito grande de recursos."

Mas é claro que ele imagina que seus leitores associam os Nativos Americanos à preguiça. Enquanto estava na reserva Lakota Sioux, ele alega ter tido uma visão de uma paisagem secundária paralela e ele atribui essa alucinação às mudanças que ele criou em seu cérebro através da meditação, que ele alega poder aumentar a matéria branca no estrato dorsal e, portanto, poderes psíquicos. Como resultado, ele alega que também fez uma projeção astral durante a conferência Contato no Deserto de 2019 quando ele estava aparentemente muito entediado durante a palestra de Jacques Valée e ele alega ter dormido e explorado psiquicamente a conferência ao passar através do mesmo universo paralelo que encontrou em Pine Ridge. Caminhar nesse reino obscuro e vazio foi, para ele, a coisa “mais divertida” que ele já fez na vida, comparável, diz ele, a um jogo de realidade virtual. Isso me deixa triste. Sinto muito que ele seja tão solitário e desprovido de alegria. Ele aparentemente gostou tanto disso que reza diariamente para “a energia” deixar que ele volte. Ele espera que aconteça, diz, porque acredita que um poder maior regularmente concede a ele desejos “impossíveis”.
 
Strieber diz que a experiência de visitar universos paralelos o ajudou a determinar que os Greys e outros “visitantes” são provavelmente encarnações de consciências interdimensionais ou talvez pessoas mortas ou ambos:

"Estou sendo um pouco vago de propósito aqui sobre a quem me refiro – estou falando sobre os estranhos antigos visitantes, ou nossos próprios mortos, ou algum tipo de campo de consciências desencarnadas? Não acho que seja útil fazer essas diferenciações. Qualquer aspecto disso que entre em contato com você, te dá acesso a tudo. É melhor pensar nisso como um campo vasto onde diferentes tipos de flores crescem, algumas aparecem de um jeito, outras de outro jeito. Não importa em que direção você vá, você continua no campo."

Você tem que ler a coisa toda para ver a profundidade das reflexões pseudo-espirituais de Strieber, que envolve declarar que as “testemunhas” de Roswell são literalmente santos, um emaranhamento na mitologia grega para alegar que Homero confundiu um universo paralelo com a vida após a morte, e a especulação que OVNIs são veículos para trocas entre esse mundo e o outro através de um acesso no Rancho Skinwalker que passa através de um Pleistoceno paralelo!
 
Nem precisa dizer que as conclusões de Strieber não se seguem por evidências e que ele está descrevendo o que parece muito com uma personalidade propensa a fantasias que confunde sonhos acordados (e, por sua própria admissão, sonhos noturnos) com experiências interdimensionais. Mais interessante, entretanto, é a tristeza da busca espiritual que aparece sob a superfície. É dolorosamente evidente que ele está procurando se conectar com o sobrenatural e o divino, mas ele quer que a ciência justifique suas crenças ao encobrir sua fé com linguagem da física e da matemática. Para mim, é um substituto menor para Deus e os deuses imaginar que não há nenhuma vida após a morte além de uma estrada de cascalho em um campo cinza, ou chamar de um vazio sem fim a epítome de “divertido”. Sartre diz que o inferno são as outras pessoas, mas eu não acho que isso transforma o paraíso em um lugar vazio.

Tradução: Pamylla Oliveira

Fonte: Jason Colavito

Corey Goode Diz Que Viajantes Do Tempo Caíram Em Roswell



Como muitos de vocês sabem, estou atualmente trabalhando em reunir alguns materiais para a proposta de um livro sobre o medo que começou em 1947 e continuou pelos anos 1950. Como parte dessa pesquisa, eu fui, como quase sempre, forçado a lidar com a chamada queda de Roswell, apesar do incidente não ter tido importância particular em 1947, exceto como uma ilustração de como o reacendimento do pânico anti-comunista nas semanas precedentes levou os oficiais militares a usar a agitação ao redor dos OVNIs como uma cobertura para operações dirigidas à União Soviética. Eu fiquei, entretanto, entretido ao ler nessa semana que Michael Salla e Corey Goode estão nos flagelando com uma nova alegação de que Donald Trump foi informado de que a queda em Roswell e o disco voador que os militares alegaram capturar era na verdade um veículo militar viajante do tempo vindo do futuro.

A garantia para essa alegação vem de uma entrevista recente entre Trump e seu filho, Don Jr, na qual Trump satisfez o grande contingente de malucos de direita que acreditam em OVNIs ao sugerir que ele sabia de coisas “interessantes” sobre Roswell.


Em um artigo publicado na ExoNews, Salla cita Goode:

“Mencionei isso no passado. Veio à tona novamente recentemente depois de Trump ter comentado sobre Roswell. As “Informações sobre Roswell” ao presidente dos Estados Unidos são basicamente essas: Roswell não foi um evento alienígena. Foi um incidente dos EUA no futuro. Ao presidente dos Estados Unidos foi dito que a MAIORIA das luzes vistas nos céus são de nossas próprias naves operando no futuro que criam um efeito borboleta temporal. Foi dito que o que os antigos viam nos céus era geralmente o mesmo fenômeno...


Ao presidente foi dada a impressão de que por causa dos testes que aconteciam em Roswell durante o mesmo tempo em que as naves do futuro estavam operando naquele Espaço em um tempo posterior... isso fez com que a nave fosse para o passado e caísse e então deu início ao novo boom tecnológico que veio após a Segunda Guerra Mundial.


Goode conectou sua alegação com a teoria da conspiração pró Trump do Q-Anon e argumenta que Trump é um agente do desacobertamento, e que ele está ajudando em um estilo Doctor Who em uma guerra entre humanos que competem em duas linhas do tempo. Goode argumenta que o tio de Trump, John, estudou os documentos secretos de Nikola Tesla sobre alienígenas em 1943 e compartilhou conhecimentos com o futuro presidente o que o colocou para sempre entre os eleitos da humanidade.


Me surpreende como pessoas de direita querem que Trump seja um semi-deus ou de alguma forma tocado pelo divino.


Entretanto, Salla não gosta das ideias de Goode e suspeita que a história de viajantes no tempo é apenas um acobertamento com a intenção de esconder a verdade sobre alienígenas. “A explicação de que Roswell envolvia humanos viajantes do futuro que organizaram para que a queda acontecesse e acelerasse nosso desenvolvimento tecnológico certamente soa plausível, e vai ser atrativa para aqueles que empunham a Navalha de Occam para rejeitar a hipótese extraterreste,” ele diz. Em que mundo super soldados viajantes do tempo é a explicação mais provável para a queda de um balão no deserto?

Fonte: jason colavito

Tradução: Pamylla Oliveira

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Entrevista Do Desinformante Richard Doty (Falcon) Ao Repórter George Knapp



          Richard Doty, o Falcon do especial UFO Live, à esquerda, e George Knapp à direita

O ex-investigador especial da Força Aérea Richard Doty ganhou fama como agente de desinformação na campanha do governo para suprimir informações sobre OVNIs. Odiado por muitos, Doty agora oferece sua visão dos bastidores durante uma longa entrevista com o repórter investigativo George Knapp, gravada em 2019 na UFO Mega Conference, em Laughlin, Nevada.

Richard Doty é uma das figuras mais controversas da história da ufologia. Doty teve uma carreira de 20 anos na Força Aérea, incluindo anos como agente especial do Escritório de Investigações Especiais da Força Aérea (AFOSI). Durante esse período, ele foi designado para conduzir a vigilância de um cientista, Paul Bennewitz, que inadvertidamente havia adquirido informações sobre um programa secreto da Força Aérea. Doty admite que passou desinformação para Bennewitz e outros pesquisadores de OVNIs, forjou documentos e confundiu o cenário.

Desde que deixou o serviço militar, Doty trabalhou como policial e foi alvo de inúmeros artigos e documentários. Ele tem sido considerado um garoto propaganda da desinformação dos OVNIs, isto é, informações falsas sobre os OVNIs disseminadas pelo Pentágono. Suas impressões digitais são vistas - justificadamente ou não - em quase todas as novas fontes de informações ufológicas que surgem.

Em 2019, Doty foi convidado para falar na UFO Mega Con, uma grande conferência de ufologia em Nevada. Em sua apresentação, ele reconheceu participar da vigilância de grupos de ufologia e disseminar informações falsas. Mas Doty sustenta que seu interesse pela ufologia é legítimo e que agora ele está livre para falar sobre certos programas que viu enquanto estava nas Forças Armadas, inclusive durante um período na base militar da Área 51 de Nevada. Depois de fazer suas declarações públicas, Doty deu uma entrevista exclusiva a George Knapp, do Mystery Wire.


George Knapp: Então, Rick, eu brinquei com você, depois que você saiu do palco, que pelo menos você não estava enfrentando tochas e forcados. A resposta foi muito boa. Foi calorosa.

Richard Doty: Fiquei surpreso. Sim, a resposta foi bastante calorosa. Comparado com o que imaginei que seria.

Knapp: Você é o bicho-papão de OVNI há pelo menos 25 anos, talvez mais.

Doty: Pelo menos 25 anos.

Knapp: Uma parte sua adora isso, não? Só um pouquinho?

Doty: Não deixo isso me incomodar. No início, me incomodava. Eu deixei de me importar muito e passei a adorar, como você acabou de dizer.

Knapp: Você já esteve em uma conferência de ufologia enquanto trabalhava?

Doty: Sim.

Knapp: Como uma tarefa?

Doty: Sim.

Knapp: Você pode me dizer…

Doty: Acredito que foi em 1983, talvez 1984. Não me lembro do ano, mas viemos aqui. Quatro de nós vieram aqui. E tudo o que fizemos foi nos misturar. Tiramos algumas fotografias. Ouvimos algumas entrevistas. Fizemos contato com algumas pessoas, mas nada sério.

Knapp: Em uma situação como essa, há uma tarefa? Algo específico? Ou apenas fique de olho nisso, veja o que descobre?

Doty: Existe apenas uma tarefa geral de coleta, colete todas as informações que puder.

Knapp: Isso ainda acontece?

Doty: Tenho certeza que sim. Eu vi... Eu conheci dois aqui. Havia dois aqui. Um do OSI, da Força Aérea, de Nellis e o outro homem... mulher de Nellis... e o homem não me disse de onde era. Mas ele era da inteligência da Força Aérea.

Knapp: Você pode identificá-los.

Doty: Ele prontamente admitiu isso para nós.

Knapp: Para onde vão essas informações? O que eles estariam fazendo com isso agora?

Doty: Eles completam o que chamam de relatório de inteligência doméstica. Um relatório de coleções sobre participar de uma conferência de ufologia. Eles podem encontrar algo interessante para escrever no relatório. Eles podem ouvir algo que pode ser de interesse para a inteligência da Força Aérea. É isso que eles fazem.

Knapp: Então você veria ufólogos que ouviriam essa informação: "Aha, a Força Aérea está nos espionando". Existem aspectos legítimos de segurança nacional? Algo como a exploração de ufólogos por uma potência estrangeira, algo assim?

Doty: Isso é muito interessante. Sim, aconteceu. E houve investigações sobre isso. Houve um ufólogo em particular que foi contatado pela União Soviética. E  foi o ufólogo Bill Moore. E esse pesquisador queria tudo o que Bill Moore tinha ou poderia obter de conferências de ufologia. E então Bill Moore foi a todas elas. E Bill Moore coletou informações. Mas, felizmente, estávamos cientes disso. E ele era uma das nossas fontes. Então ele estava reportando para nós.

Knapp: Então ele trabalhava com você, compartilhando essas informações. Os russos entraram em contato e pediram que ele fizesse a mesma coisa?

Doty: Exatamente.

Knapp: Nossa! Você já viu evidências dos russos plantando desinformação que afetariam a política de segurança nacional de alguma forma e através da questão dos OVNIs?

Doty: Mas não foi uma experiência pessoal. Apenas li a respeito.

Knapp: Você trava batalhas com o meio ufológico há anos. E eles acusam você disso e daquilo, e mencionam em livros. Isso causou danos reais em sua vida. Duas investigações, certo?

Doty: Sim, em 1987, fui investigado pelo FBI pelos documentos do MJ-12. Os ufólogos alegaram que eu os divulguei, que eu os criei. Eu passei por uma investigação do FBI, fui liberado. Fiz um teste de polígrafo, fui liberado. E novamente em 1989, um aspecto diferente tornou-se público. O FBI ligou para mim e o mesmo agente que me investigou pela primeira vez disse: "Eu odeio fazer isso de novo, mas preciso conversar com você novamente sobre isso". E, obviamente, fui liberado nesse. E então, pela terceira vez, quando Bob Collins escreveu o livro "Exempt From Disclosure". Ele colocou algo naquele livro, e eles acharam que essa informação vinha de mim. Então o FBI apareceu na minha porta com um mandado de busca e pegou o disco rígido do meu computador. E eles o analisaram. Eles voltaram mais tarde e me disseram que estava limpo, não continha nada. E eles me pagaram 600 dólares por outro disco rígido. Eles não devolveram o meu disco rígido. E eles descobriram quem divulgou para Robert Collins. Foi alguém de Los Alamos, e eles foram atrás do sujeito. Mas não fui eu.

Knapp: Então, existem sérias ramificações. Isso não é um jogo para você.

Doty: Exatamente. Com certeza. Gastei dinheiro com advogados, para processos ou durante as investigações do FBI. Tive que contratar advogados.

Knapp: Não quero entrar em muitos detalhes sobre o MJ-12, mas você tem tido relação com essa história e Bill Moore há muito tempo. Você fez um comentário hoje mais cedo de que acha que há informações legítimas nele.

Doty: Sim. Tenho 90% de certeza de que há informações legítimas. Esses documentos foram criados com base em documentos reais. Os documentos que foram liberados não eram. E a Força Aérea e o governo se isentaram ao dizer: "Não são documentos legítimos". Não que as informações contidas nele não fossem.

Knapp: Pode dizer se houve uma organização como essa?

Doty: Sim, houve.

Knapp: Você acha que ainda existe?

Doty: Tenho certeza. Estou certo de que existe. Eu sei que quando o Projeto Blue Book - e fui informado sobre o programa em 1979 - e uma das coisas que eles mencionaram no relatório, no briefing, foi que a Força Aérea interrompeu sua investigação de OVNIs em 1969, com base no Relatório Condon , mas eles continuaram um programa investigativo sigiloso, no qual os oficiais de inteligência estavam envolvidos. E quando precisavam de um depósito para as informações do Projeto Blue Book, procuraram uma agência que as quisesse, e a DIA, que tinha apenas 10 anos de idade, levantou a mão e disse: "Vamos ficar com elas". E naquela época, e durante o tempo que passei lá, sei que a DIA tinha um repositório para essas informações. Se ainda tem hoje, não sei.

Knapp: Você acabou de ouvir uma apresentação do nosso material sobre a DIA ter um estudo em andamento e que houve um esforço de coleta. Faz sentido que eles coletem essas informações quando houver um encontro com implicações para a segurança nacional, nossas armas, bombas nucleares ou algo assim.

Doty: Com certeza. Sim, qualquer ameaça à segurança nacional, o governo investigará, e eles coletarão informações, farão investigações completas, vão entrevistar as pessoas, coletar todos os dados possíveis que há. E isso tem que ir a algum lugar. Para a DIA.

Knapp: Você, mais que todas as pessoas, entende os argumentos dos ufólogos e a paixão que eles provocam: "Ei, queremos saber o que está acontecendo". Mas você também entende o outro lado do motivo pelo qual essas informações não seriam divulgadas. Você pode explicar por que é preciso haver segredos sobre esse assunto, se o cofre de segredos que existe deve ser mantido fechado?

Doty: Bem, uma das principais razões é pesquisa e desenvolvimento. Atualmente, temos um ótimo programa de pesquisa e desenvolvimento no setor militar. E, em algum momento, teremos que voar com essas naves que estão criando, como foi com o F-117, o F-22 e o SR-71. E as pessoas vão ver essas coisas voando. E eles são confidenciais. Portanto, esse tipo de tecnologia deve ser mantido fora do alcance de nossos adversários, os russos ainda são nossos adversários hoje. Além disso, os chineses. É por isso que existe um programa para talvez desacreditar ou desinformar as pessoas, ao dizerem: "Ei, o que estão vendo são OVNIs, não são aeronaves americanas".

Knapp: Então, você precisa ter cuidado ao obter essas informações?

Doty: Com certeza. Muito cuidado.

Knapp: Existe um mecanismo legítimo pelo qual podemos aprender com os OVNIs, de onde eles são, e tentar ir atrás dessa tecnologia? Quero dizer, você leu esses documentos, ouviu essas histórias.

Doty: Sim, existe. Eu acho que começa com o centro de relatos de OVNIs. Entra em contato e relata OVNIs. O que eles precisam fazer a partir desse ponto é serem adequadamente financiados, com pesquisadores ou investigadores civis qualificados, experientes e treinados para investigarem ativamente esses avistamentos no local. No momento, isso não está sendo feito. A MUFON chega dias ou semanas depois, e eles não têm o... Em primeiro lugar, eu lidei com a MUFON nos últimos dois anos. E esses investigadores não são treinados como deveriam ser treinados. E eles não fazem o trabalho correto que é preciso para investigar esse tipo de avistamento. E alguns desses avistamentos podem ser facilmente explicados. Eles levam muito tempo com esses tipos de avistamentos, que provavelmente eram uma aeronave, um satélite ou algo relacionado a um extraterrestre.

Knapp: Desinformação existe. Existem histórias de fachada pelos motivos que você está descrevendo. Existe também um fenômeno legítimo ou mistério legítimo que deve ser estudado?

Doty: Sim. Com certeza. Em toda a minha experiência com investigações ufológicas ao longo dos anos, em meus 10 anos, existe um fenômeno que eu acho que pode ser perigoso para os Estados Unidos. Quando há uma interferência em um projeto muito sigiloso, ou quando se voa ao redor de um caça a jato que talvez esteja em missão, ou quando se voa sob um bombardeiro B-52 que possui armas nucleares. Essa é uma preocupação legítima de segurança nacional. Essa é uma preocupação legítima que precisamos fazer algo a respeito.

Knapp: Os sobrevoos de bases com mísseis nucleares.

Doty: Sim. Isso é verdade.

Knapp: Você vem de uma família de espiões, de agentes que investigaram essas coisas, que fizeram parte do aparato de segurança nacional, certo?

Doty: Sim.

Knapp: Está no sangue.

Doty: Sim. Meu pai, meu tio e dois primos.

Knapp: Tem  a ver com patriotismo? Quando eles sabem que podem confiar na família, isso cria uma vantagem?

Doty: Isso faz parte. Sim. Eles procuram pessoas. E odeio dizer isso, mas é quem você conhece. Se seu pai era coronel da Força Aérea e se ele serviu com honras durante 33 anos. E se sua tia ou seu tio era um investigador do Blue Book, se serviu com honras durante 24 anos, eles vão buscar os irmãos. Eles vão procurar e dizer que seguiram as diretrizes do serviço,  fizeram um serviço honrado. E eles procuram os irmãos. E por acaso eu estava lá. Fui procurado e fui recrutado para o OSI. Fui recrutado ativamente.

Knapp: Ouvindo essas histórias hoje, você tinha um trabalho legal. Quero dizer, era muito divertido. E foi um trabalho gratificante.

Doty: Foi. Eu nunca mudaria nada... Bem, provavelmente mudaria algumas coisas que fiz. Mas minha carreira no OSI foi fantástica. Eu me diverti muito. Mas houve muita agonia.

Knapp: Bem, o caso Bennewitz. Você falou sobre isso em detalhes, então eu não vou falar muito a respeito. Mas você deve ter pensado nele durante todos esses anos, ser culpado por deixá-lo louco. Essa é a história, certo? Rick Doty deixou esse cara louco.

Doty: Sim. Essa era a história. Que fiz uma lavagem cerebral nele, que lhe dei produtos químicos. Eu já ouvi de tudo. Atiramos raios na cabeça dele. Quero dizer, já ouvi de tudo. E nada disso é verdade. Cada aspecto disso é falso. Paul estava tão apaixonado pelo assunto dos OVNIs que fez isso consigo mesmo.

Knapp: Ele era uma pessoa brilhante, mas com problemas.

Doty: Muito brilhante, muito perturbado.

Knapp: Ele se deparou com algo, programas de segurança nacional para os quais não deveria ter acesso, mas que, de alguma forma, conseguiu obter informações. Mas ele também se deparou com outra coisa. Ele disse que 60% das informações que estava coletando eram outras coisas.

Doty: Exatamente.

Knapp: O que é isso?

Doty: Não sabemos, gostaríamos que soubéssemos. Repassei essas informações. Fizeram relatórios, realizaram outras investigações, análises científicas. Eles não sabem. Não sabiam o que eram os OVNIs ou os objetos que ele fotografou. Ou como ele captava sinais, especialmente o que mais preocupava era a faixa de frequência. Ele captava frequências que estavam na banda alta de giga-hertz que não tínhamos naquela época, na década de 1980. Portanto, tinha que vir de uma fonte extraterrestre, não uma fonte terrestre.

Knapp: Você esteve na Área 51, não uma, mas duas vezes, certo?

Doty: Duas vezes.

Knapp: Como oficial de segurança.

Doty: Sim, como oficial de contra-inteligência da Força Aérea.

Knapp: Então você estava protegendo programas legítimos de segurança nacional lá?

Doty: Sim.

Knapp: Há um aspecto relacionado a OVNIs nesses programas, certo?

Doty: Com certeza.

Knapp: E você pode... quanto você pode dizer?

Doty: Bem, existem alguns programas confidenciais que lidam com satélites, que fotografam objetos espaciais. Mas podem ser outros satélites, como os soviéticos ou os chineses. Mas um dos aspectos era fotografar qualquer tipo de objeto ou nave no espaço.

Knapp: Desconhecida.

Doty: Naves desconhecidas no espaço, como OVNIs, ou naves extraterrestres.

Knapp: Essas informações, assim como as fotografias de Paul Bennewitz que você viu, de um disco voador. Para onde esse material vai?

Doty: Eu gostaria de saber. Isso ia para a nossa sede. E a partir de lá, eu acho que a DIA tem um repositório em algum lugar, e ia para lá. Era muito difícil recuperar tudo o que enviamos, mesmo que precisássemos legitimamente de algo para talvez um caso criminal ou algo assim, ou mesmo o caso de espionagem com o qual o FBI estava envolvido, e eles não tiveram acesso a essas informações. Perguntamos à sede se podiam nos enviar o material de volta para que informar e esclarecer os agentes do FBI a respeito, mas não enviaram.

Knapp: Entre seus colegas agentes de inteligência e contra-inteligência, existe um entendimento dos fenômenos ou uma apreciação por ele? Ou isso também é compartimentado?

Doty: Não, sou membro da associação de oficiais de inteligência aposentados (Association of Former Intelligence Officers). E quase exclusivamente, embora haja alguns opositores em um grupo, sempre há opositores em todos os grupos, porque eles não tiveram acesso a determinados programas. Mas para a maioria das pessoas com quem me encontro, mais de 30 ex-oficiais da inteligência ou oficiais de inteligência aposentados, todos acreditam que os OVNIs são um fenômeno absolutamente real, e que existe algum tipo de ameaça. E isso variava na opinião dos diferentes oficiais, mas em ameaças variadas à segurança nacional por parte desses objetos, dessas naves.

Knapp: De volta à Área 51. Você viu as histórias que apresentei ao longo dos anos sobre Bob Lazar e coisas desse tipo. Em uma escala de 1 a 10 sendo 1 totalmente falso, e 10 sendo real, onde fica?

Doty: Eu diria que um sólido nove. Oito em algumas áreas e nove em outras. Ele apresentou algumas coisas erradas, mas a maioria estavam certas. Embora, como eu disse hoje em minha apresentação, minha classificação do que eu sabia sobre essa área fosse S-2. Todo o complexo era S-2. Bob Lazar estava se referindo à S-4, que ficava quatro níveis abaixo da S-2. Então, quando eu disse que nunca estive na S-4, algumas pessoas me perguntaram: "Bem, eu pensei que você disse que era S-2". Bem, eu não estive na S-4 de Bob Lazar. Essa era subterrânea. Eu estive na S-2, que era o escritório administrativo que operava e controlava coisas sobre a S-4.

Knapp: Você dirigiu até lá um dia em uma tarefa. E não parece que há uma instalação e, de repente, há, certo?

Doty: Com certeza. Eu dirigia um jipe ​​4×4, um jipe ​​C-7. Eu seguia a estrada. Deram-me um mapa. Eu dirigi até lá e não consegui encontrar nada. E pensei que estivesse no lugar errado. De repente, apareceram dois policiais da Segurança da Força Aérea, que saíram com rifles M-16 e disseram: "O que você está fazendo aqui?" Eles viram meu adesivo no veículo da OSI. Eu disse: "Estou aqui para entrevistar algumas pessoas". Ele checou todos os meus crachás e assim por diante. Ele disse: “Certo, eu quero que você dirija por aquela porta bem ali. E depois estacione no primeiro espaço à direita". E olhei para a montanha e disse: "Que porta?" Ele disse: "Ela se abrirá em um minuto". E abriu, estava tudo camuflado. Ela se abriu. Entrei, parei à direita, estacionei e saí. Caminhei até o ponto de controle de entrada. Foi feita a verificação do crachá. E lá estava a instalação.

Knapp: Isso é bem impressionante. Poucas pessoas podem dizer que estiveram naquele local. Supostamente, nunca houve nada lá. Jamais. Não há instalações, estradas, nada.

Doty: Está lá. Posso garantir que está lá. Está muito bem camuflada. Mas está lá.

Knapp: Você pode falar sobre o projeto em que está trabalhando, o projeto do livro? O projeto do livro, os problemas que está tendo para ser autorizado e sobre o que será?

Doty: Escrevi um livro em 2015 sobre minha vida na inteligência, tudo o que fiz durante esse período de 10 anos e algumas coisas que fiz durante minha passagem pela Força Aérea, no meu tempo de serviço ativo, que também estava em uma forma de inteligência. Juntei tudo, e tive a ajuda de uma pessoa para escrevê-lo. Eu tinha uma editora. Mas tive que enviá-lo ao escritório de liberação da Força Aérea para que fosse autorizado, porque eu já tive acesso de segurança ultrassecreta. Então eu o enviei para lá. Era um manuscrito de 569 páginas. Enviei para eles. Levaram cerca de quatro meses para me devolver. E quando voltou, 343 páginas foram totalmente censuradas.

Knapp: Nossa!

Doty: Então não havia nenhuma maneira que eu pudesse... Quero dizer, não faria sentido se eu tivesse... Apelei muitas vezes. Durante o governo Obama, havia pessoas me dizendo que eu não poderia. Então desisti. E continuei perguntando, continuei ligando. E, é claro, entrou um novo governo. O governo Trump entrou, e estou tendo os mesmos problemas. Mas, felizmente, me devolveram. Tive que contratar um advogado que trabalha em Washington. E ele está encaminhando as coisas para mim. E espero ter apenas que censurar cerca de 169 frases. E espero que seja publicado até o final do ano.

Knapp: Como oficial de inteligência, você tinha um trabalho a fazer, uma tarefa, e seguia ordens que tratavam desse assunto. Como ser humano com uma mente curiosa, você tem interesse nessas coisas. Você é encorajado pela natureza geral do que está acontecendo? O que parece estar acontecendo agora? Está cautelosamente otimista?

Doty: Fiquei muito impressionado. Fiquei muito impressionado com quase todos os palestrantes aqui esta semana. Passei a semana inteira aqui. Eu cheguei aqui no sábado e passei a semana inteira aqui. Ouviu quase todos os palestrantes. E fiquei muito impressionado com as apresentações. E também fiquei impressionado com o entusiasmo das pessoas que vêm aqui e frequentam este evento. E os pesquisadores dedicados que conheci. Eu conheci algumas pessoas maravilhosas. Eu conheci pessoas ótimas que estão pesquisando isso a fundo como uma pessoa comum. Fiquei muito impressionado com isso.

Knapp: Os eventos, AATIP, AAWSAP, as notícias sendo divulgadas, o New York Times. Quero dizer, é uma história incrível. Isso não teria acontecido anos atrás. Isso muda as regras básicas? Quero dizer, isso muda o ambiente para alguém como você?

Doty: Acredito que sim. Acho que a revelação vai acontecer aos poucos. E acho que isso faz parte dela. O "Tic-Tac", esses vídeos, as informações que estão sendo divulgadas. Mas minhas fontes me dizem que esse foi apenas um pedaço do quadro geral. A divulgação que estava ocorrendo por causa do senador Harry Reid, que é uma pessoa maravilhosa. Se alguém disser que eu te disse, acho que é só um pouquinho. Acho que é apenas um pedacinho em comparação com o que o governo tem. E deixe-me dizer uma coisa antes de partirmos. Uma das razões pelas quais esse projeto, a investigação e a análise técnica dos OVNIs estão em andamento há tantos anos... O Dr. Hal Puthoff deixou bem claro a certa altura, alguns anos atrás, ele disse: "Essa tecnologia é tão avançada que simplesmente não conseguimos entendê-la". Eric Davis diz que teríamos que escrever novas equações matemáticas para entender isso. E, portanto, precisamos fazer  apenas o que pudermos agora e seguir em frente até obtermos tecnologia suficiente para entender o programa completo.

Knapp: Foi assim que me foi descrito uma vez, a cada 10 anos, mais ou menos, eles pegam e dão uma outra olhada, para ver se já conseguimos entender. Então, guardam de novo.

Doty: É exatamente isso.

Fonte: mystery wire